{"id":2025,"date":"2012-03-08T22:19:08","date_gmt":"2012-03-09T01:19:08","guid":{"rendered":"http:\/\/ahduvido.com.br\/?p=2025"},"modified":"2018-04-02T09:51:03","modified_gmt":"2018-04-02T12:51:03","slug":"experimento-russo-da-privacao-de-sono-e-as-teorias-sobre-o-tema","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/ahduvido.com.br\/experimento-russo-da-privacao-de-sono-e-as-teorias-sobre-o-tema\/","title":{"rendered":"Experimento russo da priva\u00e7\u00e3o de sono e as teorias sobre o tema"},"content":{"rendered":"\"\"\n

Existem muitas lendas, anteriores ao estabelecimento dos C\u00f3digos Internacionais de \u00c9tica nas in\u00fameras \u00e1reas\u00a0cient\u00edficas, que envolvem experimentos bizarros. A Ci\u00eancia come\u00e7ou a tomar um rumo mais cr\u00edtico sobre certas pr\u00e1ticas depois dos anos 60. Antes disso, as grandes na\u00e7\u00f5es estavam\u00a0preocupadas\u00a0com seus avan\u00e7os\u00a0cient\u00edficos e como naquela \u00e9poca \u00a0a Ci\u00eancia andava com r\u00e9deas\u00a0soltas,<\/em>\u00a0sem \u00a0restri\u00e7\u00e3o ou limites, nada impedia as bizarrices de tomar forma. Tudo que era v\u00e1lido para alcan\u00e7ar qualquer evolu\u00e7\u00e3o nas mais diversas \u00e1reas do conhecimento humano era realizado. Entre os experimentos bizarros que foram realizados h\u00e1 uma hist\u00f3ria, melhor dizendo, uma lenda urbana<\/em> que ficou famosa e ocupou a mente dos exploradores da creepypasta por muito tempo. Trata-se do experimento russo de priva\u00e7\u00e3o de sono<\/em>.<\/p>\n

Existia, naquela \u00e9poca, uma gigantesca curiosidade do que a priva\u00e7\u00e3o do sono era capaz de fazer com as pessoas. Os governos, em especial, o russo, tinha interesse no que aconteceria se os mecanismos produzidos pelo estado intenso repouso fosse arrancado do homem, vedando as cobaias de dormir durante um tempo longo. Uma das id\u00e9ias \u00e9 que a priva\u00e7\u00e3o do sono tinha o efeito “l\u00edngua\u00a0solta”<\/em>, tal como o soro da verdade<\/em>, seria capaz\u00a0de, por exemplo, fazer um espi\u00e3o capturado revelar os mais importantes segredos.<\/p>\n

Hoje, os estudos sobre essa \u00e1rea j\u00e1 foram bastante explorados e como se sabe atrav\u00e9s deles, os experimentos de priva\u00e7\u00e3o de sono s\u00e3o pr\u00e1ticas perigosas e que o\u00a0sono tem papel fundamental na capacidade de aprendizado e no processo de consolida\u00e7\u00e3o da mem\u00f3ria, sendo que o organismo come\u00e7a a responder negativamente ap\u00f3s 27 horas sem descanso (\u00a0O Guiness Book reconhece como recorde mundial de priva\u00e7\u00e3o de sono, a fa\u00e7anha realizada pelo filand\u00eas Toimi Soni, em 1989, que passou 276 horas (11 dias e meio) sem dormir, sem estimulantes.)<\/p>\n

Contudo, na d\u00e9cada dos conflitos, pouco se sabia e uma pesquisa t\u00e3o atormentadora como essa era, sem d\u00favidas,\u00a0unica. Os pesquisadores russos, no final dos anos 40, deixaram cinco pessoas acordadas por quinze dias ( algumas vers\u00f5es da hist\u00f3ria dizem vinte cinco dias), usando um g\u00e1s experimental como estimulante. Eles foram mantidos em um ambiente selado, e monitorando o oxig\u00eanio deles, para que o g\u00e1s n\u00e3o os matasse, j\u00e1 que possu\u00eda altos n\u00edveis de uma toxina concentrada. Para observ\u00e1-los, havia um circuito interno de c\u00e2meras com microfones de cinco polegadas (N\/T: aprox. 12 cm) e janelas menores que janelas de vigia dentro do ambiente. A c\u00e2mara estava cheia de livros e ber\u00e7os para dormir, mas sem len\u00e7\u00f3is, \u00e1gua corrente e banheiro; tamb\u00e9m havia comida seca para todos os cinco. O experimento tinha dura\u00e7\u00e3o prevista de um m\u00eas.<\/p>\n

As cobaias do teste eram prisioneiros pol\u00edticos declarados inimigos do Estado durante a Segunda Guerra Mundial.\"\"<\/p>\n

Tudo estava bem nos primeiros 5 dias (10 primeiros dias em outras vers\u00f5es), as cobaias dificilmente reclamavam, j\u00e1 que haviam sido avisados (falsamente) de que seriam libertados se participassem do teste e n\u00e3o dormissem por 30 dias. Suas conversas e atividades eram monitoradas, e foi notado que elas conversavam constantemente sobre incidentes traum\u00e1ticos no passado, e o tom geral da conversa tomou um tom sombrio a partir do 4\u00ba dia (ou nono, dependendo da vers\u00e3o).<\/p>\n

Depois de cinco dias(ou dez), as cobaias come\u00e7aram a reclamar das circunst\u00e2ncias e eventos que os trouxeram \u00e0 atual situa\u00e7\u00e3o e come\u00e7aram a demonstrar paran\u00f3ia severa. Elas pararam de falar um com os outros e de come\u00e7aram a sussurar alternadamente nos microfones. Estranhamente, eles pensavam que poderiam conseguir a confian\u00e7a dos cientistas ao se tornarem seus colegas, e tentavam conquist\u00e1-los. No come\u00e7o, os pesquisadores suspeitaram que se tratava de algum efeito do g\u00e1s…<\/p>\n

