{"id":2056,"date":"2012-03-09T22:52:51","date_gmt":"2012-03-10T01:52:51","guid":{"rendered":"http:\/\/ahduvido.com.br\/?p=2056"},"modified":"2016-09-16T17:21:20","modified_gmt":"2016-09-16T20:21:20","slug":"10-tecnicas-comuns-usadas-para-manipular-a-opiniao-publica-engenharia-social-e-suas-armadilhas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/ahduvido.com.br\/10-tecnicas-comuns-usadas-para-manipular-a-opiniao-publica-engenharia-social-e-suas-armadilhas\/","title":{"rendered":"10 t\u00e9cnicas comuns usadas para manipular a opini\u00e3o p\u00fablica – Engenharia Social e suas armadilhas"},"content":{"rendered":"

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A Engenharia Social nunca esteve t\u00e3o presente no nosso dia quanto \u00e9 hoje com o objetivo de manipular a opini\u00e3o p\u00fablica. Ela est\u00e1 em todos os lugares, embora voc\u00ea n\u00e3o perceba. As id\u00e9ias de Skinner e sua trupe do behaviorismo, em conjunto com a ascens\u00e3o da Neurologia, mapearam o ser humano de Cabo a Rab\u00e1. Especialistas dessa \u00e1rea encontram-se em praticamente em todos os segmentos, mas principalmente, na publicidade. O que eles querem \u00e9 te persuadir, te manipular a fazer o que eles programaram para voc\u00ea. Esse post fala sobre os\u00a0princ\u00edpios das t\u00e9cnicas\u00a0mais comuns de manipula\u00e7\u00e3o da opini\u00e3o p\u00fablica usadas atualmente, que seria bom voc\u00ea ler para ficar um pouco mais antenado e n\u00e3o cair em tudo que eles falam ou apresentam. Confira:<\/p>\n

10. A estrat\u00e9gia da divers\u00e3o<\/strong><\/p>\n

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\n<\/strong>\u00a0Elemento primordial do controle social, a estrat\u00e9gia da divers\u00e3o consiste em desviar a aten\u00e7\u00e3o do p\u00fablico dos problemas importantes e das muta\u00e7\u00f5es decididas pelas elites pol\u00edticas e econ\u00f4micas, gra\u00e7as a um dil\u00favio cont\u00ednuo de distra\u00e7\u00f5es e informa\u00e7\u00f5es insignificantes.<\/p>\n

A estrat\u00e9gia da divers\u00e3o \u00e9 igualmente indispens\u00e1vel para impedir o p\u00fablico de se interessar pelos conhecimentos essenciais, nos dom\u00ednios da ci\u00eancia, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibern\u00e9tica.<\/p>\n

“Manter a aten\u00e7\u00e3o do p\u00fablico distra\u00edda, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por assuntos sem import\u00e2ncia real. Manter o p\u00fablico ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, voltado para a manjedoura com os outros animais” (extra\u00eddo do livro “Armas silenciosas para guerras tranquilas”<\/em> )<\/p><\/blockquote>\n

9.<\/strong>\u00a0<\/strong>Criar problemas, depois oferecer solu\u00e7\u00f5es<\/strong><\/p>\n

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\nEste m\u00e9todo tamb\u00e9m \u00e9 denominado “problema-rea\u00e7\u00e3o-solu\u00e7\u00e3o”.<\/em> Primeiro cria-se um problema, uma “situa\u00e7\u00e3o” <\/em>destinada a suscitar uma certa rea\u00e7\u00e3o do p\u00fablico, a fim de que seja ele pr\u00f3prio a exigir as medidas que se deseja faz\u00ea-lo aceitar. Exemplo: deixar desenvolver-se a viol\u00eancia urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o p\u00fablico passe a reivindicar leis securit\u00e1rias em detrimento da liberdade. Ou ainda: criar uma crise econ\u00f4mica para fazer como um mal necess\u00e1rio o recuo dos direitos sociais e desmantelamento dos servi\u00e7os p\u00fablicos.<\/p>\n

8.<\/strong>\u00a0<\/strong>A estrat\u00e9gia do esbatimento<\/strong><\/p>\n

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\n<\/span><\/strong>Para fazer aceitar uma medida inaceit\u00e1vel, basta aplic\u00e1-la progressivamente, de forma gradual, ao longo de 10 anos. Foi deste modo que condi\u00e7\u00f5es s\u00f3cio-econ\u00f4micas radicalmente novas foram impostas durante os anos 1980 e 1990. Desemprego maci\u00e7o, precariedade, flexibilidade, deslocaliza\u00e7\u00f5es, sal\u00e1rios que j\u00e1 n\u00e3o asseguram um rendimento decente, tantas mudan\u00e7as que teriam provocado uma revolu\u00e7\u00e3o se houvessem sido aplicadas brutalmente. Pa\u00edses que vivem em guerras, por exemplo, os EUA, gastam muito para persuadir e encaminhar as massas ao objetivo do governo. Hollywood que o diga, faturou trilh\u00f5es na d\u00e9cada de 70, 80, 90 para incentivar o \u201cpatriotismo cego\u201d<\/em> dos americanos. Ou voc\u00ea n\u00e3o percebeu ainda que nos filmes dessas datas, os americanos s\u00e3o sempre os bons mo\u00e7os que querem libertar o mundo da garras cru\u00e9is do mal?<\/p>\n

