Algumas curiosidades bizarras sobre Alfred Hitchcock

24/02/2015

Quem gosta de filmes de suspense, com certeza já ouviu falar em Alfred Hitchcock. O “Mestre do Suspense” (como era apelidado) dirigiu alguns dos melhores filmes de mistério e assassinato da história do cinema. Filmes que viraram clássicos e até hoje servem de referência para estudiosos e admiradores.

Aos 20 anos, conseguiu seu primeiro emprego na área cinematográfica. A partir daí, tudo que fez foi ligado à Sétima Arte. Em 1926, casou com Alma Deville (um casamento que durou a vida inteira). Dessa união teve Patrícia que fez algumas pontas em alguns de seus filmes.

Algumas curiosidades bizarras sobre Alfred Hitchcock

Em 1939, se mudou para os EUA e assinou contrato com David O. Selznick (produtor dos clássicos ”E o Vento Levou” e ”Começou em Nápoles”). Esse contrato trouxe muita sorte para Hitchcock, pois o primeiro longa que dirigiu, recebeu o Oscar de melhor filme: “Rebeca: a mulher inesquecível”.

Outros filmes vieram, e o mundo começou a se encantar pela sua genialidade em dirigir e criar suspense. Em 1955, ganhou um programa de TV chamado “Alfred Hitchcock Presents”. Tratava-se de um programa com vários episódios criminais e foi um enorme sucesso servindo para aumentar ainda mais a sua popularidade.

Humor sempre foi algo importante para Hitchcock, e que ele não só inseria em seus filmes, mas que também fazia parte de sua natureza pessoal. Ele vira e mexe contava piadas, ou “pregava peça” em amigos. Ele comentou que certa vez deu um jantar a amigos (ele costumava dar jantares em sua casa), e toda a comida era azul: frango azul, arroz azul, peixe azul, e drinks azuis. Obviamente que ele usou algum tipo de corante, mas o mais bacana é que em nenhum momento ele explicou ou comentou qualquer coisa, e todos os convidados, com medo de perguntar, ficaram em silêncio durante todo o jantar.

O Conto do Elevador

Em outra ocasião, Peter Bogdonavich diz que se encontrou com Hitchcock num hotel aonde o diretor inglês se hospedava. Após a conversa, eles desceram até o lobby pelo elevador. O elevador estava vazio mas no caminho, três pessoas, bem vestidas, entraram. Obviamente que todos conheciam Hitchcock, já que ele já era famoso naquela época. Assim que elas entraram, Hitchcock começou a contar a Bogdonavich:

“Havia bastante sangue descendo pelos suas orelhas, e boca …”

O elevador parou em outro andar, e mais gente entrou. Ele continuou sua história:

“E havia uma poça de sangue no chão … dai eu olhei para ele e perguntei: o que aconteceu ? ”

Bogdonavich diz que nesse momento, todos no elevador estava quietos, e com um olhar assustado. Nesse momento o elevador chegou no lobby, e Hitchcock olhou para Bogdonovich e disse:

“Sabe o que ele me disse ?”

Neste momento, o pessoal hesitou por alguns segundos antes de sair do elevador, na expectativa de ouvir a resposta. Os dois finalmente sairam do elevador, e Bogdonavich, ansioso perguntou:

“O que ele disse ???”

E Hitchcock soltou um sorriso e respondeu:

“Ah, nada. Eu apenas inventei essa história para assustar o pessoal do elevador.”

Hitchcock no Set

Hitchcock não gostava muito de trabalhar em sets (e ele trabalhava rigorosamente das 9 as 5 da tarde). Na verdade, ele não gostava muito de dirigir filmes. Seu prazer vinha mais da criação (ou design, como ele costumava dizer) do filme, durante a produção do roteiro, e desenvolvimento das cenas, que ele sempre fazia antes de iniciar as filmagens (Coen Brothers também são assim). Quando ele chegava no set, ele já tinha todos os planos concebidos. Ele era bastante preciso nesse sentido. Ele também não filmava muitos “takes”. Eram geralmente dois ou três no máximo.

A Briga de Hitchcock com Paul Newman

Hitchcok não gostava de atores adeptos ao “method acting“, que era uma espécia de conjunto de técnicas aonde atores incorporam pensamentos e sentimentos dos personagens, de forma a produzir uma performance mais realista. Marlon Brandon foi um dos primeiros “method actors“.

Paul Newman era um “method actor“, e Hitchcock não gostava muito desse estilo. E para o filme “Cortina Rasgada” (1966), sua primeira escolha para o papel principal era Cary Grant. Mas a Universal Pictures não o queria, e forçou a escolha de Paul Newman, que era o galã do momento, e que, para o estúdio, poderia ajudar na bilheteria.

O problema começou ai. Posteriormente, um pouco antes deles iniciarem as filmagens, Paul Newman escreveu um memorando sugerindo mudanças em várias cenas do filme, o que irritou Hitchcock profundamente. Uma das sugestões envolvia uma mudança no nome do filme, que segundo Newman, não era adequado. Eu particularmente discordo, eu gosto bastante do nome “Cortina Rasgada”. Tem duplo sentido.

Mas enfim, Hitchcock não gostou da atitude de Newman, e contou ao seu amigo Otto Preminger o fato. Otto disse que também havia recebido um desses memorandos por “Exodus”. Hitchcock, por fim rejeitou as mudanças, o que irritou Newman. A partir daí, a produção seguiu com Hitchcock, quase abandonando o filme, e Paul Newman “sabotando” sua própria performance.

Hitchcock e a Platéia

E ele nunca assistia a seus filmes com uma platéia. Ele não gostava disso. Certa vez Bogdonavich perguntou:

“Mas você não sente falta de ver a platéia gritar nas cenas de terror ?”

Hitchcock, respondeu:

“Eu consigo ouví-los gritar, quando estou trabalhando no roteiro“.

Hitchcock e seus Atores

Hitchcock uma vez disse uma frase que acabou de eternizando. Ele disse que “atores eram como gado”. Daí, alguns anos depois, um entrevistador o perguntou se ele realmente havia dito, e ele respondeu: “não, eu não disse que eles eram gado, mas que deveriam ser tratados como gado”.

O que muitos não sabem, é que a atriz Carole Lombard, que trabalhou com Hitchcock, no primeiro dia das filmagens de “Sr. e Sra. Smith”, montou um curral na frente na locação, com três vacas, cada uma com o nome dos atores principais pendurados no pescoço. Hitchcock disse que Carole Lombard tinha um ótimo senso de humor. Os dois se davam muito bem.

Via Fatos Desconhecidos