Depois de nove dias(ou quinze), o primeiro deles come\u00e7ou a gritar. Ele corria por toda a extens\u00e3o da c\u00e2mara gritando a plenos pulm\u00f5es por 3 horas seguidas. Ele continuou a gritar, mas s\u00f3 conseguia produzir alguns grunhidos. Os pesquisadores acreditaram que ele conseguira fis\u00edcamente romper suas cordas vocais. O mais surpreendente disse comportamento foi como os outros reagiram a isso… ou n\u00e3o reagiram. Eles continuaram a sussurrar nos microfones at\u00e9 que o segundo prisioneiro come\u00e7ou a gritar. Os que n\u00e3o gritavam pegaram os livros dispon\u00edveis, arrancando p\u00e1gina atr\u00e1s de p\u00e1gina e come\u00e7aram a col\u00e1-las sobre o vidro das vigias usando as pr\u00f3prias fezes. Os gritos logo pararam.<\/p>\n

Mais 3 dias se passaram. Os pesquisadores checavam os microfones de hora em hora para ter certeza de que funcionavam, j\u00e1 que pensavam ser imposs\u00edvel que 5 pessoas n\u00e3o poderiam estar produzindo som algum. O consumo de oxig\u00eanio indicava que as 5 pessoas ainda estavam vivas. Na verdade, acontecera um aumento no oxig\u00eanio, indicando um n\u00edvel que 5 pessoas teriam consumido ap\u00f3s exerc\u00edcios pesados. Na manh\u00e3 do 14\u00ba dia(ou\u00a0d\u00e9cimo\u00a0nono), os pesquisadores usaram um interfone dentro da c\u00e2mara, esperando alguma rea\u00e7\u00e3o dos prisioneiros, que n\u00e3o estavam dando sinais de vida, e os cientistas acreditavam que estavam mortos ou vegetando.<\/p>\n

Eles disseram: \u201cEstamos abrindo a c\u00e2mara para testar os microfones, fiquem longe da porta e deitem no ch\u00e3o ou atiraremos. A colabora\u00e7\u00e3o dar\u00e1 a um de voc\u00eas liberdade imediata.\u201d<\/em><\/p>\n

Para a surpresa de todos, algu\u00e9m respondeu calmamente em uma \u00fanica frase: \u201cN\u00e3o queremos mais sair.\u201d<\/em><\/p>\n

\"\"Discuss\u00f5es come\u00e7aram a surgir entre os pesquisadores e as for\u00e7as militares que criaram a pesquisa. N\u00e3o conseguindo mais resposta alguma atrav\u00e9s do interfone, foi finalmente decidido abrir a porta \u00e0 meia-noite do 15\u00ba dia (20 dia).<\/p>\n

O g\u00e1s estimulante foi retirado da c\u00e2mara e substitu\u00eddo por ar fresco, imediatamente vozes vindas dos microfones come\u00e7aram a reclamar. Tr\u00eas vozes diferentes imploravam pela volta do g\u00e1s, como se pedissem para que poupassem a vida de algu\u00e9m que amassem. A c\u00e2mara foi aberta e soldados entraram para retirar as cobaias. Elas come\u00e7aram a gritar mais alto do que nunca, e o mesmo fizeram os soldados quando viram o que tinha dentro. Quatro das cinco cobaias estavam vivas, embora ningu\u00e9m pudesse descrever o estado deles como \u201cvivos\u201d.<\/p>\n

As ra\u00e7\u00f5es a partir do dia 5 (ou d\u00e9cimo) n\u00e3o haviam sido tocadas. Havia peda\u00e7os de carne vindas do peito e das pernas tapando o ralo no centro da c\u00e2mara, bloqueando-o e deixando 4 polegadas (N\/T: 10cm) de \u00e1gua acumulando no ch\u00e3o. Nunca determinou-se o quanto dessa \u00e1gua era na verdade sangue.<\/p>\n

Os quatro \u201csobreviventes\u201d do teste tamb\u00e9m tinham grandes por\u00e7\u00f5es de m\u00fasculo e pele extra\u00eddos de seus corpos. A destrui\u00e7\u00e3o da carne e ossos expostos na ponta de seus dedos indicava que as feridas foram feitas \u00e0 m\u00e3o, e n\u00e3o por dentes como se pensava inicialmente. Um exame mais delicado na posi\u00e7\u00e3o das feridas indicou que alguns, sen\u00e3o todos, ferimentos foram auto-induzidos.<\/p>\n

Os \u00f3rg\u00e3os abdominais abaixo da costela das quatro cobaias havia sido rompidos. Enquanto o cora\u00e7\u00e3o, pulm\u00f5es e diafr\u00e1gma estavam no lugar, a pele e a maioria dos \u00f3rg\u00e3os ligados \u00e0 costela haviam sido removidos, expondo os pulm\u00f5es atrav\u00e9s delas. Todos os vasos sangu\u00edneos e \u00f3rg\u00e3os remanescentes permaneceram intactos, eles s\u00f3 haviam sido retirados e colocados no ch\u00e3o, rodeando os corpos eviscerados, mas ainda vivos das cobaias. Podia-se ver o trato digestivo dos quatro trabalhando, digerindo comida. Logo ficou aparente que o que estava sendo digerido era a pr\u00f3pria carne que eles haviam arrancado e comido durante os dias.<\/p>\n

A maioria dos soldados ali presentes eram das opera\u00e7\u00f5es especiais russas, mas muitos se recusaram a voltar \u00e0 c\u00e2mara e remover as cobaias. Elas continuaram a gritar para serem deixadas ali e tamb\u00e9m pediam para que o g\u00e1s voltassem.\"\"<\/p>\n

Para a surpresa de todos, as cobaias ainda lutaram durante o processo de serem removidas da c\u00e2mara. Um dos soldados russos morreu ao ter sua gargante cortada, e outro foi gravemente ferido ao ter seus test\u00edculos arrancados e uma art\u00e9ria da sua perna atingida pelos dentes de uma das cobaias. Outros cinco soldados perderam suas vidas, se voc\u00ea contar os que se suicidaram depois do que viram, semanas depois do incidente.<\/p>\n

