{"id":1240,"date":"2011-12-23T19:09:57","date_gmt":"2011-12-23T22:09:57","guid":{"rendered":"http:\/\/ahduvido.com.br\/?p=1240"},"modified":"2017-08-02T10:09:22","modified_gmt":"2017-08-02T13:09:22","slug":"deja-vu-o-que-e-e-inumeras-teorias-que-envolvem-o-assunto","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/ahduvido.com.br\/deja-vu-o-que-e-e-inumeras-teorias-que-envolvem-o-assunto\/","title":{"rendered":"D\u00e9j\u00e0 vu \u2013 O que \u00e9 e as in\u00fameras teorias que envolvem o assunto"},"content":{"rendered":"

Quase todo mundo j\u00e1 teve um. Aquela sensa\u00e7\u00e3o de j\u00e1 ter visto aquilo antes, de j\u00e1 ter passado por aqui. Mas o que \u00e9 o D\u00e9j\u00e0 vu? O que a Ci\u00eancia diz sobre? O que os esp\u00edritas falam sobre o tema? Acompanhe o post\u00a0D\u00e9j\u00e0 vu \u2013 O que \u00e9 e as in\u00fameras teorias que envolvem o assunto e conhe\u00e7a tudo sobre o assunto:
\nD\u00e9j\u00e0 vu\u00a0<\/strong>\u00e9 um termo franc\u00eas que literalmente significa \u201cj\u00e1 visto\u201d e tem diversas varia\u00e7\u00f5es, incluindo d\u00e9j\u00e0 vecu, j\u00e1 experimentado; d\u00e9j\u00e0 senti, j\u00e1 pensado; e d\u00e9j\u00e0 visite, j\u00e1 visitado. O cientista franc\u00eas Emile Boirac, um dos primeiros a estudar esse estranho fen\u00f4meno, deu esses nomes ao assunto em 1876.<\/p>\n

