Conheça 5 criaturas lendárias e animais da criptozoologia – parte 1

25/01/2017
Criaturas lendárias

Seguindo a nossa proposta de dar uma cara nova para os longos artigos do Ah Duvido, vamos desmembrar e trazer de novo o tema criaturas lendárias. Para os mais sabidos, a introdução também poderia ser outra: Criptozoologia.

Para quem não sabe, esse é o estudo de espécies de criaturas lendárias, mitológicas, hipotéticas ou avistadas por poucas pessoas. Isso também inclui a ocorrência de animais presumidamente extintos. Porém, alguns animais encarados pela Criptozoologia acabaram se mostrando verdadeiros.

Esse é o caso da lula-gigante, do ornitorrinco e do dragão-de-komodo. Portanto, é bom não subestimar essa ciência. Embora você não acredite muito na ocorrência dessas criaturas lendárias, tem que admitir que seria legal se elas existissem em nosso mundo.

1. Anaconda gigante

Criaturas lendárias

Anaconda gigante é uma lenda sobre as cobras sucuris ou anacondas com tamanhos exagerados. Há depoimentos de pessoas que já viram uma que chegasse a 20 metros. Outros extrapolam e dizem 40 metros. Apesar dessas histórias, cientistas afirmam que estes animais só chegam aos 9 metros. A maioria tem entre 4 e 6 metros.

Há várias versões dessas lendas. Uma delas conta a história de uma cobra gigante que engoliu um homem. O trágico acidente teria acontecido em Bornéu, na Venezuela ou em Barra do Garças às margens do Rio Araguaia, estado do Mato Grosso, conforme a versão e o contador da história. Esta história inspirou o filme Anaconda que tem como atores Jennifer Lopez, Ice Cube e Jon Voigth.

Existe inúmero relatos do ataque dessas cobras no eixo do Amazonas. Os mais velhos confirmam que a lenda é verdadeira e que já perderam membros de suas famílias e amigos com o ataque dessas cobras monstruosas. Também relatam que o encontro com esses animais é quase sempre mortal e por isso que poucos humanos o avistaram.

2. Ahool, o Morcego Gigante de Java

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A ilha de Java é uma área densamente povoada. É devido a essa população que a floresta da ilha está sendo destruída. Tudo para dar espaço para as casas em um constante crescimento humano. Infelizmente, como a floresta diminui, os animais têm que fugir daquela região e assim as chances de descoberta de novas plantas e animais aumentam. Uma destas criaturas é o Ahool.

O Ahool é geralmente considerado como um morcego gigante que vivia nas profundezas da floresta de Java. A primeira menção dessa criatura foi a descrição do Dr. Ernest Bartels, enquanto ele estava explorando nas Montanhas Salak, que são encontrados na ilha de Java. Ao explorar uma cachoeira, Bartels de repente viu um morcego gigante voar sobre sua cabeça. Duas semanas depois, Bartels encontrou novamente a criatura, desta vez ouviu o barulho, “um ruul”, fora de sua cabana, quando saiu para vê-lo, ele fez o som novamente e depois voou para longe. Graças a esta experiência, a Ahool tem o seu nome.

O Ahool é dito como tendo a envergadura de 12 pés ou 3,65 metros. Ele supostamente tem alguns pelos finos, cobrindo seu corpo. Relatos das pessoas que avistaram a criatura dizem que ela tem o corpo de um morcego, mas a cabeça de macaco. Alguns até dizem que o rosto da criatura é quase humana. Tem grandes olhos negros, dois antebraços achatados que são capazes de sustentar a sua gigantesca asa, e seus pés se diz estar apontando para trás.

3. Macaco-de-loys

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O macaco-de-loys ou Ameranthropoides loysi foi uma estranha criatura semelhante a um macaco que foi morta a tiros em 1917 na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia pelo geologista suíço François de Loys. A criatura era semelhante a um hominídeo, não tinha rabo como um macaco, possuía 32 dentes e tinha aproximadamente de 1,60 a 1,65 m de altura.

François de Loys conduzia uma expedição em busca de petróleo próximo ao rio Tarra e Maracaibo, quando duas criaturas avançaram em direção do seu grupo. No intuito de se defender, François de Loys disparou contra as criaturas. O macho correu em direção à selva e a fêmea foi atingida e morta. A criatura foi fotografada e as fotos foram guardadas por de Loys.

François de Loys não revelou a mais ninguém sobre a criatura quando retornou à Suíça. Mas em 1929, o antropólogo George Montadon, que estava procurando informações nas anotações de de Loys sobre tribos indígenas da América do Sul descobriu a foto e convenceu de Loys a publicá-la num jornal inglês. Mais tarde, várias matérias foram publicadas em França sobre a misteriosa criatura e George Montadon propôs o seu nome científico à Academia Francesa das Ciências.

