30 famosos mistérios Brasileiros – PARTE 2

30/09/2012

Continuando o post “30 famosos mistérios Brasileiros”, que foi dividido em três partes. Essa parte conta com os mistérios que vão do itens 19 ao 11. Para os amantes de mistérios provavelmente será uma leitura bem prazerosa. Vejam:

19. Bola de Fogo

Desde quando o tio Pedro aportou por essas terras, existem relatos sobre um estranho fenômeno que ocorre nas florestas brasileiras. Esse fenômeno é descrito como uma imensa “bola de fogo” flutuante, que emerge da terra no meio da densa floresta e persegue os homens que arriscam se aventurar por esses locais. Segundo os testemunhos, apesar de ser aparentemente de “fogo”, essa “entidade” não queima qualquer planta ou deixa qualquer rastro de carbonização causada pela temperatura. Contudo, avança em direção às pessoas, como se estivesse querendo espantá-las dali. Em suas expedições, os bandeirantes relatavam em seus registros e cartas esses bizarros encontros. Nicolau Barreto descreveu sobre seu receio em explorar certas regiões do Tiete devido a boatos de desaparecimento de outros grupos de bandeirantes após o aparecimento dessa “bola de fogo”, que como diziam, “consumia sem queimar”. Em outras palavras, tal “fenômeno” fazia com que os homens sumissem num piscar de olhos, todavia, não incendiava nada ao seu redor.

Com o passar do tempo, essa “bola de fogo” foi ganhando forma e características mais humanas, até virar a lenda da Mãe-de-Ouro, uma “entidade” sobrenatural defensora das jazidas de ouro.

Atualmente existem algumas explicações científicas para tal fenômeno. Estudioso afirmam que as “bolas de fogo” que emergiam da terra nada mais eram que depósitos de metano que entraram em combustão. Outros falam sobre “energia condessada”, um fenômeno que seria muito semelhante ao “Raio Bola”, o qual tem muitos relatos, mas ainda não foi reproduzido em laboratório ou comprovado com outro tipo de prova.

18. Chuvas de Peixes em Paracatu


Vocês já ouviram falar de uma chuva extremamente incomum, ou melhor dizendo, de um fenômeno bizarro que tem sido relatado por vários povos chamada de “chuva de peixes”?

Segundo testemunhas, em algumas localidades de Paracatu esse evento vem ocorrendo. Chuvas de animais, apesar de bizarras não são tão incomuns – há registros de chuva de animais como rãs, pássaros, morcegos, caranguejos e até carne e sangue – e aparentemente não tem nada de “paranormal”, alguns até com explicações plausíveis, entretanto, no caso de Paracatu, isso não deveria acontecer …. porém, aconteceu, pois as explicações científicas se embasam na possibilidade de fenômenos como tornados e trombas d’agua elevarem os peixes do mar/lagos para os céus, posteriormente despejando-os sobre as cidades. Como em Paracatu, não há tornado e nem tromba d’agua, o mistério continua sem explicação.

17. Terremotos e nuvens estranhas em Pirabeiraba, Santa Catarina

No dia 6 de maio desse ano, a cidade de Pirabeiraba, norte de Santa Catarina, registrou um fenômeno estranhíssimo. Primeiro, pela manhã, houve terremotos de pequena escala, fenômeno que é completamente incomum na região. Após o terremoto, barulhos semelhantes a estrondos causados por trovões foram escutado pelos moradores da cidade, embora o céu estivesse limpo e sem nenhum sinal de chuva – tanto que nos dias seguintes também não choveu. Por fim, uma nuvem cintilante que começava no chão e sumia no infinito, apareceu sob a Serra Dona Francisca e foi avistada pelos moradores das redondezas. Sidnei Goncalves, morador da Estrada Mildau, registrou o estranho evento ocorrido as 6 e meia da manha. O v’ideo você confere acima.

Segundo o professor e chefe do departamento de física da Udesc, José Fernando Fragalli, a forma estranha nada mais é do que uma nuvem. Pela coloração dela, mais esbranquiçada, trata-se de um adensamento de vento. Conforme o professor, de um modo bem simplificado, é como se houvesse um ciclone no céu. Os ventos circulam e se adensam. Por isso a forma mais prolongada. Segundo ele, não é algo comum de acontecer.

Ainda assim, algo ficou sem explicação: se o fenômeno ocorreu no céu e se tratava de ventos que se adensam, por que ocorreram os 11 terremotos de pequena escala?

16. Marcas não identificadas de 120 milhões de anos na Paraíba


O Pesquisador em Paleontologia, Luiz Carlos da Silva Gomes, compareceu até o Sítio Lagoa do Forno, Zona Rural de Sousa, para analisar uns estranhos rastros deixados em rochas naquela região.

Conforme informações do pesquisador, os rastros encontrados no local, fazem parte de uma ocorrência fantástica. Foram deixados ha mais de 120 milhões de anos e são de criaturas que não são nem dinossauros, nem qualquer outro animal conhecido…. na realidade, parecem muito com marcas de veículos terrestres.

As marcas que foram encontradas no inicio desse ano, ainda estão em estudo, entretanto, nenhuma resposta concreta foi dada sobre o caso. Como poderia haver máquinas no período Cretáceo?

15. Os estranhos eventos na Chapada Diamantina

Situada no Estado da Bahia, a Chapada Diamantina é um dos lugares mais belos e estranhos do Brasil. Quem vê seus exuberantes rios, cachoeiras, fauna e flora, não imagina os estranhos eventos ocorridos naquela região. Essa paisagem maravilhosa esconde inúmeros mistérios. Os moradores e os turistas testemunham os mais bizarros acontecimentos: luzes estranhas no céu, gritos, berros e ecos aonde não há nada, criaturas que perseguem os turistas no meio da escuridão e falam um idioma desconhecido, enfim, os relatos são tantos que a Chapada terminou ganhando uma linha de turismo específico, voltado apenas para explorar essas estranhezas.

