Fatos e teorias sobre o desaparecimento do voo da Malaysia Airlines

27/03/2014
Fatos e boatos sobre o desaparecimento do voo da Malaysia Airlines

Muita coisa se falou sobre o sumiço do Boeing voo MH370 da Malaysia Airlines ocorrido no dia 8 com 239 pessoas a bordo quando a comunicação foi cortada. Apenas 16 dias depois, Malásia confirmou que avião caiu no Oceano Índico.

À 0h41 (horário local) de 8 de março, o Boeing 777-200 ER da Malaysia Airlines sumiu após decolar de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo. O voo MH370 deveria chegar ao destino às 6h30, mas o pouso não ocorreu.

Apenas 16 dias depois, o premiê da Malásia, Najib Razak, e a companhia aérea admitiram que o avião caiu a 2.500 km a sudoeste da Austrália, onde foi confirmada a última posição da aeronave. As evidências são de que não há sobreviventes.

Veja abaixo o que se sabe e o que se presume sobre o que pode ter ocorrido a bordo, além de teorias sobre o que poderia ter provocado a queda.

Fatos e boatos sobre o desaparecimento do voo da Malaysia AirlinesO que se sabe sobre o MH370:

– À 1h07, o sistema Acars (acionado em caso de panes e que envia mensagens automática sobre o voo) enviou a última mensagem. A desativação é realizada por uma pessoa.

– À 1h19, o copiloto fez último contato com o controle de tráfego aéreo: “Tudo bem, boa noite”. As comunicações foram cortadas.

– À 1h21, o transponder parou de dar sinal de localização.

– À 1h27, a Tailândia detecta o que seria o avião, tomando rotas diversas. As informações iniciais são que a aeronave voou para o Sul, antes de seguir para o norte, em direção ao mar de Andamão.

– Entre 5h e 6h, um radar militar malaio capta a presença do avião no Estreito de Malaca, a oeste da Malásia, quilômetros de distância da rota original.

– Ás 8h11, um satélite captou sinal do avião no Oceano Índico, sugerindo que ele poderia ter tomado uma rota sentido norte, ou para o sul.

– No avião havia dois iranianos com passaportes roubados. Cinco pessoas despacharam a bagagem e não embarcaram.

– O comandante do voo tinha em casa um simulador, construído por ele próprio, cujos dados recentes foram apagados. Ele tinha ligações com familiares do líder da oposição no país.

– O copiloto, de 27 anos, já tinha deixado amigos entrarem na cabine, o que não é permitido pelas regras de voo.

– O presidente da Malysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, confirmou que o avião carregava uma carga de baterias inflamáveis de lítio, segundo a “CNN” e o “Daily Mail”. As baterias já foram responsáveis por inúmeros focos de incêndio a bordo de aviões

– O jornal “Thelegraph” diz que teve acesso à íntegra da transcrição da conversa do piloto com o controle aéreo da Malásia e que o piloto repetiu duas vezes, nos minutos finais, que estava a 35 mil pés. Para os investigadores, isso poderia indicar sabotagem.

– A “CNN” divulga que o avião diminui de altitude após fazer a curva para sair da rota original, tentando ou passar despercebido aos radares ou, devido a uma falha, a tripulação tentaria evitar despressurização

– 24 de março: satélites e aeronaves avistam objetos a 2.500 km a sudoeste de Perth, na Austrália. O governo da Malásia confirma que o avião caiu nesta posição e que não há sobreviventes.

O que se presume:

– Autoridades da Malásia e dos EUA acreditam que o avião tenha sido deliberadamente desviado da sua rota por alguém que colocou informações no computador de bordo.

– Acredita-se que os sistemas de comunicação do avião, transponder e Acars, tenham sido desligados por alguém intencionalmente ou por uma pane.

O que se especula:

– Terrorismo ou sequestro: as autoridades acreditam que alguém desligou propositadamente os sistemas de comunicação. O comitê de inteligência dos EUA investiga o dato de que um dos pilotos poderia estar envolvido no sequestro do avião com algum objetivo, como o de torná-lo um “míssil” contra algum alvo.

– Suicídio do piloto: um dos pilotos poderia ter se fechado na cabine ou imobilizado o outro piloto lá dentro e alterado a rota e desligado os sistemas de comunicaçação intencionalmente.

– Sabotagem: o fato do copiloto ter repetido duas vezes a posição da altitude logo antes deixar o controle de radar da Malásia indicaria uma intenção de mudança de rota ou até uma gravação, indicaram jornais.

– Alteração de rota previamente programada: a rota do avião pode ter sido alterada através de seu sistema computadorizado

– Despressurização: em caso de despressurização ou falta de ar, tripulação e passageiros ficariam inconscientes e o piloto teria alterado a rota e buscado baixa altitude para que eles conseguissem respirar.

– Pane elétrica, falha ou problema de alguma peça: provocariam o desligamento do transponder.

– Fumaça a bordo: um pneu poderia ter estourado ou pegado fogo na decolagem e que, ao ser recolhido, a fumaça teria contaminado a cabine e desorientado os pilotos. Pela hipótese, pilotos acionaram o piloto automático para seguir para a pista mais próxima.

– Corrosão que levaria à falha estrutural: agência alertou a Boeing sobre o risco de corrosão em um local da fuselagem gerar fissuras e rachaduras que provocassem uma descompressão lenta ou rápida internamente e uma falha estrutural no avião, rompendo-se no ar.

– Explosão ou desfragmentação no ar: disparo de arma de fogo, explosão ou incêndio poderiam gerar uma falha na estrutura do avião provocando um rompimento ou fazendo o avião se despedaçar no ar.

Fonte G1