O anticristo não é uma pessoa. É um país

27/08/2016

 

Pode-se dizer que a espera pela vinda daquele que dará início ao ciclo da guerra celestial é milenar. E, ao contrário do que muitos fieis acreditam, diversos anticristos já foram apresentados ao mundo segundo a própria Bíblia. Mas a profecia diz que ainda está por vir um ser supremo de todo o mal.

Anticristo

O anticristo segundo a Bíblia

A origem da palavra anticristo é grega e tem duplo significado. Em tradução livre pode arremeter a uma pessoa ou a uma coisa que se “oponha ao trabalho de Cristo”. Mas as outras versões são as que mais intrigam, pois quer dizer “em vez de cristo”, “tomar o lugar de cristo” ou “imitação de cristo”.

Aqui você pode estar se perguntando: “Ei, mas já vi várias pessoas querendo ser Cristo. Aliás, tem um tal de Inri Cristo andando em sua motinha pelo interior do Brasil, alegando ser o próprio messias”. Pois é, aqui é que o negócio começa a esquentar e pode ser que, realmente, – não o Inri, porque o velhinho é tranquilo e na dele -, já estejamos com o próprio enviado do Lúcifer caminhando entre nós.

Mas convenhamos que você já deve estar cansando de padres, pastores, mórmons, enfim, toda e qualquer fiel religioso repetir o velho jargão: “O fim dos tempos está próximo!”. Bom, vale ressaltar que essa referência também é milenar e está intimamente envolvida com a presença do anticristo em solo terreno. Veja o que o apóstolo João escreveu e que pode ser consultado naquela velha Bíblia da cabeceira de sua vovó: “(…) esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora” – I João 2:18.

Sobre os antigos anticristos, João também fez o alerta: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco… Estas coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar” – I João 2:19 e 26. Também se lê na Bíblia, e se ouve pelas Igrejas, o termo “falsos profetas”, que se passam por cordeirinhos para enganar multidões, com discursos bem elaboradores e que encontram ouvidos sedentos por uma palavra de afago nos momentos de crise e dificuldades. Mateus deu o alerta sobre isso: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” – Mateus, 7:15 e 21 a 23.

Hitler (1)
Hitler é considerado por milhões como um anticristo.

 

Você pode ser um anticristo

 

Se vasculhar, vai encontrar diversas passagens na Bíblia sobre a vinda do mal personificado para a Terra. Em todo caso, João foi o único apóstolo a usar a palavra anticristo. Por conta disso, a forma mais adequada para contextualizar esse texto seria com referência da própria Bíblia Sagrada.

Você pode ser um anticristo

Para João, o anticristo seria uma composição de todos aqueles que contrariam as ações impostas por Jesus Cristo. Isso mesmo! Agora você deve pensar: “Calma aí. Se eu não acreditar em Jesus Cristo, na Bíblia e no Deus da Igreja Católica ou qualquer outra, e dizer isso para os outros, eu posso ser considerado um anticristo?” Bom, segundo João, sim!

Antecipando as citações de João sobre as organizações anticristo, a Bíblia apresenta uma colocação de Jesus Cristo, quando aconselhou seus discípulos: “Vigiai-vos dos falsos profetas que se chegam a vós em pele de ovelha, mas que por dentro são lobos vorazes” – Mateus, 7:15.

Passados mais de dois milênios, quando boa parte das citações acima foram registradas, temos a sensação de que o anticristo sempre esteve entre nós. Mas, nas últimas décadas, parece que ele tem se personificado mais por meio de alguns “personagens” que estão aparecendo cada vez mais nas redes de TV mundiais.

 

A paz antes do Apocalipse

Alguns estudiosos apontam que o anticristo, em primeiro momento, trará paz para arrebanhar seus seguidores. Essa paz, pelo contexto Bíblico, refere-se ao território de Israel – que já está em guerra há séculos (Zacarias, 13:8). Mas, como tudo na vida, a profecia destaca que depois da calmaria virá uma atribulação sem precedentes. Destaque-se que Israel será invadida por exércitos do Norte (Ezequiel, 38-39). Ao final dessa suposta guerra, o anticristo se autodeclarará líder mundial.

Segundo o teólogo e pastor que foi presidente do Seminário Teológico de Dallas de 1952 a 1986, John F. Walvoord, “(…) o líder da confederação de dez nações se encontrará numa posição em que poderá proclamar-se ditador mundial, e aparentemente ninguém será forte o suficiente para lutar contra ele. Sem ter que lutar para conseguir isso, ele governará o mundo como instrumento de Satanás.”

A paz antes do Apocalipse

Nesse estágio, você já deve estar com a mesma impressão que eu, enquanto estou escrevendo e pesquisando sobre o assunto: “Espera um pouco. Já vi esse filme antes!”. E você tem razão. Se buscar na memória, ou na internet se preferir, vai encontrar diversas referências de quando o Estados Unidos buscou formas de invadir países do Oriente Médio. A citação de Ezequiel é bastante simbólica para essa contextualização – “Israel será invadida por exércitos do Norte”. Afinal, o Estados Unidos está situado no América do Norte.

 

Estados Unidos como profeta do Apocalipse

Trump como o coordenador do apocalipse

Ok, deixando as crenças de lado, vamos a alguns fatos sobre isso. Lembram-se do 11 de setembro de 2001? Sim, há muitas teorias da conspiração sobre o assunto, mas vamos focar nos eventos diretos e que foram ditos como “oficiais”. Dois aviões chocaram-se contra o World Trade Center, em Nova York, e a ação é assumida como um atentado terrorista pelo grupo organizado por Osama Bin Laden, a al-Qaeda. Passado o luto pela morte de milhares de pessoas, o Estados Unidos começou uma guerra contra algumas regiões do Afeganistão, e outros países que o circundam. Mesmo depois de concluída a missão, com a morte de Bin Laden, anos mais tarde, as tropas estadunidenses permanecem em solo do Oriente Médio, até os dias de hoje.

Toda essa ação foi iniciada durante a gestão do presidente George W. Bush, percorreu as duas gestões de Barack Obama, e parece que persistirá pelos próximos presidentes que governarem o país, independentemente de suas ideologias partidárias. Isso porque há uma situação econômica por trás de todo o envolvimento militar. Diversos países do Oriente Médio são fontes significativas para a extração de petróleo. Logo, não se admire se outros países entrarem nessa guerra que ficará ainda pior – Só para lembrar, nem citamos ainda os extremistas que vivem naquela região e que travam outros embates históricos por conta do fanatismo religioso.

Condensando todo o conteúdo, se analisarmos as ponderações e alertas efetuados por João, Ezequiel, Zacarias e o Dr. Walvoord, podemos sugerir que esse suposto anticristo, que se tornará o “líder mundial”, será a composição de um país que busca sua soberania economia dentre os demais, mesmo que para isso precise estabelecer o “caos organizado” e a “guerra” aceita por sua população.