E o turismo ficou ainda mais forte quando os estudiosos do misticismo começaram a apontar a Chapada Diamantina como um dos sete locais do mundo que possuem uma entrada para Agartha, reino lendário tal como Atlântida, que ficaria no subterrâneo, próximo ao centro da Terra e lar de Melquisedec, um ser com poderes fantásticos, intitulado “Rei do Mundo” que aparece em escritos antigos de diversas culturas e segundo a lenda acompanha a Humanidade desde o seu inicio e auxilia na evolução gradual que ela sofre.

Igatu, uma cidade fantasma localizada na Chapada Diamantina, já teve 15 mil habitantes no auge da exploração das pedras preciosas, hoje não chega a ter 300. As ruínas que lembram vagamente Machu Picchu são alvo de eventos fora do comum. Dizem que constantemente é possível ver as luzes que rodeiam o pequeno vilarejo. Os habitantes tem medo, boa parte devido as terríveis lendas que são passadas de geração em geração. Falam que mesmo no século XIX, quando iniciou a exploração das pedras preciosas e a cidade estava cheia, os casos de desaparecimentos já eram comuns. As “luzes” adentravam as estreitas ruas e levavam as pessoas das suas casas.

Ainda da época do exploração, os garimpeiros afirmavam que para encontrar um diamante, era necessário acontecer o que eles chamam de “Bamburrio”, é uma espécie de magia entre o garimpeiro, o diamante e os astros (estrelas). Eles diziam que quando viam uma bola de luz branca passando rapidamente nas serras, este era o sinal das estrelas para o garimpeiro saber que chegou a sua hora de encontrar um diamante. Disseram que todos os garimpeiros de coração aberto tinha um diamante predestinado, e que esse chamado, nome dado a esta luz por eles, era o sinal já que apenas um garimpeiro podia observar esse fenômeno.

Esses contos terminaram por se enraizar pela região e ao invés de afastar os turistas, os atraiu. A Chapada Diamantina hoje é uma das principais paradas do “turista místico” por causa desses acontecimentos um tanto assombrosos.

14. A Ordem de Cristo

Você já deve ter escutado falar sobre Maçons, Nobre Negra, Templários, entre outras sociedades secretas que existiram ou existem. Mas quantas vezes você ouviu falar da “Ordem de Cristo”?

Um dos fatos da história oculta do descobrimento do Brasil envolve a famosa Ordem de Cristo. Na Idade Média foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários, que tantas páginas da história preencheram. Dissolvida violentamente em 1312 pelo Papa, a Ordem continuou existindo em Portugal – um dos reinos mais tolerantes naquele momento – e albergou aqueles que fugiam da atroz perseguição em outros domínios europeus.

O rei português D. Dinis fundou a Ordem de Cristo, na realidade uma fachada para ocultar os verdadeiros templários os que outrora haviam protegido os caminhos de peregrinação europeus até Jerusalém conquistada pelas Cruzadas.

Outra personagem célebre, o infante D. Henrique, conhecido como “O Navegante” e fundador da Escola de Sagres (de técnicas e descobrimentos náuticos) foi o líder da Ordem de Cristo. Alguns historiadores acreditam que o infante e seus navegantes conheceram o Brasil antes que Cabral. O certo é que o Brasil fez parte do patrimônio da Ordem durante muito tempo. As caravelas que aqui chegaram traziam abertas as velas com a cruz templária, símbolo máximo da instituição.

“Ainda hoje existem grupos muito fechados no Brasil de cavaleiros templários que realizam ritos antiquíssimos e que se consideram herdeiros do patrimônio deixado pela Ordem de Cristo, um patrimônio espiritual que se inspira no nascimento de uma grande potência econômica a partir do próximo milênio”, dizia Aurélio Abreu.

Um dos dados mais significativos para compreender a nova Terra Prometida ou Paraíso Terrenal – tal como Cristóvão Colombo proclamou ao descobrir o continente Americano – é a desconhecida ou talvez omitida história de Pedro de Rates Hanequim, natural de Lisboa que viveu durante 26 anos em Minas Gerais.

Em 1741, sua Majestade, João V ordenou o confisco de bens e a excomunhão de Hanequim e, em 1744, o Santo Ofício (a Inquisição) ditou a sua morte por afogamento, primeiro e pelo fogo, depois, a fim de reduzir seu corpo a cinzas. Tudo isso para que Hanequim não tivesse sepultura e que seu nome se apagara de uma vez por todas da história. Porém, os mesmos documentos eclesiásticos imortalizaram este crime.

Por que morreu Hanequim ? Por algo muito grave para aquela época: seu nome estava ligado a uma conspiração contra a monarquia portuguesa e seu domínio sobre o Brasil, pois procurava a independência daquela colônia. Não obstante, não foi esse o motivo principal que o levou aos tribunais do Santo Ofício ou que a Inquisição decretara a sua morte. Segundo conta o grande historiador Sérgio Buarque de Holanda em seu livro “A visão do Paraíso”, o cidadão luso foi condenado por considerar o Brasil como o “Paraíso Terrenal” onde havia uma árvore com frutos semelhantes a figos ou maçãs que encarnavam o bem e o mal.

Hanequim também acreditava que os índios brasileiros descendiam de uma das tribos perdidas de Israel – que aparecem no Velho Testamento – e que Adão, o progenitor da humanidade, criou-se no Brasil. De aqui partiu para Jerusalém ao abrir-se o Oceano Atlântico para permitir sua caminhada, do mesmo modo que o Mar Vermelho se abriu aos israelitas. E para provar que este Adão brasileiro existiu, Hanequim mencionava as marcas de pés humanos que apareciam marcados em algumas rochas nas costas da Bahia.

