Estes famosos infectologistas garantem que sexo oral não transmite HIV. Por quê o governo não confirma ?

13/06/2017
HIV SEXO ORAL

Você pode se contaminar com HIV através de sexo oral desprotegido? Talvez esta seja a pergunta mais ouvida em consultórios médicos de todo o mundo na última década.

Apesar de todos os órgãos oficiais de saúde declararem em suas políticas públicas de combate ao HIV que há sim risco de contaminação via sexo oral, os dados epidemiológicos ao longo de mais de 35 anos da epidemia mortal dizem ao contrário. Desde o primeiro caso confirmado da doença nos EUA, em 24 de Abril de 1980 pelo morador de São Francisco Ken Horne, não há nenhum caso confirmado na literatura médica de contaminação por hiv via sexo oral.

Estamos falando de centenas de pesquisas e artigos científicos, milhares de longos questionários respondidos por novos diagnosticados com o vírus em clínicas médicas de todo o mundo.
E nenhuma confirmação científica. Alguns infectologistas de renome, já ousam dizer em público o que a maioria pensa em particular: que o risco de contaminação por sexo oral é zero.

Mas se é zero, e há todas as evidências científicas que apontam nesta direção, porquê os órgãos reguladores mundiais que definem a política de combate contra a AIDS, não atualizam suas informações? As principais teorias se baseiam em duas justificativas: Que ao anular o risco de infecção oral oficialmente, e no futuro se confirmar uma contaminação, os governos estariam sujeitos a processo bilionários de entidades de classe e pessoas físicas.

E que a mudança da política levaria a um relaxamento generalizado na já frágil prevenção de riscos entre a população, levando a um aumento nas relações desprotegidas em geral, aumentando o número de infecções via sexo anal e vaginal, comprovadamente transmissores do vírus.

Nos EUA, o Center for Disease Control and Prevention ( CDC ) um dos órgãos que regula a política de combate ao HIV no país, mantém a classificação de “ baixo” para risco de contaminação oral. Já o portal oficial do governo americano sobre todos os assuntos relacionados ao HIV, o aids.gov diz que : “ Você pode pegar HIV realizando sexo oral em seu parceiro masculino, embora o risco não seja tão elevado em comparação ao sexo vaginal e anal desprotegido” e completa sobre o risco de fazer sexo oral em uma mulher “ O vírus HIV é encontrado nas secreções vaginais , portanto há risco de contaminação “.

Aqui no Brasil, o portal do governo Aids.gov.br Também vai na mesma linha : “ Especialistas consideram o sexo oral como uma prática de risco moderado, uma vez que a contaminação está ligada às condições da boca que está em contato com o órgão genital de uma pessoa infectada, por exemplo. Nem sempre se notam os pequenos machucados na mucosa da boca, que pode ter microlesões causadas até mesmo pelo sangramento na escovação dos dentes” e ainda conclui  “O médico Ricardo Sobhie Diaz, professor adjunto da disciplina de doenças infecciosas da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), confirma que as informações sobre a contaminação por meio do sexo oral são conflitantes. O risco é pequeno, porém não pode ser ignorado”

Será que estas declarações amplas trazem tranquilidade a milhares de pessoas a beira de um ataque de nervos após uma exposição sexual, tentando analisar os seus riscos? Difícil né.

É importante antes de avançarmos na discussão, entendermos exatamente de quais riscos estamos falando, que segundo o CDC são os seguintes:

Riscos de contaminação por HIV e Sexo Oral

Receber Sexo Oral ( pênis na boca ): 0%

Fazer sexo oral ( boca no pênis ): 0 a 0,04% (1 caso em 2500 exposições)

Lembrando que sexo oral não é só o famoso “ boquete “, também inclui o cunnilingus (boca na vagina) e o anilingus (boca no ânus) e para essas variações vale a mesma regra: fluídos da vagina e ânus podem conter o vírus.

