A história de Tim McLean – canibalizado dentro do ônibus

13/09/2017

O assassinato de Tim McLean aconteceu na noite de 30 de julho de 2008. Ele foi esfaqueado, decapitado e canibalizado dentro de um ônibus. No ano seguinte, Vince Li foi considerado inocente dar acusações, porém foi encaminhado para uma instituição psiquiátrica de segurança máxima até ser solto em 2015.

O incidente ocorreu perto de Portage la Prairie, no estado canadense de Manitoba, durante uma viagem de Edmonton para a cidade natal de McLean de Winnipeg.

Ao meio dia de 30 de julho de 2008, Tim McLean, de 22 anos, voltava para casa depois de trabalhar em uma feira no estado de Alberta. Ele saiu de Edmonton a bordo do ônibus Greyhound 1170 para Winnipeg. Sentou-se na parte traseira, uma fila à frente do banheiro.

canibal - tim mclean

Às 18h55, o ônibus partiu de uma parada em Erickson, Manitoba, com um novo passageiro, Vince Weiguang Li. Li, descrito como um homem alto em seus 40 anos, com cabeça raspada e óculos de sol, sentou-se originalmente perto da frente do ônibus, mas mudou-se para sentar-se ao lado de McLean após uma parada de descanso programada. McLean “apenas notou” Li e adormeceu contra a janela com seus fones de ouvido cobrindo as orelhas.

Segundo testemunhas, McLean estava dormindo com seus fones quando, de repente, Li, que estava ao seu lado, sacou uma grande faca e começou a apunhalá-lo no pescoço e no peito. O motorista de ônibus parou no acostamento para que ele e todos os outros passageiros pudessem sair do veículo. Depois ele e mais dois passageiros voltaram para dentro para tentar resgatar McLean, porém foram ameaçados por Li. O assassino então decapitou McLean e exibiu sua cabeça cortada para outros passageiros que estavam do lado de fora. Li voltou para o corpo de McLean e começou a cortar outras partes e a consumir a carne de sua vítima.

Às 20h30, a Guarda Montada Royal Canadian (GRC) em Portage la Prairie recebeu uma denúncia de facadas em um ônibus Greyhound a oeste da cidade. Eles chegaram para encontrar o suspeito ainda a bordo do ônibus, impedido de fugir por outro passageiro, o motorista de ônibus e um motorista de caminhão que forneceu um pé de cabra e um martelo como armas. Os outros passageiros estavam amontoados à beira da estrada, alguns deles chorando e vomitando. Como o suspeito havia tentado fugir dirigindo o ônibus, o motorista acionou o sistema de imobilização de emergência, tornando o veículo inoperável.

Havia um impasse entre a polícia e o suspeito. Com isso, decidiram chamar uma equipe de negociadores e uma unidade tática fortemente armada. O suspeito passeava por dentro do ônibus. Ora com passos rápidos, ora com passos lentos. Os policiais então viram Li comer partes do corpo. Enquanto isso, os passageiros foram tirados da cena para serem interrogados pela Guarda Montada de Brandon. Os policiais ouviram Li dizer: “Eu tenho que ficar no ônibus para sempre”.

Em 31 de julho de 2008, à 1h30, o suspeito tentou escapar do ônibus saindo por uma janela. A polícia prendeu Li logo depois. Ele foi baleado com um Taser (arma de choque) duas vezes e algemado. Partes do corpo da vítima, colocadas em sacos de plástico, foram retiradas do ônibus, enquanto a orelha, nariz e língua foram encontrados nos bolsos de Li. Os olhos da vítima e uma parte de seu coração nunca foram recuperados, presumidamente  comidos por Li.

Às 10hs da manhã, representantes de Greyhound levaram os outros passageiros a uma loja para trocar suas roupas, que ficaram no ônibus. Eles chegaram a Winnipeg às 15h30 naquele dia, para se reunir com familiares e amigos.

O julgamento de Li começou em 3 de março de 2009, com Li alegando não ser criminalmente responsável. Isso significa que ele aceitou que o assassinato ocorreu, mas afirmou que ele não tinha condições mentais necessárias naquele momento. O psiquiatra disse que Li fez o ataque porque a voz de Deus lhe disse que McLean era uma força do mal e estava prestes a executá-lo. O juiz, John Scurfield, aceitou o diagnóstico e decidiu que Li não era criminalmente responsável pelo assassinato. Li foi mandado para o Centro de Saúde Mental de Selkirk.

canibal do ônibus

Em fevereiro de 2017, todas as acusações contra Li foram retiradas, bem como todas as restrições ligadas a seu nome.