Com toques proféticos, Hanequim apregoava que no Brasil se erigiria o “Quinto Império”, super-poderoso, que alargaria seus domínios por todo o Planeta. O religioso aproximou-se em parte da atual realidade: hoje o Brasil é a sexta potencia econômica mundial, apesar de que a renda dos seus cidadãos seja uma das piores distribuídas, concentrada em mãos de poucos.

Além disso, Hanequim difundiu que o Dilúvio Bíblico não tinha sido universal: o Brasil tinha escapado do aguaceiro. A maior heresia do prisioneiro foi a de ter considerado que na Criação do Mundo somente intervieram o Filho e o Espírito Santo, excluindo o Deus-Pai desta importante tarefa. A isto se acrescenta que as entidades Divinas tinham corpo material, ou seja, os anjos e inclusive Nossa Senhora seriam tão palpáveis como qualquer um dos mortais.

Embora sob tortura durante três anos, Hanequim continuou afirmando suas teorias diante do enraivecidos padres do Santo Ofício que não lhe perdoaram a heresia. Hoje, passados vários séculos, as palavras do malogrado herege ainda ecoam como proféticas e todos os anos, em alguns rincões paradisíacos do Brasil surgem grupos que proclamam o nascimento de uma Nova Nação abençoada por Deus ou pelos deuses.

13. Horror em Araçariguama – Caso João Prestes Filho

Em 16 de fevereiro de 1946, João Prestes Filho foi pescar com mais três amigos, no rio Tietê, na localidade de Araçariguama no interior de São Paulo. Prestes retornou por volta das 19:00 horas. Sua esposa, Silvina Nunes Prestes, havia saído, deixando a casa trancada. Na realidade estava em um baile de carnaval daquela cidade com parentes. João tentava entrar pela janela da casa, quando um raio luminoso de cor amarelada, que vinha do alto, atingiu-o no braço. Completamente tonto, correu para a casa de sua irmã, Maria, situada a mais de 2 Km dali. Ao contar tudo o que aconteceu, João gritava: “a luz, a luz….” pedindo socorro. Pouco depois, chegou o delegado Malaquias. A pele de João, de início parecia torrada, sendo que as mãos e o rosto estavam mais afetados. Alarmados pelo ocorrido, diversas pessoas foram até a casa ver o estado da vítima.

Segundo estudos divulgados na década de 50 e 60, o corpo de João Prestes começou a se desmanchar. Porém, segundo estudos posteriores, realizados pelos ufólogos Claudio Suenaga e Pablo Villarubia Mauso, nenhuma testemunha dos acontecimentos observou pedaços do corpo de Prestes soltar-se.

Por outro lado o pesquisador Fernando Grossman da extinta APEX entrevistou o enfermeiro Araci Gomide que atendeu João Prestes em sua agonia e confirmou as queimaduras e o desprendimento da carne.
João foi levado de carroça para o Hospital de Santana de Parnaíba acompanhado pelo enfermeiro, mas faleceu no caminho antes de chegar ao hospital. O tempo transcorrido entre o raio luminoso e sua morte foi de aproximadamente seis horas.

Existe um pequeno livreto muito conhecido em Araçariguama que descreve o caso como “O Incrível homem que derreteu”, escrito por um anônimo.

Abaixo você confere um relato de um jornalista que acompanhou o caso de perto:

Uma estranha luz conduziu, em poucas horas, João Prestes Filho à morte por causa de intensas queimaduras, segundo algumas testemunhas, ou pelo desprendimento de suas carnes deixando expostos ossos e tendões, segundo outras.

A resposta para um dos mais desconcertantes e pavorosos casos da história mundial da Ufologia passou-se no pequeno e apertado hotel, o Minas Gerais, onde o historiador e ufólogo Cláudio Tsuyoshi Suenaga e eu havíamos nos hospedado para investigar vários ataques de supostos chupa-cabras que atuavam naquela região.

Estávamos na cidade de São Roque, a 47 km da cidade de São Paulo quando meu companheiro de quarto me alertou em meio ao silêncio da noite sobre uma página de um jornal que havia recolhido dentro de um mulambento banheiro.

Entre o êxtase e a emoção, atropelando as palavras, o jovem nipo-brasileiro me leu o conteúdo do tal jornal, de 12 de abril de 1997: “Faleceu a 6 de abril, em sua residência, nesta cidade, o estimado sr. Roque Prestes…. com 91 anos de idade… era irmão de João Prestes (falecido)…”. Para nosso assombro, havíamos encontrado a pista dos parentes de João Prestes Filho, o homem que em 4 de março de 1946 morreu de uma forma totalmente atroz: após ser atacado por uma estranha luz, suas carnes começaram a desgrudar dos ossos, especialmente da mandíbula, peito, mãos, dedos, pernas e pés até consumir sua vida em poucas horas. Alguns pedaços de carne caíram soltando-se dos tendões diante do espanto das testemunhas e a impotência da vítima.

O Hotel Minas Gerais foi testemunha de nossa insônia e intranqüilidade até o amanhecer, quando contatamos por telefone o filho do falecido Roque Prestes. Em questão de minutos, e a passo acelerado, chegávamos à modesta residência do sexagenário Luis Prestes, na periferia de São Roque. Luis ainda estava de luto pelo falecimento de seu pai, Roque, um ex-soldado da Revolução Constitucionalista de 1932.