Riscos de contaminação por HIV e Sexo Anal

Ativo (circuncidado) 0,11% (1 caso em 909 exposições)

Ativo (não circuncidado) 0,62% (1 caso em 161 exposições)

Passivo/passiva (sem ejaculação) 0,65% (1 caso em 154 exposições)

Passivo/passiva (com ejaculação) 1,43% (1 caso em 70 exposições)

Riscos de contaminação por HIV e Sexo Vaginal

Mulher com HIV/Aids para homem, com penetração vaginal 0,08% (1 caso em 1250 exposições) a 0,3% (1 caso em 333 exposições)

Homem com HIV/Aids para mulher, com penetração vaginal 0,04% (1 caso em 2500 exposições) a 0,38% (1 caso em 263 exposições)

Riscos de contaminação por HIV e contatos não sexuais:

Transfusão de sangue contaminado 90% (9 casos em 10 exposições)

Compartilhamento de agulha contaminada 0,67% (1 caso em 149 exposições)

Mordida, cuspida, jogar fluidos corporais (incluindo esperma e saliva), compartilhar sex toys: risco desprezível

Lembrando que “ exposições “ acima se refere á relações desprotegidas com alguém soropositivo. Ou seja, os riscos por exposição, quando você não sabe o status sorológico do seu parceiro, jogam estas estatísticas ainda mais para baixo, levando em conta que menos de 2% da população mundial possui o vírus e as chances de você se relacionar ao acaso com alguém que NÃO possui o vírus é muito maior que o inverso.

Levando em conta as estatísticas oficiais acima, uma conclusão é bastante óbvia: O vírus HIV, mesmo durante o sexo vaginal ou anal, é de difícil transmissão. Mesmo assim, há 36.7 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo.

A raça homo sapiens parece gostar muito de sexo desprotegido.

O que ocorre é que as estatísticas oficiais do CDC não podem ser analisadas tão friamente, pois há vários fatores que influenciam estes números, que são médias de risco apenas. Um destes fatores é a infecção aguda, o período entre 6 a 12 semanas após a contaminação pelo vírus. Neste período a carga viral da pessoa contaminada sobe a níveis estratosféricos, chegando a 26 vezes acima da média. Se, por exemplo, ocorrer uma relação vaginal desprotegida neste período, o risco original de 1 para cada 1.250 exposições aumenta para 1 para cada 50 ! Já o risco para sexo anal aumenta de 1 contaminação a cada 50 exposições para 1 a cada 3 !

É importante entender que durante o período de infecção aguda, o corpo humano ainda não criou os anticorpos necessários para diminuir a carga viral e testes de HIV podem ainda dar negativo. É a famosa janela imunológica.

A presença de outras doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, sífilis e herpes, aumentam em até 8 vezes o risco de contaminação do HIV, mesmo que sem sintomas.

Já a Circuncisão – retirada do prepúcio do pênis – diminui em 60% o risco de contaminação em homens heterossexuais, enquanto soropositivos que estão em tratamento contra a doença diminuem em até 96% o risco de passar o vírus para seu parceiro. Isso porquê o coquetel anti aids diminui a níveis indetectáveis a carga viral , dificultando muito a transmissão.

E por último, a questão do risco acumulado. Todas as estatísticas do CDC levam em conta o risco por uma única exposição, mas este número não é estático. O risco se acumula a medida que repetidas exposições acontecem, mas você não pode simplesmente somar os riscos de cada exposição para ter uma idéia do risco total, e sim calculá-lo através de uma fórmula estatística que você nunca vai usar mas lá vai : 1 – ( ( 1 – x ) ^ y ) , onde x é o seu risco por exposição em decimal ( original do CDC ) e y o número de exposições.

Tentando simplificar o conceito, ter uma chance em 70 de se contaminar por HIV não significa que você fará sexo desprotegido 69 vezes e na próxima exposição ocorrerá a infecção. Ela pode ocorrer na primeira tentativa, ou na milésima. O dado apenas mostra que em média, ocorre uma infecção por HIV a cada 70 exposições com alguém soropositivo.