H\u00e1 muitas refer\u00eancias ao d\u00e9j\u00e0 vu que n\u00e3o s\u00e3o o d\u00e9j\u00e0 vu verdadeiro. Os pesquisadores t\u00eam suas pr\u00f3prias defini\u00e7\u00f5es, mas geralmente o d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 descrito como a sensa\u00e7\u00e3o de se ter visto ou experimentado alguma coisa, que se sabe que n\u00e3o aconteceu. A utiliza\u00e7\u00e3o errada mais comum do termo parece ser com as experi\u00eancias precognitivas, aquelas experi\u00eancias onde algu\u00e9m tem a sensa\u00e7\u00e3o de que sabe exatamente o vai acontecer em seguida e a situa\u00e7\u00e3o acontece. Uma distin\u00e7\u00e3o importante \u00e9 que o d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 experimentado durante um evento, n\u00e3o antes dele. As experi\u00eancias precognitivas (se \u00e9 que s\u00e3o reais) mostram situa\u00e7\u00f5es que v\u00e3o acontecer no futuro, n\u00e3o situa\u00e7\u00f5es que voc\u00ea j\u00e1 passou. Contudo, uma teoria sobre o d\u00e9j\u00e0 vu lida com sonhos precognitivos que nos d\u00e3o uma \u201csensa\u00e7\u00e3o de d\u00e9j\u00e0 vu\u201d depois.
\nAlucina\u00e7\u00f5es causadas por enfermidades ou drogas trazem um aumento de sensibilidade e s\u00e3o confundidas com d\u00e9j\u00e0 vu. Falsas mem\u00f3rias produzidas pela esquizofrenia podem tamb\u00e9m ser confundidas com d\u00e9j\u00e0 vu. Diferentemente dos verdadeiros d\u00e9j\u00e0 vu, que duram normalmente de 10 a 30 segundos, essas mem\u00f3rias falsas podem durar muito mais tempo.
\n<\/a>
\nDefini\u00e7\u00e3o<\/strong>
\nDefinir os tipos de d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 algo muito incerto. Os estudiosos do assunto fazem suas pr\u00f3prias classifica\u00e7\u00f5es e diferencia\u00e7\u00f5es, cada uma ligada a uma teoria espec\u00edfica sobre o que causa o d\u00e9j\u00e0 vu. Alan Brown, professor de psicologia da South Methodist University (SMU) e autor de \u201cThe D\u00e9j\u00e0 vu Experience: Essays in Cognitive Psychology\u201d t\u00eam tr\u00eas categorias para o d\u00e9j\u00e0 vu. Ele acredita que o d\u00e9j\u00e0 vu seja causado por disfun\u00e7\u00f5es biol\u00f3gicas (epilepsia, por exemplo),familiaridade impl\u00edcita e percep\u00e7\u00e3o dividida. Em 1983, Dr. Vernon Neppe, diretor do Pacific Neuropsychiatric Institute, em Seattle, prop\u00f4s quatro subcategorias de d\u00e9j\u00e0 vu, incluindo epil\u00e9tico, paranormal subjetivo, esquizofr\u00eanico e associativo.
\nOlhando amplamente para as pesquisas e fontes dispon\u00edveis, podemos colocar as experi\u00eancias de d\u00e9j\u00e0 vu em duas categorias, para ent\u00e3o ver as distin\u00e7\u00f5es mais sutis que os pesquisadores colocaram nelas.
\n\u2022 D\u00e9j\u00e0 vu associativo
\nO tipo mais comum de d\u00e9j\u00e0 vu experimentado por pessoas normais e saud\u00e1veis \u00e9 de natureza associativa. Voc\u00ea v\u00ea, ouve, cheira ou experimenta algo que desperta uma sensa\u00e7\u00e3o que voc\u00ea associa com algo j\u00e1 vivenciado antes. Muitos pesquisadores acham que esse tipo de d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 uma experi\u00eancia baseada na mem\u00f3ria e assumem que os centros de mem\u00f3ria do c\u00e9rebro s\u00e3o os respons\u00e1veis por ele.
\n\u2022 D\u00e9j\u00e0 vu biol\u00f3gico
\nH\u00e1 tamb\u00e9m uma alta ocorr\u00eancia de d\u00e9j\u00e0 vu entre pessoas com epilepsia do lobo temporal. Um pouco antes de ter um ataque, elas experimentam uma forte sensa\u00e7\u00e3o de d\u00e9j\u00e0 vu. Isso tem dado aos pesquisadores mais confiabilidade para estudar o d\u00e9j\u00e0 vu e eles t\u00eam sido capazes de identificar as \u00e1reas do c\u00e9rebro onde esses tipos de sinais de d\u00e9j\u00e0 vu se originam. Contudo, alguns pesquisadores dizem que esse tipo de d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 distintamente diferente do d\u00e9j\u00e0 vu comum. A pessoa que o experimenta pode acreditar que j\u00e1 passou exatamente por aquela situa\u00e7\u00e3o, ao inv\u00e9s de ter apenas uma breve sensa\u00e7\u00e3o do fato.
\nO d\u00e9j\u00e0 vu ocorre com alguma previsibilidade em dist\u00farbios psiqui\u00e1tricos importantes como a ansiedade, depress\u00e3o, dist\u00farbios dissociativos e esquizofrenia.<\/p>\n