Durante a luta, um dos quatro sobreviventes teve seu ba\u00e7o rompido, e ele come\u00e7ou a perder muito sangue quase que imediatamente. Os pesquisadores m\u00e9dicos tentaram sed\u00e1-lo mas foi imposs\u00edvel. Ele havia sido injetado com mais de dez vezes a dose normal de morfina para humanos e ainda lutava como um animal, quebrando as costelas e o bra\u00e7o de um m\u00e9dico. Houve um ponto em que seu cora\u00e7\u00e3o bateu fortemente por dois minutos, ap\u00f3s ele ter sangrado tanto ao ponto de ter mais ar em seu sistema vascular do que sangue. Mesmo depois do cora\u00e7\u00e3o ter parado, ele ainda continuou a gritar e a lutar por 2 minutos, gritando a palavra \u201cMAIS\u201d sem parar at\u00e9 ficar fraco e finalmente calar-se e morrer.<\/p>\n\"\"\n

O terceiro sobrevivente estava muito debilitado e foi levado para um consult\u00f3rio, os outros dois com as cordas vocais intactas continuavam a implorar pelo g\u00e1s para serem mantidos acordados…<\/p>\n

O mais ferido dos tr\u00eas foi levado para a \u00fanica sala cir\u00fargica que ali havia. Durante o processo de preparar a cobaia para receber o tratamento\u00a0cir\u00fargico, foi descoberto que ela era totalmente imune ao sedativo que estavam dando. O homem lutou furiosamente contra as amarras que o prendiam \u00e0 cama quando trouxeram g\u00e1s anest\u00e9sico para sed\u00e1-lo. Ele conseguiu rasgar mais de 4 polegadas (N\/T: 10cm) de couro das amarras de um dos pulsos, mesmo com um soldado de 90kg segurando o mesmo pulso. Levou mais do que o necess\u00e1rio de anast\u00e9sico para sed\u00e1-lo, e na mesma hora em que suas p\u00e1lpebras se fecharam, seu cora\u00e7\u00e3o parou. Na aut\u00f3psia foi reveleado que seu sangue possu\u00eda o triplo do normal de oxig\u00eanio. Os m\u00fasculos que estavam presos aos seus ossos estavam destru\u00eddos, e ele havia quebrado 9 ossos na luta para n\u00e3o ser sedado. A maioria eram pela for\u00e7a que seus pr\u00f3prios m\u00fasculos haviam exercido. Teria ele, provavelmente, atingido o estado conhecido como “berserk”, por\u00e9m, ainda mais potente que esse.<\/p>\n

O segundo sobrevivente era o que primeiro que come\u00e7ara a gritar entre os cinco. Suas cordas vocais estavam destru\u00eddas, e ele n\u00e3o era capaz de gritar e implorar para n\u00e3o passar por cirurgia, e a \u00fanica forma de rea\u00e7\u00e3o que ele exibia era sacudir sua cabe\u00e7a violentamente em desaprova\u00e7\u00e3o quando o g\u00e1s anest\u00e9sico foi trazido. Ele balan\u00e7ou sua cabe\u00e7a positivamente quando algu\u00e9m sugeriu, relutantemente, se os m\u00e9dicos aceitavam fazer a cirurgia sem a anestesia. O sobrevivente n\u00e3o reagiu durante as 6 horas de procedimentos do tratamento\u00a0cir\u00fargico\u00a0para reparar os\u00a0\u00f3rg\u00e3os\u00a0afetados e tentar cobr\u00ed-los com o que restou de pele. O cirurgi\u00e3o de plant\u00e3o repetia v\u00e1rias vezes que era medicamente imposs\u00edvel o paciente estar vivo. Uma enfermeira aterrorizada que assistia \u00e0 cirurgia constatou que vira a boca do paciente virar um sorriso toda vez que seus olhos se encontraram.<\/p>\n

Quando a cirurgia acabou, o paciente olhou para o cirurgi\u00e3o e come\u00e7ou a grunhir alto, tentando falar enquanto lutava. Acreditando ser algo de extrema import\u00e2ncia, o m\u00e9dico pegou uma caneta e papel para que o sobrevivente escrevesse sua mensagem, \u201cContinue cortando.\u201d<\/em><\/p>\n

Os outros dois sobreviventes passaram pela mesma cirurgia, os dois sem anest\u00e9sico. Mas ambos tiverem um paralisante injetado durante a opera\u00e7\u00e3o, pois o cirurgi\u00e3o achou imposs\u00edvel continuar o procedimento enquanto os pacientes se debatiam histericamente. Uma vez paralisados, as cobaias s\u00f3 podiam acompanhar o procedimento com os olhos, mas logo o efeito do paralisante passou e em quest\u00e3o de segundos eles come\u00e7aram a lutar contra suas amarras. Quando perceberam que podiam falar novamente, come\u00e7aram a pedir pelo g\u00e1s estimulante. Os pesquisadores tentaram perguntar porque eles haviam se ferido, porque haviam arrancado as pr\u00f3prias entranhas, e porque queriam tanto aquele g\u00e1s.<\/p>\n

Uma \u00fanica resposta foi dada: \u201cEu preciso ficar acordado.\u201d<\/em><\/p>\n

\"\"Todas as tr\u00eas cobaias sobreviventes foram colocadas de volta na c\u00e2mara, enquando esperavam alguma resposta para o que seria feito com elas. Os pesquisadores, encarando a ira dos \u201cbenfeitores\u201d militares, por terem falhado em seus objetivos, consideraram eutan\u00e1sia aos pacientes. O comandante do processo, um chefe da ex-KGB, viu algumas possibilidades, e quis que as cobaias fossem colocadas novamente sob o g\u00e1s estimulante. Os pesquisadores se recusaram fortemente, mas n\u00e3o tiveram escolha.<\/p>\n