“Até há pouco tempo, antes de morrer, meu pai recordava o trágico fim de seu irmão, naquele ano de 1946. Eu era pequeno, tinha uns 9 anos, mas me lembro perfeitamente o que se passou com meu tio João. Era semana de carnaval e João, que odiava tais festividades decidiu ir pescar, montado em sua carroça. Ele vivia em Araçariguama, um povoado a somente 7 km de São Roque e, na ocasião, um lugar muito isolado e tranqüilo. Minha tia foi às festas junto com os filhos e o deixou em casa”, nos reconstituía os fatos Luis Prestes diante de nossos olhares atentos. “Eu estava em Araçariguama quando me disseram que meu tio estava moribundo na casa de um parente. Quis entrar, mas não me deixaram, pois eu era muito pequeno e poderia ficar impressionado com o estado físico de João. Meu pai sim falou com ele, que lhe contou que ao voltar à casa, abriu a janela e algo como um fogo ou “tocha de fogo” entrou no quarto onde se encontrava. Ele caiu no chão e sentiu que seu corpo ardia. Ele se enrolou em uma manta e veio caminhando mais de dois quilômetros até a vila. Meu pai dizia que João só estava queimado da cintura para cima, à exceção dos cabelos. Eu cheguei a ver meu tio moribundo, quando o tiraram de casa para levá-lo em um caminhão a Santana de Parnaíba, onde existia um hospital. Me recordo que estava envolto com uns lençóis enegrecidos, talvez pelo queimado do corpo. João morreu antes de entrar no hospital”, seguia contando-nos Luis Prestes enquanto gravávamos seu testemunho.

“Foi publicado em vários livros em inglês, japonês e até em russo que João Prestes morreu de uma maneira atroz, com pedaços de seu corpo caindo, como as orelhas, ou a carne dos braços. Isto está correto?”, indaguei. “Não. Sua aparência, segundo meu pai, que o acompanhou ao hospital, era realmente muito penosa, mas não chegava a isso. Apresentava queimaduras graves pelo corpo. A pele, carne, estava escura. Não apresentava nenhuma lesão corporal”, nos revelou nosso interlocutor mudando parcialmente a história que havia sido impressa nos livros e centenas de artigos publicados sobre o caso.

“Meu pai, que era subdelegado de polícia de Santana do Parnaíba, solicitou a colaboração da polícia científica para pesquisar o caso, mas não sei nada sobre os resultados. O certo é que na casa onde João se encontrava quando apareceu o fogo, nada se queimou. Tão pouco ele tinha inimigos ou alguém que fizesse aquilo. Ainda moribundo disse repetidas vezes que havia a luz a sua agressora e que era ‘coisa de outro mundo’”, avaliou nosso interlocutor.

Um dado nos fez retornar à realidade com assombro. “Em Araçariguama e região, naqueles tempos, viam-se constantemente umas bolas de fogo que diziam ser ‘assombrações’. Alguns acreditavam que procediam da mina de ouro que hoje em dia está fechada. E aconteciam outras coisas raras. Meu falecido pai nos contava que em 1922 pode ver, junto com meu avo e um tio meu um ‘lobisomem’ à noite. Meu tio atirou-lhe uma pedra e acertou na mão. No dia seguinte um vizinho apareceu com a mão enfaixada. Outras pessoas contavam casos semelhantes”, nos informava Luis Prestes. Em nossas mentes se configurava a idéia de que Araçariguama e a região de São Roque poderia ser uma fantástica “zona janela”, por onde emergia uma surpreendente quantidade e variedade de fenômenos anômalos.

A teoria parecia se enquadrar com os dados seguintes que nos daria nosso informante. “A Emiliano Prestes, também meu tio e irmão de João Prestes, aconteceu algo igualmente esquisito. Alguns meses depois da trágica morte de seu irmão, estava caminhando por um bosque de Araçariguama, em Água Podre, o mesmo onde surgiu em 1922 o lobisomem, e a luz que queimou João, quando apareceu lhe uma tocha de fogo no ar. Emiliano, apavorado, encostou-se num barranco quando a coisa foi para cima dele. A única coisa que pôde fazer foi agachar-se e rezar por sua vida. Contou-nos que sentiu um intenso calor, mas por sorte, a tocha distanciou-se e desapareceu”, relatou-nos Luis adicionando mais mistérios à lista da região.

A “tocha” ou “bola de fogo” também foi vista em várias ocasiões pelo pai de Luis, durante sua juventude, um objeto que assustava os cavalos e cavaleiros que transitavam pelas escuras noites de Araçariguama para chegar às suas humildes casas no campo. “As luzes eram vistas mais entre as 3 e 4 horas da madrugada, e eram três ou quatro vezes maiores que a Lua. As pessoas sentiam o calor das luzes ainda que estivessem longe. Distanciavam-se a velocidades tremendas. Meu pai deixou de ir às festas à noite por causa dessas luzes”, recordava Luis Prestes.

Outras agressões

Antes de terminar a entrevista, satisfeitos com os novos dados que lançaram novas luzes sobre o caso João Prestes e quando não pensávamos em adicionar nada mais às informações prestadas, Luis Prestes nos deu uma valiosa pista: a existência de, possivelmente, a última testemunha viva das últimas horas de vida de João. “É um senhor muito velho, mas muito lúcido e forte. Vive aqui perto do meu bairro, em São Roque. Naquela direção”. Imediatamente caminhamos até a casa Vergílio Francisco Alves. Quando ali chegamos sua filha nos comunicou que o pai estava trabalhando na horta, enfrente da casa, cortando o mato com uma foice. Após um momento apareceu Vergílio que, para nossa surpresa, nos mostrou sua carteira de identidade onde dava fé de seus 92 anos de existência com plena saúde.