7.<\/strong>\u00a0<\/strong>A estrat\u00e9gia do diferimento<\/strong><\/p>\n

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\nOutro modo de fazer aceitar uma decis\u00e3o impopular \u00e9 apresent\u00e1-la como “dolorosa mas necess\u00e1ria”<\/em>, obtendo o acordo do p\u00fablico no presente para uma aplica\u00e7\u00e3o no futuro. \u00c9 sempre mais f\u00e1cil aceitar um sacrif\u00edcio futuro do que um sacrif\u00edcio imediato. Primeiro porque a dor n\u00e3o ser\u00e1 sofrida de repente. A seguir, porque o p\u00fablico tem sempre a tend\u00eancia de esperar ingenuamente que “tudo ir\u00e1 melhor amanh\u00e3”<\/em> e que o sacrif\u00edcio exigido poder\u00e1 ser evitado. Finalmente, porque isto d\u00e1 tempo ao p\u00fablico para se habituar \u00e0 ideia da mudan\u00e7a e aceit\u00e1-la com resigna\u00e7\u00e3o quando chegar o momento.<\/p>\n

Exemplo: a passagem ao Euro e a perda da soberania monet\u00e1ria e econ\u00f4mica foram aceites pelos pa\u00edses europeus em 1994-95 para uma aplica\u00e7\u00e3o em 2001, mesmo sendo uma ideia question\u00e1vel desde o primeiro momento, veja a crise instalada na Europa hoje. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos pa\u00edses do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplica\u00e7\u00e3o diferida para 2005.<\/p>\n

6. Dirigir-se ao p\u00fablico como se fossem crian\u00e7as pequenas<\/strong><\/p>\n

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\nA maior parte das publicidades destinadas ao grande p\u00fablico utilizam um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizadores, muitas vezes pr\u00f3ximos do debilitante, como se o espectador fosse uma crian\u00e7a pequena ou um d\u00e9bil mental. Exemplo t\u00edpico: a campanha da TV francesa pela passagem ao Euro (“os dias euro”). Outro exemplo: nossos comerciais de cerveja. Outro exemplo: personagens-bord\u00f5es do Zorra Total. Quanto mais se procura enganar o espectador, mais se adopta um tom infantilizante. Por qu\u00ea?<\/p>\n

“Se se dirige a uma pessoa como ela tivesse 12 anos de idade, ent\u00e3o, devido \u00e0 sugestibilidade, ela ter\u00e1, com uma certa probabilidade, uma resposta ou uma rea\u00e7\u00e3o t\u00e3o destitu\u00edda de sentido cr\u00edtico como aquela de uma pessoa de 12 anos”.<\/em> (cf. “Armas silenciosas para guerra tranquilas”<\/em> )<\/p><\/blockquote>\n

5. Apelar antes ao emocional do que \u00e0 reflex\u00e3o<\/strong><\/p>\n

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Apelar ao emocional \u00e9 uma t\u00e9cnica cl\u00e1ssica para curto-circuitar a an\u00e1lise racional e, portanto, o sentido cr\u00edtico dos indiv\u00edduos. Al\u00e9m disso, a utiliza\u00e7\u00e3o do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para ali implantar ideias, desejos, medos, puls\u00f5es ou comportamentos… O emocional rompe suas defensas.<\/p>\n

Outra camada emocional dos humanos que s\u00e3o seus pontos fracos s\u00e3o suas paix\u00f5es. As paix\u00f5es impedem voc\u00ea raciocine e responda a situa\u00e7\u00e3o pela reflex\u00e3o e l\u00f3gica. Entendimento que, inclusive \u00e9 adotado pelo nosso judici\u00e1rio no julgamento dos crimes. Sentimentos passionais s\u00e3o motores que impulsionam a persuas\u00e3o. Por isso que, voc\u00ea pode criticar o que quiser, exceto as emo\u00e7\u00f5es e paix\u00f5es de um povo. Quantas vezes voc\u00ea j\u00e1 viu algum pol\u00edtico brasileiro fazer algo contra o futebol? Ou contra o carnaval? Ou uma emissora de TV americana criticar o Super Bowl? Ou um jornal franc\u00eas falar mal da Arte? Perceba, voc\u00ea pode afundar um pa\u00eds como aconteceu na Gr\u00e9cia, pode fazer rombos imensos no er\u00e1rio como acontece no Brasil, a \u00fanica atitude que lhe \u00e9 vedada \u00e9 se opor as paix\u00f5es. O bom titereiro usa as paix\u00f5es como cordas extras na sua marionete para poder controla-la com maior facilidade. Se opor, seria cort\u00e1-las. Menos cordas, menos controle. Ponha-se no lugar da marionete e pense: quantas linhas das paix\u00f5es voc\u00ea conseguiria cortar?<\/p>\n