4. Baleia de Giglioli

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A Baleia de Giglioli é realmente uma espécie quase rara no planeta e por apresentar uma morfologia diferenciada das demais espécies de baleia se torna ainda mais desconhecida, já que apresenta duas ou mais barbatanas dorsais.  A nomenclatura para esse tipo de baleia também é comum em outros animais.

Além da Baleia Giglioli, nesse tipo apresentam-se também outros animais que foram pouco vistos ou são considerados com o biótipo diferenciado morfologicamente dos demais de sua espécie.

Esse assunto de animais incomuns traz muita polêmica entre especialistas que tentam estudar essa diferenciação. No caso da baleia, poucos foram as pessoas que já viram uma dessa espécie, e os biólogos e cientistas nem ao menos possuem fosseis e demais componentes de seu tipo.

5. Besta de Blandeboro

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Muitos anos antes que o fenômeno real ou imaginário do chupacabras alcançasse as manchetes dos jornais sensacionalistas, um animal desconhecido, com as mesmas características, aterrorizou no mês de janeiro de 1954 uma pequena cidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Até hoje a criatura permanece um mistério.

Tudo começou em 4 de janeiro de 1954, quando em Bladenboro, a aproximadamente 60 milhas a oeste de Wilmington, três cães tiveram os maxilares quebrados, seus crânios esmagados e mastigados por um animal desconhecido. A fera, além da violência do ataque, deixou os animais totalmente exangues. O ataque não ficou restrito aos cães. Logo as cabras, os porcos e as vacas, também foram atacados com a mesma fúria e modus operandi.

A população amedrontada convocou o chefe de polícia Roy Fores que foi a caça do animal com três cães, mas os animais se recusaram a seguir o rastro. Täter Shaw que na época tinha 35 anos e era dono de um posto de gasolina, foi uma testemunha ocular dos acontecimentos, e viu a carnificina em primeira mão. Shaw descreve assim o medo dos habitantes de Bladenboro.

“Todo mundo estava com medo. Todos que tinham uma arma andavam com ela carregada. A irracionalidade começou a dominar, e os locais diziam ter visto o monstro. Um residente ouviu seus cães latindo uma noite, olhou pela janela e viu uma sombra. Pegou a espingarda de caça e saiu apressado. Mirou e atirou de longe. Quando se deu por conta havia acertado a bicicleta de sua filha que estava tombada rente ao chão com os pneus em tiras e o acento dilacerado com um tiro de espingarda de caça”.

Os depoimentos das testemunhas são contraditórios. Dizem que o animal tinha 90 quilos, outros 100, ou até mesmo 150 quilos. Alguns dizem que o animal era negro, ou marrom, ou apenas “de cor escura”. A maioria concorda que era um felino, mas um veterinário afirmou que poderia ser um cachorro grande. O som do animal é a única coisa em que não há discordância. Descrevem-no como o choro de um bebê ou mulher chorando, só que mais alto, de gelar o sangue.

“De qualquer modo as coisas estavam começando a ficar ruins, estava nos jornais e nas rádios”, disse Shaw. “Caçadores vieram de toda parte, quero dizer, caçadores profissionais. No auge da caçada, 1000 homens armados de revólveres, escopetas e fuzis dividiram-se em 400 acres do campo. Alguns eram garotos de fraternidades, mas outros eram caçadores profissionais, acostumados a caçar leões e tigres”.

Jabe Frink, outra testemunha ocular, lembra que uma senhora, E.C. Kinlaw, foi perseguida e viu o animal a aproximadamente 20 metros no dia 6 de janeiro. Kinlaw correu para casa e avisou o marido que saiu com uma espingarda mas não encontrou mais nada. Apenas as pegadas no quintal.

Os piores receios pareciam confirmados. O animal mostrara interesse por seres humanos. Nesse mesmo dia seis cães foram mortos, incluindo um que foi arrastado para o pântano e nunca mais foi visto. No dia seguinte a contagem subiu para sete. S. W. Garret, um experiente caçador de Wilmington, alertou as mulheres e as crianças a permanecerem dentro de casa. O mesmo foi pedido em relação aos cães.

As vítimas multiplicavam-se. Então o chefe Fores considerou amarrar alguns cães na floresta como isca, mas foi desaconselhado pelo prefeito W.G. Fussell. O prefeito encerrou a caçada em 9 de janeiro por motivos de segurança. Com tantos caçadores no pântano alguém podia acabar sendo confundido com o “monstro”. Nesse dia o jornal “Morning Star” publicou a seguinte manchete: “A Besta Vampiro Vence a Batalha de Bladenboro”.

Em 13 de janeiro parecia que o mistério havia chegado ao fim tão rapidamente como começou. Um lince foi capturado em uma armadilha de aço e abatido com um tiro na cabeça. Mesmo assim nem todos se convenceram de que a fera havia sido morta, nem mesmo o prefeito. No fim a “besta” riu por último. Após novos ataques os jornais estampariam a manchete: “Retorna a ‘Besta’ oculta de Bladenboro”. Até hoje esse mistério continua sem explicação.