Em prepara\u00e7\u00e3o para serem seladas novamente na c\u00e2mara, as cobaias foram conectadas a um monitor EEG (N\/T: Eletroencefalograma, que mede as ondas cerebrais), e tiveram suas extremidades acolchoadas para evitar que se auto-infligisse ferimentos. Para a surpresa de todos, todos os tr\u00eas pararam de lutar assim que souberam que seriam colocados de volta ao g\u00e1s.<\/p>\n

Era \u00f3bvio que at\u00e9 aquele ponto, os tr\u00eas estavam lutando para ficarem acordados. Um dos sobreviventes, que podia falar, estava cantarolando alto e continuosamente; a cobaia calada estava tentando soltar suas pernas das amarras com toda a sua for\u00e7a; primeiro a esquerda, depois a direita, depois a esquerda novamente, como se quisesse se focar em algo.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

A cobaia restante estava mantendo sua cabe\u00e7a longe de seu travesseiro e piscando rapidamente. Como fora o primeiro a ser conectado ao EEG, a maioria dos pesquisadores estava monitorando suas ondas cerebrais. Elas estavam normais na maioria das vezes, mas \u00e0s vezes se tornavam uma linha reta, sem explica\u00e7\u00e3o. Era como se ele estivesse sofrendo mortes cerebrais constantes. Enquanto se focavam no papel que o monitor soltava, apenas uma enfermeira viu os olhos do paciente se fecharem assim que sua cabe\u00e7a atingiu o travesseiro. Suas ondas cerebrais mudaram para aquelas de sono profundo e ent\u00e3o tornaram-se uma linha reta pela \u00faltima vez enquanto seu cora\u00e7\u00e3o parava na mesma hora.<\/p>\n

A \u00fanica cobaia que podia falar come\u00e7ou a gritar. Suas ondas cerebrais mostravam as mesmas linhas retas que o paciente que acabara de morrer. O comandante deu a ordem para ser selado dentro da c\u00e2mara com as duas cobaias e mais tr\u00eas pesquisadores. Nesse momento, um dos pesquisadores enlouqueceu ao saber que seria confinado. Assim que entraram na c\u00e2mara, esse pesquisador n\u00e3o exitou, pegou sua arma e atirou entre os olhos do comandante, depois voltou para a cobaia muda e tamb\u00e9m atirou em sua cabe\u00e7a.<\/p>\n

Ele apontou sua arma para o paciente restante, ainda preso \u00e0 cama enquanto os outros pesquisadores sa\u00edam da sala. \u201cEu n\u00e3o quero ficar preso aqui com essas coisas! N\u00e3o com voc\u00ea!\u201d<\/em> ele gritou para o homem amarrado \u201cO QUE \u00c9 VOC\u00ca?\u201d<\/em> ele ordenou \u201cEu preciso saber!\u201d<\/em><\/p>\n

\n

\u201cVoc\u00ea se esqueceu?\u201d<\/em> O paciente perguntou \u201cN\u00f3s somos voc\u00ea. N\u00f3s somos a loucura que vaga em todos voc\u00eas, implorando para sermos soltos toda vez dentro de sua mente animal. N\u00f3s somos aquilo de que voc\u00eas se escondem em suas camas toda noite. N\u00f3s somos aquilo que voc\u00eas sedaram no sil\u00eancio e paralisam quando voc\u00eas atingem o para\u00edso noturno do qual n\u00e3o podem sair.\u201d<\/em><\/p>\n<\/blockquote>\n

O pesquisador ficou quieto. E ent\u00e3o mirou no cora\u00e7\u00e3o do paciente e atirou.<\/p>\n

O EEG tornou-se uma linha reta enquanto o paciente gaguejava \u201clivre\u201d<\/em><\/p>\n

A creppypasta aponta a autoria da hist\u00f3ria \u00e0 um livro escrito em 1998, em russo, ap\u00f3s as aberturas dos arquivos da KGB em 1995. O livro que constava com in\u00fameros arquivos relacionado as opera\u00e7\u00f5es secretas russas, teria a narra\u00e7\u00e3o dessa atividade secreta. Logicamente, por se tratar de uma lenda urbana, nada disso pode ser confirmado, muito menos podemos dizer at\u00e9 que ponto isso \u00e9 verdade ou mesmo se \u00e9 verdade. Em alguns\u00a0f\u00f3runs\u00a0a autoria do texto \u00e9\u00a0atribu\u00edda\u00a0a rodrigo31, colaborador de um site de fanfictions. Todavia, outros afirmam que a data de entrada da hist\u00f3ria em alguns\u00a0f\u00f3runs \u00e9 anterior a data de entrada da hist\u00f3ria no site de fanfiction, o que leva ao prolongamento da discuss\u00e3o sobre a autoria e veracidade da obra.<\/p>\n

Teorias e priva\u00e7\u00e3o do sono<\/strong><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

O interessante de toda essa bizarrice \u00e9 que ela estimulou a imagina\u00e7\u00e3o de alguns dos usu\u00e1rios desses canais \u00a0que come\u00e7aram a teorizar sobre uma quest\u00e3o que intriga a Ci\u00eancia h\u00e1 tempos: por que a priva\u00e7\u00e3o do sono pode ocasionar a morte?\u00a0<\/em><\/p>\n

Apesar de sabermos que o sono \u00e9 essencial para que o organismo realize diversas de suas fun\u00e7\u00f5es, a Ci\u00eancia ainda n\u00e3o sabe responder por completo a quest\u00e3o do porqu\u00ea a priva\u00e7\u00e3o pode causar a morte. Ensaios realizados com\u00a0camundongos mostraram que sem o alcance do est\u00e1gio REM, ocorre a\u00a0fal\u00eancia\u00a0m\u00faltipla\u00a0dos\u00a0\u00f3rg\u00e3os entre 3 e 8 semanas. Como o ensaio nunca foi realizado em humanos, por ser obviamente, totalmente anti-\u00e9tico, n\u00e3o se sabe o que realmente acontece conosco ap\u00f3s um longo\u00a0per\u00edodo\u00a0de priva\u00e7\u00e3o do sono.\u00a0\u00a0J\u00e1 foi constato em humanos, em pesquisa controladas, que a priva\u00e7\u00e3o do sono causa efeitos negativos no organismo nos humanos ap\u00f3s 27 horas sem descanso. Depois disso, o organismo come\u00e7a a tentar bruscamente adaptar-se a situa\u00e7\u00e3o. Quando n\u00e3o consegue, a pessoa automaticamente apaga, em outras palavras, desmaia. Quando consegue, todavia, o organismo come\u00e7a sofrer les\u00f5es, que embora pequenas, v\u00e3o se agravando com passar do tempo.<\/p>\n