Sentado no canto do sofá de sua humilde casa, Vergílio nos contou que era primo de segundo grau de João Prestes. “Eu nasci e me criei em Araçariguama. Alí comecei a trabalhar na mina de ouro Morro Velho aos 15 ou 16 anos. Havia um engenheiro inglês que não sabia escrever meu nome e me chamava ‘garoto de ouro’. Mas eu lhe contei o que sei sobre a horrível morte de João. Foi em 1946, e era carnaval. Foi pescar próximo dali, no rio Tietê, montado em sua carroça, enquanto a esposa e os filhos foram às festividades. Fazia tempo seco, não chovia. Quando voltou, colocou seu cavalo no curral e deu-lhe de comer. Em seguida, colocou os peixes numa travessa e esquentou no forno a lenha a água para tomar banho em uma bacia. Quando trocou de roupa apareceu-lhe, no quarto, uma espécie de raio de luz amarela que iluminou tudo. João sentiu que seu corpo ardia e que a barba, ainda curta, estava queimada. Apavorado e sem poder mover as mãos, João levantou o pino da porta de saída da casa com os dentes e lançou-se descalço à rua – pois nunca usava calçado–,correndo mais de dois quilômetros até chegar, aos gritos, à casa de sua irmã Maria, perto da igreja de Araçariguama. Ali se jogou na cama e disse que estava queimado. Veio em seguida o delegado de polícia, João Malaquias, que lhe disse que não era para culpar nada pelo que havia ocorrido, pois o que o havia atacado não era ‘coisa deste mundo’. Depois começou a trovejar, trovejar e caiu uma forte chuva…”, esta parte do relato de Vergílio me recordou o Caso Varginha, em 1997, em Minas Gerais, quando após a aparição e suposta captura de uma ou mais criaturas supostamente de origem extraterrestre, ocorreu uma violenta tempestade como jamais se havia visto em Varginha. Em muitos casos “Fortianos” (em homenagem a Charles Fort, investigador de fatos insólitos), parecem ocorrer importantes mudanças atmosféricas.

“Então, você viu João Prestes quando agonizava?”, perguntou Cláudio Suenaga a Vergílio Alves. “Sim. Meu primo, Emiliano Prestes, era meu vizinho, e me chamou. Quando cheguei à casa de Maria, encontrei João Malaquías, o delegado, falando com João, este deitado na cama e começando a travar a língua. Sua pele, que era branca, estava tostada, meio marrom, como se tivesse assado. O mais queimado eram as mãos e o rosto. As mãos estavam retorcidas. Seu pelo não queimou e tão pouco seus pés nem as roupas. Só queimou da cintura para cima. Os pés estavam esfolados por ter saído correndo e pisando sobre pedras”.

“Em nenhum momento você viu que a carne de João caía aos pedaços?”, perguntei-lhe. “Não, não. Tinha a pele e a carne queimadas, mas não estavam caindo. Acredito que foi coisa do Boitatá, pois ele já havia atacado João antes…”, revelava-nos Vergílio. Cláudio e eu nos olhávamos com estupefação diante da nova informação do lúcido nonagenário. “Conte-nos esta outra agressão”, dissemos-lhe quase em uníssono. “Quando João era tropeiro (condutor de gado), ainda muito jovem vivia junto com o padre em Araçariguama. Um certo dia, ao entardecer, quando conduzia os burros por um morro, viu um fogo que caiu do céu, uma bola de fogo. Estava perto de uma capela,onde havia uma cruz, e sentiu a bola passando ao seu lado, e quase o atingiu. João me contava que ali, às vezes, viam-se dez ou doze bolas que surgiam no céu. Algumas eram vermelhas, outras da cor da lua. Às vezes, cinco ou seis caíam ao solo e explodiam. A gente chamava essas luzes de boitatá…”,seguia nos contando Vergílio. Abro um parêntesis para explicar que a palavra “boitatá” é de origem indígena e designava misteriosas luzes que se punham a perseguir e até matar os nativos, segundo as crônicas coloniais portuguesas e os relatos do padre missionário José de Anchieta, no século XVI.

O próprio Vergílio foi testemunha da aparição de uma das tais luzes, que surgiu por trás da montanha onde estavam as minas de ouro e caio em outro morro, onde também sempre apareceram luzes raras, o morro do Saboão. “Também chamávamos de ‘mãe do ouro’ a essas bolas de fogo. E também havia o ‘lagarto de ouro’, um fogo alongado que se movia em linha reta, devagar, sem fazer ruído”.

A misteriosa mina de ouro de Morro Velho está hoje abandonada. Ali, um dos principais focos de aparições de luzes, viveu o general canadense George Raston, que fundou a mina em 1926, e foi encerrada no fim dos anos 30.

Enquanto comíamos alguns deliciosos legumes cultivados por Vergílio e sua horta, ele nos contava que em Araçariguama haviam sido vistos homens-lobos, confirmando-nos as informações dadas por Luis Prestes.

“Quem levou João ao hospital?”, perguntei a Vergílio para retomar e concluir nossa entrevista sobre o caso. “Malaquias, o comissário, queria levá-lo a um hospital de São Paulo, mas a caminhonete estava muito ruim e eles foram até Santana de Parnaíba”. Logo pediu-se uma pesquisa à polícia técnica e ela não pode chegar a uma resposta para o que aconteceu; só disse que não havia nada queimado na casa de João, pois alguns haviam assegurado que havia queimado um candeeiro”.

Rumo a Araçariguama

Ainda aturdidos pelas novas informações sobre o caso Prestes, pegamos o único ônibus que faz a linha entre São Roque e Araçariguama. Desde 1946, quando era uma vila sem água, luz ou asfalto, Araçariguama não havia crescido muito e tinha serpentes venenosas em abundância. É um dos povos mais antigos da região, tendo sete mil habitantes. Foi fundado há quase 350 anos, onde viviam os “bandeirantes”, conquistadores de imensidão territorial do Brasil.

Segundo um informe publicado nos anos 60 pelo falecido ufólogo Walter Bühler, a polícia fechou a casa de João e esta foi logo derrubada, pois, aparentemente, seus familiares não teriam coragem de voltar ao lugar, que teria ganhado fama de casa mal assombrada.

Em Araçariguama nos atendeu Fabiana Matias de Oliveira, chefe de comunicação da pequena cidade, que nos levou até seu tio Hermes da Fonseca, de quase 70 anos, profundo conhecedor da história e das pessoas da região. Como muitos brasileiros de sua idade, continuava trabalhando para ganhar a vida, fazendo pequenas reformas em uma propriedade perto da cidade. Hermes sentou-se em um tronco e colocou-se a nos contar sua vida, sua chegada a Araçariguama e que uma cascavel o havia mordido, deixando-lhe uma profunda marca no tornozelo que ele nos mostrou com orgulho.