De Volta ao Oral

Depois de toda esta análise numérica dos riscos, voltamos a questão do sexo oral. A dificuldade de encontrar números e estatísticas de risco exatos em relação ao sexo oral é ainda maior.
Quando alguém vai fazer sexo, é normal mesclar atos orais com penetrações vaginais e anais na mesma relação, tornando mais difícil o isolamento do risco oral dos demais.
De qualquer maneira, alguns pontos em relação ao sexo oral são unanimidade entre os infectologistas:

– O maior risco, se existir , é para o parceiro “ receptivo “ do sexo oral, no caso o que está “ recebendo” o pênis ou a vagina em sua boca. Teoricamente, a transmissão do HIV poderia ocorrer se algum fluído sexual como o sêmen no pênis , líquidos da vagina ou sangue da menstruação por exemplo, entrarem em contato com algum corte, úlcera, ou área inflamada da boca ou garganta de quem está “ realizando” o ato oral.

Um estudo da Universidade da Califórnia, de São Francisco, mediu o risco de contaminação por HIV por ato sexual com alguém soropositivo em 0,04% – número dentro da faixa de risco da tabela do CDC. Vamos analisar estes números e colocá-los em perspectiva:

Estamos falando na prática que se uma pessoa saudável e sem HIV, realizar sexo oral em uma pessoa comprovadamente soropositiva, o que convenhamos é difícil de saber na prática, ocorreria 4 contaminações a cada 10.000 exposições. Teoricamente.

Se ocorrer uma sobreposição desta estatística levando em conta que apenas 2% da população brasileira é HIV positivo, e o fato de que se o parceiro soropositivo estar em tratamento retroviral o risco de contaminação é próximo de zero, o número teórico inicial de 4 contaminações a cada 10.000 episódios chega ainda mais próximo zero.

Ou para ficar mais fácil a conta: Estamos falando de uma contaminação a cada 7 anos, se você realizar um “boquete” por dia, todos os dias, com alguém que você saiba que possui o vírus comprovadamente e que não esteja em tratamento.  Muitas pessoas não realizam este número de exposições orais em uma vida inteira.

Este mesmo estudo da Universidade da Califórnia mediu em 0,82% o risco de contaminação por contato sexual com alguém comprovadamente soropositivo, se a exposição for via sexo anal.
E neste caso, não há nenhuma discordância entre toda a comunidade científica. A maior fonte de contaminação de HIV é sem dúvida, o sexo anal, principalmente entre casais homossexuais.
A preocupação mais real e prática, segundo os infectologistas que defendem o risco zero de contaminação oral pelo HIV, é com relação á herpes, gonorreia, clamídia e sífilis.
Estas doenças sexualmente transmissíveis transitam com relativa facilidade entre as mucosas orais, vaginais e anais,e há milhares de casos confirmados de contaminação via sexo oral na literatura médica.

Um estudo de Chicago  determinou que 13,7% dos casos de Sífilis foram atribuídos ao sexo oral. Já com relação a gonorréia, um levantamento realizado em clínicas de saúde americanas mostrou que entre 5 a 10% dos pacientes estavam com a doença na garganta, uma relação direta e irrefutável do meio oral de aquisição.  Um outro estudo de 2004 entre a população americana mostrou que 82% dos adultos sexuais ativos nunca usaram camisinha no sexo oral.

Completando, um estudo da Inglaterra de 2006 entre jovens entre 16 e 18 anos mostrou que apenas 2% dos pesquisados que realizam sexo oral usaram camisinha.  A realidade é clara,ninguém usa proteção para sexo oral.  Agora imagine a quantidade de episódios de sexo oral que ocorrem a cada minuto no planeta, e simplesmente as comprovações científicas de infecções por HIV, mesmo levando em conta o número base de 4 a cada 10.000 exposições, não existem. Não são confirmadas.

Se a estatística de contaminação oral fosse real, e não teórica, haveria milhões de novos casos de HIV todos os anos exclusivamente iniciados via sexo oral. Seria muito fácil comprovar a tendência com o fluxo enorme de novos diagnosticados respondendo as extensas pesquisas nos centros de saúde de Pequim a Buenos Aires.
Seria ótimo se soubéssemos o número de episódios de sexo oral que ocorre por dia no mundo, porém a pesquisa é praticamente impossível de se realizar.

Seria necessário levar em conta ao mesmo tempo, o número de pessoas sexualmente ativas em cada país, as taxas de número de atos orais de sexo por pessoa em cada região do mundo, cruzar com o número de contaminados que estão em tratamento e os que não estão, e ainda estimar entre os que possuem o vírus, a parcela dos sexualmente ativos porém ainda não diagnosticados.

