Acredite: hoje em dia um ser humano pode nascer com três pais se esses ultimos optarem por um revolucionário metódo de fertilização. A técnica foi criada com o objetivo de substituir o material genético defeituoso dos óvulo para eliminar doenças raras presentes no mitocôndria, como síndromes que podem causar a morte prematura de crianças.
A mitocôndria pode ser encontrada em quase todas as células humanas, provendo a energia que essas células precisam para funcionar. Como os núcleos da célula, a mitocôndria contém DNA, ainda que em pequenas quantidades.
Em média, um em cada 5 mil bebês nasce com problemas hereditários em seu DNA mitocondrial, cujos efeitos podem ser graves ou até mesmo fatais, dependendo de quais células são afetadas por eles.
Cientistas acreditam ter encontrado uma forma de substituir a mitocôndria defeituosa e, assim, eventualmente prevenir o feto de desenvolver uma doença.
A técnica consiste no uso de dois óvulos – um da mãe do feto, e outro de uma doadora. O núcleo do óvulo doado é então removido e substituído pelo núcleo do óvulo da mãe. O embrião resultante tem, dessa forma, uma mitocôndria em tese saudável e ativa vinda da doadora. O procedimento pode ser comparado a uma troca de bateria. Não tem, portanto, impacto no DNA do feto nem na determinação de fatores como a aparência da criança.
Embora seja nítido o benefícios da técnica na prevenção de doenças mitocondriais, a técnica acabou levantando a questão dos três pais: a criança carregaria consigo o DNA de três pessoas, seria , biologicamente falando, filho de todos os três. Assim sendo, teria duas mães e um pai. E, é claro que a opinião pública, especialmente os mais conservadores acharam um absurdo sem tamanho o uso da técnica, mesmo sabendo em que ela poderia ajudar. Além do que, o nascimento de uma criança com três pais traria um problemão para sistema judiciário de um país, já que diversas leis incluem o conceito de “filho biologico” sempre considerando o óbvio.
Polêmicas com a questão dos pais já foi levantada antes, em um caso um tanto diferente, que começou em 2003 quando os cientistas descobriram como fertilizar um óvulo com outro óvulo, ou seja, a criança não teria um pai e sim, duas mães. Logicamente, a idéia foi esmagada pela opinião pública que recusou que a mesma tomasse o mercado. Atualmente, a questão dos três pais está sendo decidida pelos ingleses – os inventores da técnica. Durante esse ano foi aberto um referendo popular para decidirem se a técnica poderá ou não ser utilizada. O resultado será repassado ao público no inicio de 2013.
Você, leitor, seria a favor ou contra o uso dessa técnica?