“Eu conheci João Prestes. Lembro-me perfeitamente da data de sua morte, 5 de março de 1946. O falecido deixou cinco ou seis filhos e a viúva. Eu não cheguei a ver seu corpo, só umas poucas pessoas o viram, mas disseram que tinha o corpo queimado. Mais tarde a imprensa publicou que seu corpo havia derretido, que havia caído aos pedaços”, contou-nos o setuagenário.

“Aqui sempre ocorreram coisas estranhas. Um ano depois da morte de João, seu irmão, Emiliano Prestes viu perto do cemitério, duas bolas de fogo que subiam, batiam-se entre si, voltavam a subir e repetiam a mesma ação. De repente as luzes começaram a rodeá-lo e ele sentiu um calor muito intenso. Ele se ajoelhou e rezou até que as luzes se foram. Ainda hoje em dia, porém com menos intensidade, vêem-se luzes perto daqui, em Ibaté, entre Araçariguama e São Roque. Quando se batem soltam faíscas mas não se desfazem. Giomar Gouveia, campeão de hípica e dono de um estábulo em Ibaté, viu uma luz sobre seus animais que desprendia raios de luz de cor laranja. Isso aconteceu em 1995”, contava-nos Hermes da Fonseca.

Entusiasmado por nosso interesse, Hermes seguiu, com impressionante memória, recordando datas e outros dados, situação digna de denominação como “cronista oficial” de Araçariguama. “Em 1960, um motorista de ônibus, Celso Gomide, vinha de São Roque quando viu uma luz vermelha que lhe fez parar o veículo. A luz se aproximou da cabine e Gomide, assustado, colocou-se a rezar. Os passageiros ficaram perplexos diante da insólita luz que lhe rodeou durante mais de 20 minutos”. E continuou lembrando Hermes: “Em 1955 eu trabalhava na construção de um teleférico da fábrica de cimento Santa Rita, para transportar as pedras de uma pedreira aqui, em Araçariguama. Era dia 24 de agosto desse ano e fazia um calor insuportável, quando eu e outros trabalhadores vimos um objeto que flutuava num céu muito azul. Um objeto tão grande como uma roda de caminhão, muito alto, de cor alumínio, que dava voltas e desprendia fumaça, deixando círculos de fumaça branca. Nós o vimos às 11:30 e às doze chegaram cinco ou seis aviões da FAB (Força Aérea Brasileira). Eram menores que a roda voadora e, em uns poucos segundos, esta disparou deixando para traz os aviões militares. No dia seguinte, o jornal “Folha de São Paulo” publicou um artigo onde se comentava que milhares de pessoas haviam visto em Osasco (perto de Araçariguama) um disco voador com as mesmas características”.

A menos de um quilômetro do povoado, está o cemitério. Ali encontramos o coveiro, Nelson Oliveira, de 53 anos, que nos levou até o túmulo onde estavam os restos mortais de João Prestes. Sobre a caixa de cimento recoberta por terra somente sobrava uma tosca cruz e um número de identificação. Por um momento Cláudio e eu sentimos um nó na garganta e nos veio à mente o que poderiam ser imagens dos últimos momentos de sofrimento de João Prestes. Recompostos, perguntamos a Nelson –que desde 1976 trabalhava como coveiro– se havia visto algo estranho na região.
“Em 1989 vi uma coisa estranha, redonda, voando sobre o cemitério. Era como um chapéu, porém ao contrário, e estava baixo. Era todo de alumínio, e lembrava ratos quando se moviam em linha reta, devagar, mas balançando-se. Ia em direção a São Paulo”, nos contava o coveiro mostrando-nos seu próprio chapéu, invertido, para ilustrar o avistamento.
Segundo uma entrevista pessoal que fiz ao ufólogo Antonio Ribera em Barcelona, João Prestes pode ter sido queimado pelo sistema de propulsão de uma nave extraterrestre. “Não creio que os alienígenas quiseram ferir ou matar o camponês. Simplesmente não sabiam o que poderia acontecer se chegassem perto demais dos seres humanos“, contou Ribeira.

Nos sobrou tempo para refletir sobre a terrível morte de João Prestes Filho a bordo de um ônibus desgovernado que deixava Araçariguama para trás. “Que acha que era a luz que matou Prestes?”, perguntei a Cláudio. “Talvez um relâmpago globular ou esférico”, contestou-me. “Mas como explicar as outras luzes e as criaturas da região”, insisti. Cláudio Suenaga emudeceu encolheu os ombros uma última olhada sobre a torre da igreja daquele povoado maldito.

Intrigas ufológicas

O caso João Prestes só passou a ser conhecido internacionalmente a partir de setembro de 1971, quando o ufólogo Irineu Silveira anunciou a possível conexão entre a morte do camponês e o fenômeno OVNI durante o II Simpósio Nacional sobre Vida Extraterrestre que foi realizado em São Paulo.

Vários investigadores puseram mãos à obra e revisaram o caso. Walter Bühler, um dos mais notórios ufólogos do Brasil, acreditava que as queimaduras de Prestes se deviam a um acidente com um candeeiro. Sem demora, a maioria divergia acusando Bühler de pertencer à linha “angelical” da Ufologia, ou seja, aquela que diz que os ETs vêm à Terra para fazer o bem e não o mal.

Outros, como o decano ufólogo Fernando Grossmann, puderam entrevistar uma testemunha direta do caso em 1974, o ex-aprendiz de enfermeiro Aracy Gomide.

A partir das informações prestadas por Gomide, Grossmann e o médico Luiz Braga chegaram à conclusão de que as queimaduras de Prestes se assemelhavam “aos efeitos indiretos de uma explosão nuclear. Tal como ocorreu com algumas vítimas de Hiroshima e Nagasaki, a radiação afetou as células vivas, porém não as mortas, como os tecidos das roupas e os cabelos”. Mas quem teria, em 1946, uma fonte de emissão de partículas atômicas de potência controlada e processada em Araçariguama?