No final de Outubro de 2007, um estudo publicado na “Current Biology”, dirigido por Matthew Walker, do Laborat\u00f3rio do Sono e Neuroimagem da Univesidade da Calif\u00f3rnia, mostrou alguns efeitos da priva\u00e7\u00e3o do sono em transtornos psiqui\u00e1tricos. “\u00c9 quase como se, com a falta de sono, o c\u00e9rebro ficasse com uma atividade mais primitiva”<\/em>, diz Walker. Um Grupo de 26 pessoas, dividido em dois, foi testado e a metade do grupo que passou cerca de 35 horas sem dormir, ao observar imagens desagrad\u00e1veis, teve rea\u00e7\u00f5es cerebrais 60% mais intensas que o outro grupo, que dormiu normalmente. A priva\u00e7\u00e3o de sono, segundo o pesquisador, destr\u00f3i mecanismos que regulam aspectos chave da sa\u00fade mental. Walker afirma: “O ponto b\u00e1sico \u00e9 o de que o sono n\u00e3o \u00e9 um luxo. \u00c9 uma necessidade biol\u00f3gica e sem ele o indiv\u00edduo pode sofrer conseq\u00fc\u00eancias cognitivas e emocionais”.<\/em><\/p>\n

Tamb\u00e9m foi constatado em estudos que a priva\u00e7\u00e3o muito prolongada do sono pode causar\u00a0dem\u00eancia\u00a0tempor\u00e1ria, alucina\u00e7\u00f5es, dist\u00farbios\u00a0mentais dos mais variados, dores\/atrofia\/perda de massa muscular, perda de peso, danos ao sistema\u00a0metab\u00f3lico, danos cerebrais- inclusive pode desencadear a doen\u00e7a o mal de Alzheimer\u00a0– entre outros danos a s\u00e1ude.<\/p>\n

Caso Randy Gardner<\/strong><\/p>\n

\"\"Outro experimento ocorreu em 1965. O caso de Randy Gardner foi documentado e acompanhado por um neurologista. Gardner, aos 17 anos, permaneceu acordado 11 dias s\u00f3 por\u00a0divers\u00e3o, e sem usar drogas estimulantes. Assim descreve seu caso o neurologista David Linden que acompanhou o caso:<\/p>\n

Durante este per\u00edodo, Gardner a princ\u00edpio foi ficando com mau humor, seus gestos foram-se tornando mais torpes e seu estado de \u00e2nimo era cada vez mais irrit\u00e1vel. \u00c0 medida que o tempo avan\u00e7ava, come\u00e7ou a ter del\u00edrios -dizia que era um famoso jogador profissional de futebol americano-, depois teve alucina\u00e7\u00f5es visuais -viu um caminho que cruzava um bosque que se estendia justo onde terminava seu dormit\u00f3rio-, paranoias e uma aus\u00eancia completa de concentra\u00e7\u00e3o mental. De forma surpreendente, ap\u00f3s quinze horas de sono, quase todos estes sintomas se mitigaram. Aquele incidente ao que parece n\u00e3o deixou em Gardner nenhuma les\u00e3o f\u00edsica, cognitiva ou emocional duradoura.<\/p><\/blockquote>\n

O tempo m\u00e1ximo que uma pessoa pode se manter sem dormir n\u00e3o \u00e9 conhecido com exatid\u00e3o. E, ainda que n\u00e3o exista bibliografia cient\u00edfica de humanos que tenham morrido por priva\u00e7\u00e3o total do sono, h\u00e1 ind\u00edcios deste tipo de morte nos experimentos que os nazistas realizaram nos campos de exterm\u00ednio durante a Segunda Guerra Mundial, bem como relat\u00f3rios de execu\u00e7\u00f5es na China do s\u00e9culo XIX na qual foi aplicado.<\/p>\n

Estes documentos sugerem que a\u00a0morte chega entre a terceira e quarta semana da priva\u00e7\u00e3o de sono<\/strong>.<\/p>\n

A este respeito, tamb\u00e9m existe uma doen\u00e7a sumamente rara chamada\u00a0Ins\u00f4nia Familiar Fatal<\/strong>\u00a0(IFF). Este transtorno gen\u00e9tico apresenta-se entre os 50 e 60 anos, de um dia para outro, e os sintomas s\u00e3o que a pessoa n\u00e3o consegue mais dormir. Ainda que o paciente tente em v\u00e3o conciliar o sono, s\u00f3 consegue um estado de letargia que n\u00e3o permite o descanso. Ap\u00f3s oito meses, a fase final da ins\u00f4nia leva a um coma profundo e sem volta. Atualmente n\u00e3o existe tratamento nem cura para esta doen\u00e7a.<\/p>\n

Meu caso de priva\u00e7\u00e3o de sono<\/strong><\/p>\n

\"\"N\u00e3o sou de falar da minha vida particular no blog mas como j\u00e1 passei por uma grande prova de priva\u00e7\u00e3o do sono, irei abrir uma exce\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Voc\u00eas sabem que todo adolescente tem uma queda por fazer coisas idiotas e sem no\u00e7\u00e3o e sem precisar de motivo. Assim era eu aos 15 anos. Em uma viagem de acampamento escolar, que tinha dura\u00e7\u00e3o de cinco dias e n\u00e3o tinha nenhuma supervis\u00e3o dos professores, eu e a minha turma decidimos que ir\u00edamos passar os cinco dias do acampamento ACORDADOS. Nem preciso dizer que isso foi uma imensa besteira.\u00a0Est\u00e1vamos\u00a0infligindo\u00a0auto-tortura por nada.<\/p>\n