Estudo do d\u00e9j\u00e0 vu<\/strong>
\nO d\u00e9j\u00e0 vu \u00e9 extremamente dif\u00edcil de se estudar porque ocorre rapidamente, sem aviso e apenas em certas pessoas, al\u00e9m de n\u00e3o apresentar manifesta\u00e7\u00f5es ou sintomas externos que n\u00e3o da pessoa dizendo: \u201cei, d\u00e9j\u00e0 vu!\u201d. Por isso, h\u00e1 poucas pesquisas confi\u00e1veis e nenhuma explica\u00e7\u00e3o definitiva. Os dados para os estudos de d\u00e9j\u00e0 vu dependem de descri\u00e7\u00f5es pessoais e lembran\u00e7as. H\u00e1 dois s\u00e9culos as pessoas t\u00eam apresentado raz\u00f5es por que experimentamos d\u00e9j\u00e0 vu. Desde fil\u00f3sofos e psic\u00f3logos at\u00e9 especialistas paranormais, cada um tem sua pr\u00f3pria teoria.
\nAo longo dos anos, muitos cientistas ignoraram o d\u00e9j\u00e0 vu completamente devido \u00e0 sua freq\u00fcente associa\u00e7\u00e3o com experi\u00eancias de vidas passadas, PES e abdu\u00e7\u00f5es alien\u00edgenas. Essas associa\u00e7\u00f5es deixaram o estudo do d\u00e9j\u00e0 vu um pouco estigmatizado. Recentemente, os pesquisadores deixaram de lado algumas dessas associa\u00e7\u00f5es e come\u00e7aram a colocar a tecnologia de imagens cerebrais a seu servi\u00e7o. Colocando o estudo do d\u00e9j\u00e0 vu dentro do estudo da mem\u00f3ria, eles esperam descobrir mais sobre como as mem\u00f3rias s\u00e3o formadas, armazenadas e recuperadas.
\nEles j\u00e1 determinaram que o lobo temporal m\u00e9dio est\u00e1 envolvido na nossa mem\u00f3ria consciente. Dentro do lobo temporal m\u00e9dio h\u00e1 o giro parahipocampal, o rinenc\u00e9falo e a am\u00edgdala. John D.E. Gabrieli, da Stanford University, descobriu em 1997 que o hipocampo nos possibilita recordar os eventos conscientemente. Ele tamb\u00e9m descobriu que o giro parahipocampal nos possibilita determinar o que \u00e9 familiar e o que n\u00e3o \u00e9 (e isso sem acessar uma mem\u00f3ria espec\u00edfica para o fato).
\nEnquanto cerca de 60% das pessoas dizem que j\u00e1 tiveram d\u00e9j\u00e0 vu, as ocorr\u00eancias s\u00e3o mais altas em pessoas entre 15 e 25 anos de idade. A idade superior varia entre os pesquisadores, mas a maioria concorda que as experi\u00eancias de d\u00e9j\u00e0 vu diminuem com a idade. H\u00e1 tamb\u00e9m relatos de maior ocorr\u00eancia entre aqueles com renda mais alta, que viajam mais e com alto n\u00edvel educacional. A imagina\u00e7\u00e3o ativa e a habilidade de recordar sonhos tamb\u00e9m t\u00eam sido algo comum entre pessoas que relatam experi\u00eancias de d\u00e9j\u00e0 vu.
\nAlguns pesquisadores tamb\u00e9m relataram que quanto mais cansada ou estressada est\u00e1 a pessoa, maior a probabilidade de experimentar um d\u00e9j\u00e0 vu. Outros pesquisadores, contudo, descobriram exatamente o oposto. Eles relataram que quanto mais descansado e relaxado voc\u00ea est\u00e1, maior a probabilidade de ter um d\u00e9j\u00e0 vu. Obviamente, ainda n\u00e3o se chegou a um acordo sobre muitas situa\u00e7\u00f5es relacionadas ao d\u00e9j\u00e0 vu.
\nUma descoberta relatada \u00e9 que a pessoa que tem a mente mais aberta ou \u00e9 politicamente mais liberal, tem maior possibilidade de experimentar um d\u00e9j\u00e0 vu. Contudo, isso tamb\u00e9m significa que quanto mais mente-aberta voc\u00ea \u00e9, mais provavelmente voc\u00ea falar\u00e1 de alguma coisa que possa ser encarada como \u201cestranha\u201d, por exemplo, o d\u00e9j\u00e0 vu.<\/p>\n

