O ativista de escritório
A loteria da moral complementa-se com o ativista político que desde sua cama ou sua cadeira de rodinhas tenta mudar o mundo comentando na Internet, escandalizado pela banalidade que o rodeia, pelo entretenimento e a diversão, pela capacidade da massa por atender assuntos fúteis quando há coisas bem mais importantes às quais se dedicar de corpo e alma. Sua entrada preferida é o lamuriante “Como é que pode?”, após o qual começa o discurso soporífero de ordem política repetido a exaustão em respeito a injustiças cotidianas pelas quais ninguém faz nada a não ser se indignar.