4.<\/strong>\u00a0<\/strong>Manter o p\u00fablico na ignor\u00e2ncia e no disparate<\/strong><\/p>\n

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Atuar de modo a que o p\u00fablico seja incapaz de compreender as tecnologias e os m\u00e9todos utilizados para o seu controle e a sua escravid\u00e3o.<\/p>\n

“A qualidade da educa\u00e7\u00e3o dada \u00e0s classes inferiores deve ser da esp\u00e9cie mais pobre, de tal modo que o fosso da ignor\u00e2ncia que isola as classes inferiores das classes superiores seja e permane\u00e7a incompreens\u00edvel pelas classes inferiores”<\/em>. (cf. “Armas silenciosas para guerra tranquilas” )<\/p><\/blockquote>\n

Sabe o porqu\u00ea disso? As classes superiores temem. O povo \u00e9 e sempre ser\u00e1 a maioria. Eles somente poder\u00e3o impor suas regras enquanto o povo estiver inconsciente do seu poder. O despertar da consci\u00eancia pode resultar numa revolta sem precedentes. J\u00e1 imaginou se a maioria estivesse ciente do poder que a grande massa tem? Quem poderia segurar?<\/p>\n

3. Encorajar o p\u00fablico a comprazer-se na mediocridade<\/strong><\/p>\n

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Encorajar o p\u00fablico a considerar “fixe” o fato de ser idiota, vulgar e inculto… Veja que \u00e9 incidida, por exemplo, na cultura de v\u00e1rios pa\u00edses, o comportamento de deboche frente a pessoa que usa a linguagem culta da sua l\u00edngua fora de ocasi\u00f5es formais. Ou doutrinar o p\u00fablico a adotar comportamentos como sinal de intelig\u00eancia, tais como:<\/p>\n

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  1. Relacionar gostos, cren\u00e7as e estilos como reflexo de intelig\u00eancia;<\/li>\n
  2. Atribuir o ceticismo e a incredulidade extrema ao racioc\u00ednio e l\u00f3gica e , consequentemente, a Intelig\u00eancia, permitindo que os pr\u00f3prias v\u00edtimas das manobras de indu\u00e7\u00e3o virem pe\u00f5es jogando ao seu favor e dissuadindo a opini\u00e3o publica para longe do objeto comprometedor;<\/li>\n
  3. Dogmatizar a Ci\u00eancia, que assume o papel de Religi\u00e3o aos seus adeptos, transformando suas decis\u00f5es e vis\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o ao ponto de vista do p\u00fablico em conclus\u00f5es indiscut\u00edveis e insuscept\u00edveis a erros.<\/li>\n
  4. Ensinar que a opini\u00e3o da maioria sempre \u00e9 aquela que voc\u00ea deve adotar.<\/li>\n<\/ol>\n

    2. Substituir a revolta pela culpabilidade<\/strong><\/p>\n

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    Fazer crer ao indiv\u00edduo que ele \u00e9 o \u00daNICO respons\u00e1vel pela sua infelicidade, devido \u00e0 insufici\u00eancia da sua intelig\u00eancia, das suas capacidades ou dos seus esfor\u00e7os. Assim, ao inv\u00e9s de se revoltar contra o sistema econ\u00f4mico, o indiv\u00edduo se auto-desvaloriza e auto-culpabiliza, o que engendra um estado depressivo que tem como um dos efeitos a inibi\u00e7\u00e3o da a\u00e7\u00e3o. E sem a\u00e7\u00e3o, n\u00e3o h\u00e1 revolu\u00e7\u00e3o!…<\/p>\n

    1.<\/strong>\u00a0<\/strong>Conhecer os indiv\u00edduos melhor do que eles conhecem a si pr\u00f3prios<\/strong><\/p>\n

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    No decurso dos \u00faltimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ci\u00eancia cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do p\u00fablico e aqueles possu\u00eddos e utilizados pelas elites dirigentes. Gra\u00e7as \u00e0 biologia, \u00e0 neurobiologia e \u00e0 psicologia aplicada, o “sistema” chegou a um conhecimento avan\u00e7ado do ser humano, tanto f\u00edsica como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor o indiv\u00edduo m\u00e9dio do que este se conhece a si pr\u00f3prio. Isto significa que na maioria dos casos o sistema det\u00e9m um maior controle e um maior poder sobre os indiv\u00edduos do que sobre a manuten\u00e7\u00e3o do sistema. Ou seja, ele \u00e9 suscept\u00edvel de erros a partir que a estrat\u00e9gia \u00e9 conhecida pela maioria.<\/p>\n


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    “Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma na\u00e7\u00e3o e n\u00e3o me importarei com quem redige as leis.”\u00a0Mayer Amschel (Bauer) Rothschild<\/strong><\/p><\/blockquote>\n

    ADAPTADO DE:<\/strong>\u00a0http:\/\/www.saladosprofessores.com\/<\/p>\n