EXPLICA\u00c7\u00d5ES:<\/strong>
\nPRINCIPAIS TEORIAS CIENT\u00cdFICAS:<\/strong>
\nAs teorias cient\u00edficas s\u00e3o aquelas que t\u00eam embasamento cient\u00edfico, sendo seus fundamentos elaborados por m\u00e9todos cient\u00edficos ou atrav\u00e9s de outras teorias aceitas pela Ci\u00eancia anteriormente. No caso do Deja Vu nada \u00e9 concreto mesmo porque o evento \u00e9 dif\u00edcil de estudar porque ocorre rapidamente, sem aviso e apenas em certas pessoas, al\u00e9m de n\u00e3o apresentar manifesta\u00e7\u00f5es ou sintomas externos, como dito anteriormente. Ent\u00e3o construir pesquisas nessa \u00e1rea que seja confi\u00e1vel \u00e9 muito dif\u00edcil. As principais apresentadas s\u00e3o:<\/p>\n

Teoria dos Desejos Reprimidos<\/strong>
\nSigmund Freud teorizou que essas experi\u00eancias resultavam de desejos reprimidos ou mem\u00f3rias relacionadas com um evento estressante que as pessoas n\u00e3o queriam mais admitir como mem\u00f3ria regular. Os cientistas usaram essa teoria, chamada de paramnesia, para explicar o d\u00e9j\u00e0 vu durante boa parte do s\u00e9culo XX. Nenhuma pesquisa foi feita em rela\u00e7\u00e3o a teoria defendida. Tudo se baseava no \u201cachismo\u201d. Logo essa teoria n\u00e3o pode se manter frente a evolu\u00e7\u00e3o do rigor cientifico, embora muitos psic\u00f3logos at\u00e9 hoje a defendem. O d\u00e9j\u00e0 vu pode ser uma quest\u00e3o de dividirmos nossa aten\u00e7\u00e3o, como quando falamos no celular<\/p>\n

Aten\u00e7\u00e3o dividida (teoria do telefone celular)<\/strong>
\nDr. Alan Brown vem tentando recriar um processo que ele acha ser similar ao d\u00e9j\u00e0 vu. Em estudos na Duke University e SMU, ele e a colega Elizabeth Marsh testaram a id\u00e9ia da sugest\u00e3o subliminar. Eles mostraram fotografias de v\u00e1rios locais a um grupo de estudantes, planejando perguntar a eles quais locais eram familiares. Antes de mostrar aos estudantes algumas das fotografias, eles projetaram instantaneamente as fotos na tela a velocidades subliminares (cerca de 10 a 20 milisegundos), tempo suficiente para o c\u00e9rebro registrar a foto mas n\u00e3o suficiente para o aluno perceb\u00ea-la conscientemente. Nessas experi\u00eancias, as imagens que tinham sido mostradas subliminarmente foram apontadas como sendo familiares em uma propor\u00e7\u00e3o muito maior do que as que n\u00e3o tinham sido mostradas, embora os estudantes que realmente estiveram naqueles locais tenham sido tirados do estudo. Larry Jacoby e Kevin Whitehouse, da Universidade de Washington, fizeram estudos similares usando listas de palavras e tiveram resultados parecidos.
\nCom base nessa id\u00e9ia, Alan Brown prop\u00f4s o que ele chamou de teoria dotelefone celular (ou aten\u00e7\u00e3o dividida). Isso significa que, quando estamos distra\u00eddos com alguma outra coisa, captamos subliminarmente o que est\u00e1 ao nosso redor mas n\u00e3o registramos de modo consciente. Ent\u00e3o, quando somos capazes de nos concentrar no que estamos fazendo, esses ambientes perif\u00e9ricos d\u00e3o a sensa\u00e7\u00e3o de j\u00e1 serem familiares para n\u00f3s, mesmo quando n\u00e3o deveriam ser.
\nCom isso em mente, \u00e9 l\u00f3gico entender como podemos andar por uma casa pela primeira vez, talvez ao conversar com o dono da casa e ter um d\u00e9j\u00e0 vu. Poderia funcionar mais ou menos assim: antes de realmente olharmos para o local, nosso c\u00e9rebro j\u00e1 o processou visualmente e\/ou atrav\u00e9s do odor ou som, de modo que, quando realmente olhamos para ele temos a sensa\u00e7\u00e3o de que j\u00e1 estivemos l\u00e1 antes.<\/p>\n