“Não é um caso isolado”, me comentava Grossmann em uma entrevista que me concedeu em São Paulo. “Existem muitos paralelos entre sua morte e aquelas que aconteceram no Estado do Pará, região amazônica do Brasil, no fim dos anos 70 e início dos 80”. O investigador destaca que no dia da morte de João Prestes um funcionário público de Araçariguama, Alencar Martins Gonçalves, viu uma “bola de fogo” nas proximidades do cemitério.

As declarações de Gomide ecoaram internacionalmente e a maioria dos relatos publicados em livros, revistas e boletins centravam o caso Prestes somente nesta testemunha. Muitas das informações prestadas pelo ex-aprendiz de enfermeiro não parecem coincidir com as de Luis e Roque Prestes e Vergílio Francisco Alves. Gomide contava que João, ao chegar da pescaria, pulou uma janela para entrar em sua casa, pois sua esposa havia trancado a porta ao sair. Neste momento teria avistado a luz intensa que o queimou. Gomide, que havia trabalhado como enfermeiro no exército, foi chamado para atender João Prestes, com o qual manteve uma conversa durante sua lenta agonia de seis ou nove horas.

O enfermeiro revelou que se desprendiam tiras de carne dos braços da vítima, expondo seus ossos e tendões sem que ele manifestasse qualquer sinal de dor. As partes mais afetadas foram o rosto e os braços, mas sem apresentar enegrecimento, só decomposição, explicação que não se encaixa com a de Luis Prestes e Vergílio, que coincidem no aspecto torrado ou queimado da pele da vítima. Por outro lado, todos coincidem em que a camisa, a calça e os cabelos de João permaneciam intactos.

Cláudio Suenaga conseguiu recuperar o atestado de óbito de João Prestes no cartório de Santana de Parnaíba. Gomide disse que Prestes havia morrido entre as três e quatro da madrugada do dia 6 de março, quando na realidade isso ocorreu – segundo o atestado – às 22 horas do dia 4 de março, e não no dia 5 como até agora se acreditava ser. O médico Luiz Caligiuri assinalou no documento a causa mortis como “colapso cardíaco, queimaduras generalizadas de 1º e 2º graus”. A idade de João, divulgada até então, era de 39 anos, enquanto o documento assinala 44 anos de idade quando ele faleceu.
São Roque, Santana de Parnaíba e Araçariguama: “zonas janelas”

Em uma área circunscrita a São Roque, Santana de Parnaíba, Araçariguama e outros povoados ao noroeste de uma das cidades mais povoadas do planeta (São Paulo, com 18 milhões de habitantes) ocorrem há muitos anos uma série de fenômenos insólitos.

Em Santana de Parnaíba, onde morreu João Prestes, o boletim “Supysáua” (março de 1994), do Grupo Ufológico do Guarujá informava que três garotos haviam avistado um OVNI luminoso no dia 4 de janeiro de 1994. O objeto se aproximou do quintal da casa e estava flutuando a menos de 15 metros das testemunhas. Sua cor principal era amarela e possuía luzes verdes e vermelhas cintilantes. O curioso é que dentro da luz amarela se podia observar uma aparente estrutura metálica de forma ovalada, com uma espécie de semicírculo como uma cúpula em cima. O que mais surpreendeu os garotos foram os movimentos bruscos e zigue-zagues que o OVNI descreveu ao partir rapidamente.

No mesmo ano e lugar, em abril, um casal observou em sua fazenda (“Lila”, no quilômetro 41 da rodovia Castelo Branco) um objeto esférico de três metros de diâmetro que flutuava entre alguns arbustos e não emitia qualquer ruído. Sua cor era marrom e o centro era mais escuro. Em sua volta estavam várias luzes menores que piscavam, alternando sua cor entre o azul e o vermelho.

Antes, em 1993, na mesma fazenda, a menina Regiane Barbosa da Silva, então com 12 anos, viu um objeto esférico de uns 5 metros de diâmetro de cor prateada. O OVNI, de imediato, disparou-lhe uma luz amarela que cobriu seu corpo e iluminou todo o terreno. Após o ocorrido, Regiane apresentou sintomas como dor de cabeça e uma irritação nos olhos. Três meses depois outra testemunha viu o mesmo objeto no mesmo sítio. Os capatazes da fazenda Lila afirmaram ter visto humanóides flutuando sobre um riacho dentro da propriedade.

Uma anciã japonesa, que residiu durante sua juventude em Santana de Parnaíba, comentou a Suenaga que havia visto uma criatura misto de homem-lobo e centauro nas imediações do Sítio do Morro.

São Roque viveu uma das mais intensas ondas de ataques de chupacabras de toda a América do Sul.

12. Pedra da Galinha

Não se sabe ao certo qual era a influencia do Leão na Antiguidade, imaginasse que por ser um animal de grande porte, predador capaz de derrubar os mais fortes oponentes, tenha adquirido a admiração dos nossos antepassados.

Sabe-se que, não apenas na cultura egípcia, havia o costume de fabricar esfinges em formato de leão. Os antigos veneravam esse animal, como dito anteriormente e geralmente misturavam aspectos humanos as esfinges construídas, tal como a Esfinge de Gizé, do Egito.

Aqui no Brasil nos temos a nossa própria versão de esfinge de leão… ou melhor dizendo, de galinha, já que o povo viu uma galinha e não um leão no formato da suspeita montanha. No Ceará, mais precisamente em Quixadá, que encontraremos este impressionante e gigantesco monumento, denominado de “Pedra da Galinha”, ou ainda “A Pedra da Galinha Choca”. A população local assim a batizou, pois entendeu que essa montanha – ao que tudo indica moldada artificialmente em tempos imemoriais através de técnicas desconhecidas, assim como tantas outras no imenso território brasileiro – se parece uma galinha no seu ninho. Contudo, se observarmos melhor, veremos que ela tem o formato leonino. Tal como se fosse uma esfinge.

