Quando você pensa em uma bailarina, qual é a imagem que vem a sua cabeça? Uma moça esbelta e alta? Uma mulher magra e com grande elasticidade? Ou alguém mais parecida com Lizzy Howell, cuja foto você pode conferir logo acima? Sim, essa bailarina plus size mostra como não é preciso atender a estereótipos para se adequar a atividade que ama.
Com apenas 15 anos, a bailarina plus size moradora de Delaware, Estados Unidos, conquistou a internet e está servindo de motivação para muita gente. Lizzy arrasa nos vídeos publicados nas redes sociais, em que faz movimentos complexos, como, por exemplo, uma série realizando onze fouettes em sequência. A adolescente tem quase 30 mil seguidores no Instagram, número que subiu após um de seus vídeos viralizar e ser assistido mais de 100 mil vezes.
Inspiração de uma bailarina plus size
No final de 2016, Lizzy postou um vídeo no Instagram fazendo um fouetté (aquele passo que você gira em torno do próprio eixo) e ele foi compartilhado por várias páginas. Desde então, ela ganhou quase 40 mil seguidores na rede. Além disso, ela costuma publicar diversas fotos e vídeos dela ensaiando e se apresentando em palcos, provando que ninguém precisa ter uma determinada aparência para ser ótimo no que faz.
Durante uma entrevista ao BuzzFeed, ela ainda chamou atenção para uma questão muito importante: a distinção. Lizzy contou que não acha legal que as pessoas fiquem se referindo a ela como uma balarina plus-size. Afinal, isso é desnecessário. “Se eu posso fazer tudo o que as outras pessoas podem, por que eu deveria ficar em uma categoria diferente?”, questiona.
Aliás, isso é um problema que muita gente enfrenta em diversas áreas. Por que chamar atenção para algum aspecto em especial ao invés de simplesmente reconhecer o talento da pessoa? Não importa se ela é plus-size, transgênero, deficiente, mulher. Lizzy é uma bailarina incrível como muitas outras e deve ser tratada apenas como uma “bailarina incrível”, o fato de ela ter um corpo diferente da maioria não deveria segregá-la.
Quebrando estereótipos
“Meu vídeo foi compartilhado por todo o mundo, o que é algo incrível para alguém de onde venho. Eu gosto da maioria dos comentários dizendo que eu sou uma inspiração para pessoas de todos os tamanhos. Eu realmente gosto de ser chamada de inspiração, isso faz com que eu me sinta melhor comigo mesma e com o que eu faço”, contou Howell ao site Daily Mail.
No entanto, a norte-americana tem sofrido ataques gordofóbicos e ofensas com frequência na internet. “Eu não gosto quando pessoas dizem: ‘Oh meu Deus, eu não posso acreditar que ela é melhor do que eu!’ Isso sugere que pessoas gordas não podem dançar. O meu peso não deveria importar, a única coisa que deveria importar é minha paixão pela dança. Estereótipos são feitos para serem quebrados!”, afirmou Lizzy.
O mais legal é que além de ela quebrar estereótipos, ela usa a dança a seu favor desde que era pequena. Afinal, foi isso que a ajudou a lidar melhor com a ansiedade e com algumas dificuldades que ela enfrenta por causa de um pseudotumor cerebral, que é um excesso de fluídos ao redor do cérebro. Com toda a repercussão, Lizzy até virou uma embaixadora da Dancing For You, uma campanha para crianças com necessidades especiais. Incrível, não é mesmo?