A teoria do holograma<\/strong>
\nO psiquiatra holand\u00eas Hermon Sno prop\u00f4s a id\u00e9ia de que as mem\u00f3rias s\u00e3o como hologramas, significando que voc\u00ea pode recriar a imagem tridimensional inteira a partir de qualquer fragmento do todo. Contudo, quanto menor o fragmento, mais confuso o quadro final. O d\u00e9j\u00e0 vu, segundo ele, acontece quando algum detalhe do ambiente onde estamos no momento (uma vista, som, odor, etc.) \u00e9 similar a algum resqu\u00edcio de mem\u00f3ria do nosso passado e o c\u00e9rebro recria uma cena inteira a partir desse fragmento.
\nOutros pesquisadores tamb\u00e9m concordam que um pequeno fragmento de familiaridade pode estar semeado, criando a sensa\u00e7\u00e3o de d\u00e9j\u00e0 vu. Por exemplo, voc\u00ea sai para dar uma volta com um amigo em um carro antigo ano 1964 e tem uma forte sensa\u00e7\u00e3o de d\u00e9j\u00e0 vu, mas n\u00e3o chega a lembrar (ou nem mesmo est\u00e1 ciente do fato) que seu av\u00f4 tinha o mesmo tipo de carro, e voc\u00ea est\u00e1 lembrando de quando andou nesse carro quando era bem pequeno. O cheiro, a apar\u00eancia e a textura do assento ou do painel podem trazer de volta mem\u00f3rias que voc\u00ea nem sabia que existiam.<\/p>\n

Processamento duplo (ou vis\u00e3o atrasada)<\/strong>
\nOutra teoria baseia-se no modo como nosso c\u00e9rebro processa as informa\u00e7\u00f5es novas e como ele as armazena em mem\u00f3rias de longo e curto prazo. Robert Efron testou uma id\u00e9ia no Veterans Hospital de Boston, em 1963, que se mant\u00e9m como uma teoria v\u00e1lida atualmente. Ele prop\u00f4s que uma resposta neurol\u00f3gica atrasada causa o d\u00e9j\u00e0 vu. Como a informa\u00e7\u00e3o entra nos centros de processamento do c\u00e9rebro atrav\u00e9s de mais de uma via, \u00e9 poss\u00edvel que ocasionalmente essa mistura de informa\u00e7\u00f5es n\u00e3o ocorra em total sincronia.
\nEfron descobriu que o lobo temporal do hemisf\u00e9rio esquerdo do c\u00e9rebro \u00e9 respons\u00e1vel por classificar as informa\u00e7\u00f5es que chegam. Ele descobriu tamb\u00e9m que o lobo temporal recebe duplicadas essas informa\u00e7\u00f5es, que chegam com um leve atraso (de milissegundos) entre elas: a primeira vem diretamente e a outra passa primeiro pelo hemisf\u00e9rio direito do c\u00e9rebro. Se essa segunda transmiss\u00e3o tem um atraso um pouco maior, o c\u00e9rebro pode classificar de modo errado essa parte da informa\u00e7\u00e3o e fazer seu registro como sendo uma mem\u00f3ria passada, porque ela j\u00e1 foi processada. Isso poderia explicar o s\u00fabito senso de familiaridade.<\/p>\n

\u201cMem\u00f3rias\u201d de outras fontes<\/strong>
\nEssa teoria prop\u00f5e que temos muitas mem\u00f3rias armazenadas que vem de diferentes aspectos da nossa vida, incluindo n\u00e3o apenas nossas pr\u00f3prias experi\u00eancias mas tamb\u00e9m filmes e quadros que vimos, assim como livros que lemos. Podemos ter mem\u00f3rias muito fortes de fatos sobre os quais lemos ou vimos sem que realmente os tenhamos experimentado, e com o tempo essas mem\u00f3rias podem ser empurradas para o fundo da nossa mente. Quando vemos ou experimentamos algo muito similar a uma dessas mem\u00f3rias, podemos experimentar uma sensa\u00e7\u00e3o de d\u00e9j\u00e0 vu.
\nPor exemplo, quando era crian\u00e7a voc\u00ea pode ter visto um filme com uma cena em um restaurante ou ponto tur\u00edstico famoso. Ent\u00e3o, quando voc\u00ea j\u00e1 adulto visita o mesmo local, sem lembrar-se do filme, o local parece ser muito familiar.<\/p>\n