A ciência

hiv virus - sexo oral riscos

Há inúmeras razões científicas para explicar porque o sexo oral não apresenta riscos para contaminação de HIV, vamos as principais delas.

A estrutura da mucosa humana

Há apenas alguns “ pontos de entrada “ no corpo humano vulneráveis ao HIV. Na prática estamos falando das membranas mucosas e no contato do vírus á corrente sanguínea direto do corpo, como por exemplo, quando uma seringa contendo sangue contaminado com HIV ser injetada diretamente no corpo, perfurando todas as camadas epiteliais e com a agulha acessando as veias e estruturas internas com grande fluxo de sangue.

Neste caso o risco de contaminação é muito alto porque o vírus esteve em contato DIRETO com a corrente sanguínea.  O HIV, porém, não consegue penetrar a pele humana, ou mesmo pequenos cortes, pelo fato que elas não oferecem acesso direto á corrente sanguínea do corpo, condição obrigatória para a contaminação ocorrer. Voltando as membranas mucosas, o nosso corpo é cheio delas. Na parte interna do nariz, na vagina, nos olhos, gengivas e cavidades orais, no reto/anus, etc.

Enquanto as membranas mucosas da vagina e anus possuem receptores e estruturas celulares que permitem o vírus acessarem a corrente sanguínea, outras mucosas do corpo como a do nariz e boca, possuem estruturas celulares diferentes.  Na boca, as células receptoras do HIV estão presentes em número muito menor do que na vagina por exemplo, e estão localizadas em partes mais profundas da mucosa oral. O HIV possui enorme dificuldade de encontrar estas células receptoras na boca humana.

 Vulnerabilidade do vírus

É fato comprovado na comunidade científica que o vírus HIV é fraco e não consegue manter a sua virulência e potencial de infecção fora do corpo humano. Durante uma transa anal sem proteção por exemplo, qualquer fluído infeccioso se mantém dentro do anus, sem se expor aos elementos externos como temperatura, ph, acidez, oxigênio e umidade.  Quando o vírus é exposto a qualquer um destes elementos, sua estrutura celular começa e se desintegrar, ele começa a “ morrer” e se tornar inativo imediatamente.  Sem a sua estrutura celular em plena capacidade, o vírus não consegue se unir aos receptores das membranas mucosas e efetivamente iniciar o processo de infecção.

Proteínas e Enzimas como inibidores do HIV

Também não há discordância na comunidade científica sobre os efeitos da saliva humana contra o vírus HIV. Inúmeros estudos mostram que as proteínas e enzimas produzidas nas glândulas parótidas e salivares funcionam como uma arma mortal contra o HIV, chegando até a 50% de inibição em alguns casos. É um fato incontestável.

Seguem alguns links com os estudos científicos completos sobre o tema :

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2199189/

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11355444

http://online.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/aid.1990.6.1425

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC185219/pdf/jcinvest00013-0472.pdf

Infectologistas confirmam

O volume de dados científicos sobre a aparente falácia da contaminação oral pelo HIV tem levado um grupo cada vez maior de profissionais da saúde a se manifestarem publicamente sobre o tema, indo conta os protocolos sugeridos pelos órgãos reguladores da política de combate a AIDS.  Dois dos mais famosos infectologistas que declararam publicamente o risco zero para transmissão do HIV via oral, são pesos pesados do mercado americano.

Dr. Edward Hook

Edward W Hook, formado pela Universidade de Alabama, especialista em HIV/AIDS e autor do livro “Current Diagnosis & Treatment of Sexually Transmitted Diseases – Lange Medical Books/McGraw-Hill” e Hunter Handsfield, formado pela Universidade de Washington, especialista em doenças infecciosas e pesquisador chefe do Centro Batelle de Pesquisas Públicas de Saúde ( Battelle Centers for Public Health Research and Evaluation ).

Ambos estão entre as maiores autoridades em HIV dos Estados Unidos, e durante anos foram os líderes da comunidade online de prevenção ao HIV do portal Medhelp.com, onde respondiam perguntas de usuários, além de continuarem com suas práticas diárias em consultório e pesquisas científicas. Até hoje, quando se trata de dúvidas sobre HIV, as respostas públicas e arquivadas destes dois médicos á milhares de perguntas sobre o tema são referência de resultados no Google e artigos científicos.