Desse acontecimento o unico presente que recebi foi uma hist\u00f3ria muito sinistra para contar para os outros. At\u00e9 o terceiro dia deu para levar numa boa, nada de anormal aconteceu, somente fiquei com uma intensa dor de cabe\u00e7a,\u00a0cansa\u00e7o\u00a0e um constante\u00a0enj\u00f4o. \u00a0Do terceiro dia em diante a situa\u00e7\u00e3o ficou tensa.<\/p>\n

Na noite do terceiro dia lembro que constantemente avistava uma esp\u00e9cie de vultos rodeando a \u00a0cabana onde\u00a0est\u00e1vamos\u00a0instalados. Comecei a me sentir vigiado, tinha a sensa\u00e7\u00e3o que havia algu\u00e9m observando mesmo quando estava sozinho. Um medo descomunal surgiu e eu fiquei completamente atordoado. Quando a manh\u00e3 do quarto dia chegou, o medo cessou. Lembro que tudo me incomodava, principalmente a luz do Sol. N\u00e3o sentia mais fome porque tudo que comia me enjoava e causava \u00e2nsia de vomito. Eu olhava para floresta e ela parecia distorcer, as \u00e1rvores somos nozes <\/del>\u00a0pareciam se mexer, outras pareciam que estavam caindo. Estava extremamente cansado, principalmente, porque nos dias anteriores,\u00a0pratic\u00e1vamos\u00a0atividades esportivas, como jogar futebol e v\u00f4lei pelo menos 3 horas di\u00e1rias. No quarto dia estava t\u00e3o fraco e t\u00e3o irritado com tudo que s\u00f3 a id\u00e9ia de sair da cabana j\u00e1 era completamente estressante. Fiquei sentado boa parte do dia, sem fazer nada.<\/p>\n

Recordo que dois dos meus amigos n\u00e3o resistiram e foram dormir e uma das meninas ficou muito incomodada com a id\u00e9ia dos dorminhocos. Ela estava deitada no ch\u00e3o pr\u00f3ximo a cadeira onde estava sentado, reclamando o tempo todo e de repente come\u00e7ou a gritar comigo por um motivo que desconhe\u00e7o at\u00e9 hoje, pois n\u00e3o dava a\u00a0m\u00ednima\u00a0para o que ocorria ao redor, s\u00f3 queria ficar sem fazer nada. Ela se levantou e acordou os dois que foram dormir.<\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Na noite do quarto dia, a situa\u00e7\u00e3o tinha ficado bastante\u00a0insustent\u00e1vel. Todo mundo discutia com todo mundo por causa de nada. As\u00a0alucina\u00e7\u00f5es\u00a0aumentaram e hora ou outra avistava uma sombra rodeando um ou outro(a) amigo(a). Deitei um pouco e quando fui fechar os olhos, um amigo gente boa, entrou no quarto tocando aquelas buzinas\u00a0port\u00e1teis\u00a0a g\u00e1s. Fiquei completamente sem norte, levantei, sai da cabana, andei para o meio da floresta, vi umas coisas muito estranhas e corri de volta para cabana. Nesse meio tempo j\u00e1 tinha rolado umas brigas feias dentro da cabana, fiquei sabendo dias depois que retornei da viagem. Com a paran\u00f3ia tomando conta, o jeito era ficar parado sem fazer nada, entretanto, isso s\u00f3 dava mais sono e eu fui inventar algo para fazer para n\u00e3o “apagar”. Lavei o rosto com \u00e1gua fria mas foi ineficaz. Voltei para o quarto e tudo come\u00e7ou a girar, pensei que ia desmaiar, sentei na cama e as paredes estavam diferentes, cheias de formas\u00a0geom\u00e9tricas\u00a0brilhantes se movimentando. Decidi que j\u00e1 estava na hora de dormir, antes que ficasse louco de vez. Fechei os olhos e quando estava adormecendo fui acordado por um balan\u00e7ar brusco ocasionado por pessoas\u00a0inconvenientes\u00a0pulando em cima do meu colch\u00e3o. Irritado, sai do quarto, deitei no sof\u00e1 e novamente escutei aquela buzina chata, do lado do meu ouvido. Sai e fui para o lado de fora da cabana. Naquele momento eu j\u00e1 via vultos, sombras por todos os lados, se movimentando, formas\u00a0geom\u00e9tricas\u00a0correndo por tudo que era canto e escutava gente cochichando. Coloquei um p\u00e9zinho no sanat\u00f3rio. Perdi completamente a no\u00e7\u00e3o do tempo, tanto que sentei na cadeira e fiquei l\u00e1 olhando para floresta por seis horas e pareceu dez minutos. Ao perceber que o Sol estava nascendo fiquei espantado.<\/p>\n

Na manh\u00e3 do quinto dia, n\u00e3o tomei caf\u00e9, n\u00e3o conseguia mais comer. Resolvi entrar na cabana para ver o que o pessoal estava fazendo, encontrei dois dormindo no ch\u00e3o e outros jogados em cima do sof\u00e1. No quarto, havia tr\u00eas dormindo em cima da cama e uma garota no ch\u00e3o. Somente um amigo e uma amiga permaneciam acordados e estavam t\u00e3o pirados quanto eu. A menina mesmo estava em pane cerebral, n\u00e3o adiantava falar com ela, ela n\u00e3o escutava. Quando o onibus apareceu para nos buscar eu agradeci muito que finalmente aquilo iria acabar.<\/p>\n