Sonhos precognitivos<\/strong>
\nAlguns pesquisadores, incluindo o cientista su\u00ed\u00e7o Arthur Funkhouser, acreditam que os sonhos precognitivos s\u00e3o a fonte de muitas experi\u00eancias de d\u00e9j\u00e0 vu. J.W. Dunne, um engenheiro da aeron\u00e1utica que projetava avi\u00f5es na Segunda Guerra Mundial, conduziu estudos em 1939 usando estudantes da Universidade de Oxford. Seus estudos descobriram que 12,7% dos temas dos sonhos tinham similaridades com eventos futuros. Estudos recentes, incluindo um realizado por Nancy Sondow, em 1988, apresentaram resultados similares de 10%.
\nEsses pesquisadores tamb\u00e9m juntaram evid\u00eancias de sonhos precognitivos \u00e0s experi\u00eancias de d\u00e9j\u00e0 vu que ocorreram em algum ponto a partir daquele dia at\u00e9 oito anos depois. Tem-se perguntado por que as experi\u00eancias propriamente ditas s\u00e3o normalmente de acontecimentos cotidianos banais. Uma explica\u00e7\u00e3o de Funkhouser \u00e9 que algo mais marcante tem maior probabilidade de ser lembrado, tornando menos prov\u00e1vel uma experi\u00eancia de d\u00e9j\u00e0 vu.
\nEmbora o d\u00e9j\u00e0 vu venha sendo estudado como fen\u00f4meno por mais de 100 anos e os pesquisadores tenham proposto v\u00e1rias teorias sobre sua causa, n\u00e3o h\u00e1 uma explica\u00e7\u00e3o simples para o que ele significa ou por que acontece. Talvez, \u00e0 medida que a tecnologia avan\u00e7a e aprendemos mais sobre o funcionamento do c\u00e9rebro, tamb\u00e9m aprendamos mais sobre por que experimentamos esse estranho fen\u00f4meno.<\/p>\n

TEORIAS ALTERNATIVAS<\/strong>
\nTeorias alternativas s\u00e3o aquelas que utilizam \u201cci\u00eancias\u201d alternativas para explicar determinado fato, como a Parapsicologia e o Espiritismo. Veja algumas explica\u00e7\u00f5es dadas pelo outro lado da moeda:<\/p>\n

Inicio de premoni\u00e7\u00e3o<\/strong>
\nAlguns parapsic\u00f3logos dizem que todos os seres humanos tem o poder de prever o futuro. Mas \u00e9 um processo dif\u00edcil de aprender, t\u00e3o dif\u00edcil que pode demorar mais de 50 anos treinando t\u00e9cnicas e debulhando livros de Parapsicologia. E mesmo assim, n\u00e3o existe a certeza que voc\u00ea consiga? Logo, quem vai ser louco de arriscar? As pessoas que relatam que conseguem dominar esse fen\u00f4meno paranormal, geralmente nascem com o dom desenvolvido, segundo estudiosos do tema. E a\u00ed que se encaixa o deja vu. Esse \u201cdom\u201d por alguma raz\u00e3o n\u00e3o especifica, hora ou outra se manifesta e sua consci\u00eancia avan\u00e7a no tempo.<\/p>\n