Confirma algumas das declarações mais polêmicas arquivadas no portal Medhelp.com:

Dr Hunter Handsfield

Dr. Hunter Handsfield

“ Não há debate , entre os experts da área, sobre os riscos de contaminação por HIV via sexo oral. O risco é tão baixo que nenhum médico que trata de pacientes soropositivos acredita que eles podem ter sido infectados por via oral. Entre os especialistas, é apenas uma questão semântica entre os termos “ baixíssimo risco” “ risco negligível” e termos como “ sem risco” e “ risco zero”.

“ Sexo oral basicamente é sexo seguro. Completamente Seguro em relação ao HIV e com risco menor de infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis quando comparado a relação vaginal ou anal. Se você manter uma rotina de sexo oral desprotegido e sexo vaginal e anal com proteção, não tem com o que se preocupar em relação ao HIV e um pouco a se preocupar com outras DSTs como gonorréia e sífilis”

Edward W Hook

“É claro que é fácil encontrar pessoas que acreditam que a contaminação por hiv via oral é possível, mas não haverá nenhum dado científico para suportar a afirmação”

“ HIV não transmite por toque, masturbação, sexo oral, beijos, ou sexo anal e vaginal com preservativo”

“ A observação científica durante décadas da epidemia confirma que o HIV não é transmissível via sexo oral de nenhum tipo”

“ Eu não diria que o risco de contaminação de HIV por sexo oral é “ quase zero”. Isso é muito alto. Eu diria que é efetivamente zero. Não importa se houve ejaculação na boca ou não”.

Quando será que este assunto chegará á mídia tradicional, que poderá cobrar uma resposta mais efetiva dos órgãos reguladores?

Por fim , uma lista definitiva das principais pesquisas realizadas nas últimas décadas sobre o tema HIV e sexo oral.

São dezenas de horas a mais de estudo para os hipocondríacos do Google se deleitarem.

Estudos sobre sexo oral e HIV:

No incident HIV infections among MSM who practice exclusively oral sex.
Int Conf AIDS 2004 Jul 11-16; 15:(abstract no. WePpC2072)??Balls JE, Evans JL, Dilley J, Osmond D, Shiboski S, Shiboski C, Klausner J, McFarland W, Greenspan D, Page-Shafer K?University of California, San Francisco, San Francisco, United States

Oral transmission of HIV, reality or fiction? An update
J Campo1, MA Perea1, J del Romero2, J Cano1, V Hernando2, A Bascones1
Oral Diseases (2006) 12, 219–228

AIDS: Volume 16(17) 22 November 2002 pp 2350-2352
Risk of HIV infection attributable to oral sex among men who have sex with men and in the population of men who have sex with men

Page-Shafer, Kimberlya,b; Shiboski, Caroline Hb; Osmond, Dennis Hc; Dilley, Jamesd; McFarland, Willie; Shiboski, Steve Cc; Klausner, Jeffrey De; Balls, Joycea; Greenspan, Deborahb; Greenspan
Page-Shafer K, Veugelers PJ, Moss AR, Strathdee S, Kaldor JM, van Griensven GJ. Sexual risk behavior and risk factors for HIV-1 seroconversion in homosexual men participating in the Tricontinental Seroconverter Study, 1982-1994 [published erratum appears in Am J Epidemiol 1997 15 Dec; 146(12):1076]. Am J Epidemiol 1997, 146:531-542.

Jenicek M. “Clinical Case Reporting” in Evidence-Based Medicine. Oxford: Butterworth–Heinemann; 1999:117
Saltzman SP, Stoddard AM, McCusker J, Moon MW, Mayer KH. Reliability of self-reported sexual behavior risk factors for HIV infection in homosexual men. Public Health Rep. 1987 102(6):692–697.Nov–Dec;

Catania JA, Gibson DR, Chitwood DD, Coates TJ. Methodological problems in AIDS behavioral research: influences on measurement error and participation bias in studies of sexual behavior. Psychol Bull. 1990 Nov;108(3):339–362.