Ao chegar em casa, na noite do quinto dia, me joguei na cama e apaguei. Dormir por 18 horas direto. Ap\u00f3s acordar percebi que estava tudo normal novamente, exceto pela dor de cabe\u00e7a, que ainda estava bem forte. Quando li sobre o rapaz que ficou 11 dias acordado fiquei imaginando como o sujeito n\u00e3o pirou. Eu fiquei praticamente 120 horas e estava quase dando a entrada no hosp\u00edcio, nem imagino o desconforto terr\u00edvel que \u00e9 ficar 264 horas acordado sem estimulantes. Sinceramente, n\u00e3o aconselho ningu\u00e9m tentar esse feito, \u00e9 uma tortura psicol\u00f3gica e f\u00edsica das piores.<\/p>\n

Opini\u00f5es sobre a Morte por priva\u00e7\u00e3o do sono<\/strong><\/p>\n

\"\"Na discuss\u00e3o sobre a lenda, certos\u00a0usu\u00e1rios supondo a veracidade da hist\u00f3ria, come\u00e7aram a teorizar qual seria o motivo da priva\u00e7\u00e3o de sono causar a morte e porqu\u00ea as cobaias da lenda urbana haveriam chegado ao estado que chegaram. Separei algumas interessantes, veja:<\/p>\n

Sensata:<\/em> Existe fun\u00e7\u00f5es essenciais do organismo animal que \u00e9 desconhecida para Ci\u00eancia e que tem intima liga\u00e7\u00e3o com o estado de repouso profundo. Ao n\u00e3o dormir, o organismo estaria inibindo o perfeito funcionamento dessas fun\u00e7\u00f5es. Ap\u00f3s um longo tempo existe um agravo, que geram danos a sa\u00fade. Se o organismo tenha sido obrigado a continuar desperto, sem o devido repouso, os danos aumentam at\u00e9 o ponto que o\u00a0c\u00e9rebro\u00a0e \u00a0os demais\u00a0\u00f3rg\u00e3os\u00a0entram em fal\u00eancia.<\/p>\n

Mediana:<\/em> O\u00a0c\u00e9rebro\u00a0\u00e9 semelhante a uma m\u00e1quina e como tal, precisa de tempos de repouso para evitar desgastes devido ao uso excessivo.<\/p>\n

\u00a0Maluca:<\/em> O\u00a0c\u00e9rebro\u00a0voltaria para seu estado primitivo para suprir a demanda funcional, desligando aos poucos as areas destinadas ao\u00a0racioc\u00ednio\u00a0e deixando apenas as relacionadas com as fun\u00e7\u00f5es essenciais para\u00a0sobreviv\u00eancia, de tal modo que ap\u00f3s um tempo muito longo a pessoa perderia a consci\u00eancia do ser e o ego. Nesse estado, a pessoa sequer conseguiria saber que necessitava de descanso e iria continuar acordada at\u00e9 que o\u00a0c\u00e9rebro\u00a0parasse de funcionar de vez.<\/p>\n

Mais Maluca:<\/em>\u00a0Se o universo for uma simula\u00e7\u00e3o computacional, de forma que o\u00a0usu\u00e1rio\u00a0entrasse em no sistema sem saber da exist\u00eancia da outra realidade, a unica maneira de “injet\u00e1-lo” dessa realidade virtual seria atrav\u00e9s de um dispositivo, o sono. Prevendo a possibilidade do\u00a0usu\u00e1rio\u00a0sempre ficar desperto, seria programada a imediata “inje\u00e7\u00e3o”. Quando o usu\u00e1rio negar a usar um dispositivo de desconec\u00e7\u00e3o, o ato \u00e9 levado ao extremo, dando a puni\u00e7\u00e3o da morte do usu\u00e1rio na realidade virtual.<\/p>\n

Opini\u00f5es sobre o porqu\u00ea das rea\u00e7\u00f5es no experimento<\/strong><\/p>\n

\"\"<\/p>\n

Sensata:<\/em> a toxina causou um efeito adverso nas cobaias e viciante que, em conjunto com os efeitos negativos ocasionados pela priva\u00e7\u00e3o do sono, levaram os humanos a um estado animalesco, totalmente irracional, deixando-os inconscientes da situa\u00e7\u00e3o em que se encontravam e movidos por instintos primitivos.<\/p>\n

Malucas: <\/em>Segundo alguns\u00a0te\u00f3logos, quando Buda enfrentou Maya, na sua busca pela ilumina\u00e7\u00e3o, na verdade, o que ele fez foi conseguir acessar o seu subconsciente e derrota-lo, atingindo a nirvana. Haveria dois meios de acessar o subconsciente: atrav\u00e9s da medita\u00e7\u00e3o e atrav\u00e9s da priva\u00e7\u00e3o do sono. A diferen\u00e7a entre atingir com uma pr\u00e1tica ou outra, \u00e9 que pela priva\u00e7\u00e3o do sono voc\u00ea n\u00e3o est\u00e1 preparado para encarar o que ir\u00e1 encontrar por l\u00e1. \u00c9 como se voc\u00ea entrasse no lado oculto da sua mente, literalmente, assim como aparece nos filmes. Voc\u00ea n\u00e3o pode encarar e derrotar Maya sem estar preparado porque Maya \u00e9 justamente aquilo que voc\u00ea mais teme e tamb\u00e9m o que mais deseja. Resumindo: se deparar com o seu subconsciente \u00e9 o seu pior pesadelo! Quando acontece esse encontro for\u00e7ado do seu eu com o seu subconsciente, o resultado \u00e9 que voc\u00ea perde sua sanidade, pois sua consci\u00eancia fica presa no subconsciente e no lugar, toma conta o seu lado primitivo, por isso do comportamento animalesco. Na hist\u00f3ria de Buda, Maya tenta ele de diversas maneiras, por\u00e9m Buda estava preparado e rejeita as propostas. Ent\u00e3o Maya tenta amendront\u00e1-lo, mas Buda n\u00e3o teme mais nada. Assim Maya \u00e9 derrotado e Buda atinge o Nirvana. Se Buda estivesse falhado, poderia estar preso dentro da pr\u00f3pria mente ( a realidade \u00e9 que, adotando esse pensamento, qualquer um de n\u00f3s poder\u00edamos estar presos dentro de realidades que s\u00e3o reflexos dos nossos desejos e medos, criadas por Maya, seu subconsciente, para prender a sua\u00a0consci\u00eancia da verdade). Por isso que quando questionado sobre quem eram, a cobaia responde:\u00a0\u201cN\u00f3s somos voc\u00ea. N\u00f3s somos a loucura que vaga em todos voc\u00eas, implorando para sermos soltos toda vez dentro de sua mente animal. N\u00f3s somos aquilo de que voc\u00eas se escondem em suas camas toda noite. N\u00f3s somos aquilo que voc\u00eas sedaram no sil\u00eancio e paralisam quando voc\u00eas atingem o para\u00edso noturno do qual n\u00e3o podem sair.\u201d <\/em>As cobaias seriam o lado primitivo do homem desperto quando a consci\u00eancia ficou presa no subconsciente (id\u00e9ia que \u00e9 bastante explorada no filme Inception)<\/p>\n