Reencarna\u00e7\u00e3o e sonhos<\/strong>
\nNas teorias que associam o d\u00e9j\u00e0 vu a sonhos ou desdobramento do Esp\u00edrito, onde o Esp\u00edrito teria realmente vivido estes fatos, livre do corpo, surgiriam as lembran\u00e7as de encarna\u00e7\u00f5es passadas, o que levaria \u00e0 rememora\u00e7\u00e3o na encarna\u00e7\u00e3o presente. Algumas dessas teorias consideram o sono a liberta\u00e7\u00e3o da alma diante as leis f\u00edsicas. Assim, algumas coisas como o tempo n\u00e3o se comportaria como se comporta para n\u00f3s enquanto estamos acordados. Livros de Parapsicologia descrevem que o espirito passa por diversas experi\u00eancias durante o tempo que voc\u00ea dorme, pois o que significa, por exemplo, 8 horas , sem o comportamento natural do tempo, poderia ser anos. O Espirito vai para frente e para tr\u00e1s no tempo e tamb\u00e9m para outros lugares e dimens\u00f5es e quando voc\u00ea acorda \u00e9 tanta informa\u00e7\u00e3o para ser assimilada que o c\u00e9rebro interpreta da maneira que se adeque melhor ao funcionamento do organismo. Por isso, a rea\u00e7\u00e3o s\u00e3o sempre sonhos confusos aonde voc\u00ea est\u00e1 em um lugar um hora e em um momento posterior voc\u00ea j\u00e1 se teleportou para outro.<\/p>\n

A distor\u00e7\u00e3o do senso de tempo<\/strong>
\nA Parapsicologia considera a mente algo independente do c\u00e9rebro. A consci\u00eancia seria livre em certos momentos, como dito anteriormente, no estado do sono. Entretanto, durante o seu estado desperto, ela poderia se expandir e quando esse evento ocorre, voc\u00ea perde a no\u00e7\u00e3o do seu tempo real e dispara para um tempo alternativo, no caso indo para o futuro e retornando imediatamente para o passado trazendo consigo informa\u00e7\u00f5es. Ao se deparar com dada situa\u00e7\u00e3o, voc\u00ea percebe que j\u00e1 vivenciou aquilo. Tem vertentes que v\u00e3o mais longe. Uma delas apoia-se na teoria que o comportamento do tempo n\u00e3o seja linear mas sim, teria comportamento de loops. Em um loop, em certo ponto do tempo, voc\u00ea deixa de avan\u00e7ar e passa a retornar ao passado, at\u00e9 chegar a um ponto critico onde o loop para de retornar ao passado e come\u00e7a a avan\u00e7ar para o futuro novamente. Esse ponto \u00e9 o inicio e tamb\u00e9m o fim do loop e quando se cruzam geraria o chamada deja vu. \u00c9 importante deixar claro que essa teoria considera o tempo como par\u00e2metro individual para cada individuo.<\/p>\n

TEORIAS MALUCAS<\/strong>
\nTeorias Malucas s\u00e3o como o nome diz, malucas. Partem apenas da imagina\u00e7\u00e3o de cada individuo para tentar explicar da forma mais bizarra poss\u00edvel um fen\u00f4meno. Pesquisei em alguns for\u00fans e comunidade sobre o assunto e achei umas teorias bizarras mas mesmo assim interessantes sobre o assunto. Devemos lembrar que elas possuem fundamento partem apenas de conclus\u00f5es que s\u00e3o feitas por observa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

For\u00e7as fundamentais<\/strong>
\nTemos quatro for\u00e7as elementares: gravidade, eletromagnetismo, for\u00e7a de intera\u00e7\u00e3o forte e fraca. Em um for\u00fam um t\u00f3pico prop\u00f4s que o Deja vu poderia ser o resultaria de uma outra for\u00e7a fundamental: o tempo. Por algum motivo, essa for\u00e7a estaria constantemente interagindo com tudo. No entanto, por algum motivo desconhecido, essa for\u00e7a enfraquece e acontece o deja vu, pois voc\u00ea n\u00e3o estaria mais preso a intera\u00e7\u00e3o da for\u00e7a, livre para visualizar por mil\u00e9simos de segundos o futuro pr\u00f3ximo.<\/p>\n