Existe uma discussão em cima dessa pedra. Há quem defenda que é produto da natureza, outros afirmam que foi produzida artificialmente. A questão é: se a segunda alternativa estiver certa, quem fez isso?

A pedra da Galinha não é um caso isolado no Brasil. Existem outras montanhas ditas “esfinges” no nosso território, tais como o “Rosto que Chora”, a própria Pedra da Gavea, entre outros.

11. Caso Leonice Fitz

Leonice Fitz então com 13 anos de idade conseguia movimentar objetos, estourar lâmpadas, e até mesmo manter estranhos ‘diálogos’ com ruídos que se originavam nas paredes de sua casa.

Isso fez com que em pouquíssimo tempo Leonice ficasse conhecida como “ A Paranormal de Santa Rosa” ou “A menina Poltergeist”, entre outros.

Os fenômenos vieram a público em abril de 1988, quando o jornal “Zero Hora” estampou em sua capa, uma foto da menina erguendo o colchão de sua cama sem toca-lo.

De acordo com sua mãe, Ema, hoje com 64 anos, desde bebê ela já mantinha um comportamento esquisito.

Quando em idade escolar, divertia-se fazendo brincadeiras de mau-gosto com os colegas, como fazer voar os bonés dos meninos pelas janelas da sala de aula, e fazer com que pedras da estrada levitassem dançando pelo ar no caminho para casa.

O pai, Arnildo Fitz, falecido em 2003, aos 57 anos, relatava que o caso havia se agravado em Novembro de 1987, quando fatos assustadores passaram a acontecer.

Papéis picados apareciam do nada em baixo da cama da filha, lâmpadas piscavam freneticamente e explodiam logo em seguida, baldes de água se locomoviam sozinhos e colchões se contorciam até dobrar ao meio.

E somente Arnildo era capaz de, com olhares, exercer algum poder sobre as ‘atividades’ de Leonice, assim evitando que ela despedaçasse o restante das louças, que voavam de encontro a parede mais próxima.

Relatos de familiares, vizinhos e amigos constatam que o fato é mesmo verdadeiro, e que na passagem da infância para adolescência para ela era tudo brincadeira, mas com o amadurecimento, foram se tornando incômodas as especulações dos curiosos, a falta de privacidade e a peregrinação que faziam em frente à sua casa.

Com a proporção que os acontecimentos foram provocando, a prefeitura de Santa Rosa pediu ajuda ao padre e parapsicólogo, Edvino Friderichs, que tratou dela até o fim dos anos 80.

– O problema é que ela acha graça quando isso acontece, sem levar em conta que se trata de um desequilíbrio físico e psíquico. – Ressalta o Padre.

Padre Friderichs tentou ensiná-la a controlar o porão obscuro da mente. Não tardou para que com isso uma verdadeira invasão da humilde casa onde moravam fosse desencadeada:
Havia mais de 100 pessoas que faziam de tudo para poder espiarem o que estava ocorrendo dentro da casa. Uns subiam até em mesas e cadeiras.

A PM foi chamada para bloquear a estrada, enquanto se faziam os métodos de relaxamento muscular, que segundo o Padre, iriam acabar com os fantásticos e raros fenômenos.

Não adiantou. Ela seguiu conversando com seres do além, o interlocutor preferido era o tio-avô Otto Fitz, a quem se atribuíam façanhas como hipnotizar serpentes e adormecer touros bravios.
Enquanto Leonice falava, a assombrava percutia as respostas codificadas na parede, através de um código muito semelhante ao morse. Na época o padre tinha 72 anos.
Os fenômenos, segundo ele, eram provocados pelo poder de sua mente, ou seja, um sexto-sentido anda pouco usado pelos humanos mas que algumas pessoas teriam mais desenvolvido.

Na fase adulta, não parava nos empregos de doméstica, parecia uma feiticeira de avental a assustar as patroas. Numa ocasião, o ferro de passar roupa esquentou, embora estivesse desligado. Em outra, as bocas do fogão a gás se acenderam sem que fossem acionadas.

Leonice manteve um consultório espiritual por 10 anos. Assegurava que seus dotes eram usados para curar pessoas com distúrbios, possessas, que vinham até do Paraguai e da Argentina.

Um dos pacientes mais endiabrados foi um rapaz de Porto Mauá, que atearia fogo em galpões tendo por combustível a força do pensamento.

Um pouco antes de adoecer (Leonice Fitz faleceu em 2010 aos 34 anos vítima de câncer nos ossos), Leonice surpreendeu seu marido, o jardineiro Armindo Herzog, 57 anos.

Os dois foram ao supermercado, Armindo trancara a porta da casa e metera a chave no bolso. Durante as compras, ela avisou:

— Ó, acabei de abrir a nossa casa.

— Não pode. A chave está comigo — protestou o marido.

Ao voltarem, o boquiaberto Armindo deparou-se com a porta escancarada. E não foi obra de ladrões — garantiam os dois.

Em entrevista cedida pouco antes do falecimento, a Leonice enferma não gostava de lembrar-se da Leonice menina, que atraiu exorcistas, caçadores de fantasmas, aloucados e multidões de curiosos ávidos por assistirem a mesas gravitando como espaçonaves.

— Por que tive de ser diferente dos outros? — penalizava-se.

Antes de responder, ela acende mais um cigarro – a média era um a cada 10 minutos — apontando para a luz que iluminava o quarto, disse:

— Se quiser, desligo aquela lâmpada, eu desligo. Mas tenho medo de fazer isso e não parar mais. Aí, quem vai me ajudar?

CONTINUA NA PARTE 3…. EM BREVE AQUI NO AH DUVIDO

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