Mais Maluca:<\/em>\u00a0\u00a0Nosso universo \u00e9 uma caixinha de surpresas, quando n\u00f3s pensamos que entendemos ele, aparece algu\u00e9m mostrando algo nosso e extraordin\u00e1rio ao seu respeito. Uma dessas descoberta foi o fato de provavelmente existir mais de tr\u00eas dimens\u00f5es espaciais. Essas dimens\u00f5es extras\u00a0conectariam\u00a0diversos pontos do universo e at\u00e9 mesmo, esse universo com um outro universo. Alguns acreditam que os seres humanos podem ver essas dimens\u00f5es nos primeiros dias de vida e que s\u00e3o exclu\u00eddas pelo\u00a0c\u00e9rebro\u00a0com o tempo, assim como, a dor ou um trauma, devido ao excesso de informa\u00e7\u00e3o que ele deveria assimilar caso\u00a0visualiz\u00e1ssemos\u00a0elas sempre. Dessa maneira, ficamos “cegos” em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 totalidade das dimens\u00f5es. De alguma forma, quando acontece a priva\u00e7\u00e3o do sono, essa parte primitiva do\u00a0c\u00e9rebro\u00a0desperta e come\u00e7amos a visualizar novamente. Por isso o rapaz que ficou acordado 11 dias via um caminho que levava a um bosque dentro do seu dormit\u00f3rio.<\/p>\n

Na hist\u00f3ria, as cobaias apresentam um estado de\u00a0dem\u00eancia\u00a0avan\u00e7ado que poderia ser\u00a0conseq\u00fc\u00eancia\u00a0do choque em come\u00e7ar a ver o que n\u00e3o era para ser visto. Estariam eles conectados a algum regi\u00e3o do espa\u00e7o ou visualizando outro universo? Ao alcan\u00e7ar a vis\u00e3o do todo, ganhariam uma consci\u00eancia hol\u00edstica, capaz de ver todo o universo de dentro da sua m\u00edsera sala.<\/p>\n

\u201cVoc\u00ea se esqueceu?\u201d<\/strong><\/em>\u00a0( referencia ao fato de perder a\u00a0consci\u00eancia\u00a0do todo) O paciente perguntou\u00a0\u201cN\u00f3s somos voc\u00ea.<\/strong> N\u00f3s somos a loucura que vaga em todos voc\u00eas, implorando para sermos soltos toda vez dentro de sua mente animal.<\/strong>\u00a0( o todo e o dom) N\u00f3s somos aquilo de que voc\u00eas se escondem em suas camas toda noite.<\/strong>\u00a0(o medo) N\u00f3s somos aquilo que voc\u00eas sedaram no sil\u00eancio e paralisam quando voc\u00eas atingem o para\u00edso noturno do qual n\u00e3o podem sair.\u201d <\/strong>( a consci\u00eancia do todo)<\/em><\/p>\n

Ou seja, ser\u00edamos n\u00f3s, culpados por sermos limitados a vis\u00e3o restrita do universo que nos rodeia. Ter\u00edamos medo de conhecer a verdade do universo desde que nascemos, por isso,\u00a0dormir\u00edamos. O ato de dormir \u00e9 que inibiria a vis\u00e3o do todo<\/em>.<\/p>\n

Extremamente insana: <\/em>Voc\u00ea j\u00e1 imaginou que tudo que existe por ser resultado da imagina\u00e7\u00e3o de algum ser por a\u00ed? Que, no final das contas, somos todos um. Esse\u00a0racioc\u00ednio\u00a0parte de algumas religi\u00f5es n\u00e3o – crist\u00e3s que acreditam que h\u00e1 um Deus em cada ser vivo. A uni\u00e3o de todos seria o Deus. Estudiosos dessas vertentes dizem que essa seria uma referencia a Energia. De fato, tudo no universo se resume em energia e tudo interage e se conecta. O que faria com que n\u00f3s\u00a0continu\u00e1ssemos presos seriam os ciclos, o ciclo noturno por exemplo. Quando as cobaias quebraram um ciclo, morreram ou progrediram, depende do ponto de vista.<\/p>\n

E voc\u00ea, o que acha do assunto e dessa hist\u00f3ria toda?\u00a0<\/strong><\/p>\n

\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Existem muitas lendas, anteriores ao estabelecimento dos C\u00f3digos Internacionais de \u00c9tica nas in\u00fameras \u00e1reas\u00a0cient\u00edficas, que envolvem experimentos bizarros. A Ci\u00eancia come\u00e7ou a tomar um rumo mais cr\u00edtico sobre certas pr\u00e1ticas depois dos anos 60. Antes disso, as grandes na\u00e7\u00f5es estavam\u00a0preocupadas\u00a0com seus avan\u00e7os\u00a0cient\u00edficos e como naquela \u00e9poca \u00a0a Ci\u00eancia andava com r\u00e9deas\u00a0soltas,\u00a0sem \u00a0restri\u00e7\u00e3o ou limites, nada […]<\/p>\n","protected":false},"author":9,"featured_media":2048,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1351,490],"tags":[51,131,50,286,121,285,284,138],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2025"}],"collection":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/9"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2025"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2025\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2048"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2025"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2025"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2025"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}