Loading<\/strong>
\nEssa eu encontrei num f\u00f3rum do T\u00edbia. Com certeza foi um gamer quem fez. A teoria diz o seguinte: voc\u00ea est\u00e1 jogando um game. Ent\u00e3o voc\u00ea salva para guardar o seu progresso e continua jogando. Mas, infelizmente voc\u00ea perde e resolve dar um loading para continuar do ponto aonde salvou. Quando voc\u00ea faz isso, os dados do jogo entre o ponto do salve e a sua derrota n\u00e3o somente automaticamente do computador. Elas permanecem por um pequeno per\u00edodo de tempo. Agora imaginem se a vida que conhecemos, fosse resultado de um jogo. A cada vez que o jogador desse um loading ap\u00f3s uma derrota, retornaria para o ponto de salve e voc\u00ea, o personagem, lembraria por um breve momento que j\u00e1 teria passado por aquilo ali. Deja vu \u00e9 o ponto de salve.<\/p>\n

Choque de Universos<\/strong>
\nSabe aquela hist\u00f3ria do gato dentro da caixa vivo ou morto? Encontrei em uma comunidade um pessoal que alega que \u00e9 o soma de dois universos. Segundo uma linha de racioc\u00ednio da F\u00edsica Qu\u00e2ntica que n\u00e3o bem aceita pela Ci\u00eancia, nosso universo n\u00e3o seria uni e sim multi e se alteraria de forma diferente para cada um de n\u00f3s e para suas escolhas. Um exemplo, quando voc\u00ea tem duas escolhas, sim e n\u00e3o, e voc\u00ea s\u00f3 pode escolher uma, dependendo do que voc\u00ea escolheu, sua vida toma um rumo. Contudo num multiverso isso \u00e9 apenas o universo que voc\u00ea observa, na realidade, voc\u00ea escolhe ambas alternativas, sim e n\u00e3o, ao mesmo tempo mas observa as duas separamente. Quando duas vertentes, por exemplo, uma ramifica\u00e7\u00e3o do universo que foi criado por sua escolha \u201csim\u201d atinge um ponto comum com o seu universo onde sua escolha foi \u201cn\u00e3o\u201d retornar\u00edamos a ter uma s\u00f3 ramifica\u00e7\u00e3o e por consequ\u00eancia, o ponto de uni\u00e3o seria o Deja vu.<\/p>\n

Dem\u00f4nio<\/strong>
\nComo era de se esperar, em blogs religiosos as explica\u00e7\u00f5es para o fato s\u00e3o uma s\u00f3: Possess\u00e3o. Considerando que, quase todo mundo tem isso pelo menos uma vez nada vida, d\u00e1 para fazer a conta de quantos dem\u00f4nios est\u00e3o por a\u00ed. Ainda bem que a Inquisi\u00e7\u00e3o acabou porque esse pensamento de colocar tudo que existe de anormal nas costas do Diabo \u00e9 um tanto sem no\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

ET\u2019s<\/strong>
\nSegundo uns internautas nada convencionais, o nosso mundo seria comandado por uma esp\u00e9cie de uma estrela distante, chamados de Reptilianos por terem semelhan\u00e7a a repteis. Esses seres dominam um alto grau de tecnologia, capaz de manipular a realidade. N\u00f3s, humanos, seriamos o resultado de seus experimentos. Entretanto, nem tudo saem como eles querem e eles s\u00e3o obrigados a mudarem a realidade. A pessoa que teve sua linha do tempo alterada sofre o deja vu, visto que nem sempre a tecnologia \u00e9 capaz de apagar tudo o que foi vivenciado e esses resqu\u00edcios seriam ficariam guardados na memoria.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Quase todo mundo j\u00e1 teve um. Aquela sensa\u00e7\u00e3o de j\u00e1 ter visto aquilo antes, de j\u00e1 ter passado por aqui. Mas o que \u00e9 o D\u00e9j\u00e0 vu? O que a Ci\u00eancia diz sobre? O que os esp\u00edritas falam sobre o tema? Acompanhe o post\u00a0D\u00e9j\u00e0 vu \u2013 O que \u00e9 e as in\u00fameras teorias que envolvem […]<\/p>\n","protected":false},"author":9,"featured_media":8417,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1351,490],"tags":[51,50,160],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1240"}],"collection":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/9"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=1240"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/1240\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/8417"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=1240"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=1240"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/ahduvido.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=1240"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}