Qual é o procedimento para os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear?

21/12/2016
Bomba nucelar dos Estados Unidos

O mundo já teve a infelicidade de presenciar duas guerras mundiais. Além disso, tivemos um conflito não declarado que também transmitiu muito medo. Estou falando da Guerra Fria. A maior preocupação era a ocorrência de um confronto nuclear, algo que poderia facilmente dizimar toda a humanidade. Porém, está enganado quem pensa que estamos totalmente livres desse risco no século XXI.

Na verdade, com cada vez mais nações em posse de armamento nuclear, o risco de uma nova guerra tende a aumentar. E muito. A Coreia do Norte é um bom exemplo. O país, isolado, frequentemente testa suas armas a céu aberto, despertando a ira de países como a China, Rússia e os Estados Unidos. Falando neles, e a terra do Tio Sam? Considerados os maiores detentores de armas com potencial nuclear, será que não deveríamos estar preocupados com a eminência de uma guerra de proporções gigantescas por causa deles?

Porém, disparar uma bomba nuclear não é uma decisão tão fácil de ser tomada. Mesmo para os Estados Unidos. É preciso passar por uma longa “corrente de aprovações” até que um míssil deixe a base militar norte-americana e atinja seu alvo. Nesse artigo, vamos explorar esse assunto e contar qual é o procedimento para os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear. Será que isso poderia estar acontecendo neste exato momento?

O início do conflito

E se os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear agora?

Antes de considerarmos a possibilidade de os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear, é preciso haver um conflito. Porém, não é muito difícil imaginar isso acontecendo. Especialmente nos dias de hoje. Afinal, o ser humano vive em conflito, brigando entre si e levando para o túmulo milhares de pessoas todos os anos. Agora mesmo pessoas estão guerreando e tirando a vida uma das outras.

Entretanto, para haver a possibilidade de os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear, o conflito precisa assumir outras proporções. Briga entre diversos países geralmente é o cenário perfeito para isso acontecer. É exatamente isso que rolou durante as duas primeiras guerras mundiais. Nesses casos, nações que possuem um armamento nuclear ficam de prontidão para começar uma verdadeira aniquilação humana.

Pense no que aconteceu durante a Guerra Fria, por exemplo. Estivemos realmente muito perto de ver o mundo ruir por causa de duas superpotências e seus armamentos nucleares. Portanto, antes de partirmos para os procedimentos para os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear, devemos considerar um conflito. E agora sabemos que isso não é muito difícil de acontecer.

Os procedimentos para os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear

Bomba nuclear dos Estados Unidos

Tudo começa com a vontade do líder supremo do país. No caso, os Estados Unidos. Ele tem a autoridade para fazer uma bomba nuclear ser disparada contra um país inimigo. Porém, para isso, ele precisa antes convencer um banca composta por militares e civis que se reunião em Washington, na Casa Branca, para discutir esse assunto. Lá, eles se reunirão na chamada Situation Room, um cômodo em que são discutidas temas como gestão de crise. Se o presidente estiver viajando, essa reunião é realizada através de uma linha segura.

Um participante importante dessa reunião é o Diretor de Operações do Pentágono. Ele é o responsável por transmitir as ordens do presidente para a base militar que lançará os mísseis nucleares. Portanto, a sua responsabilidade é gigantesca e qualquer erro na comunicação pode ser o suficiente para causar uma catástrofe.

Nesse momento, alguns consultores podem tentar convencer o presidente de que o uso de armas nucleares não é a melhor escolha. Porém, se o mesmo tipo de armamento está sendo direcionado para os Estados Unidos, a situação tende a ficar um pouco mais tensa. Em última análise, a palavra final continua sendo do presidente do país, que pode decidir unilateralmente usar bombas nucleares para destroçar outra nação.

Bomba a caminho

Como a bomba é lançada

Assim que a ordem é dada, uma série de verificações é realizada. Tudo isso para ter certeza de que o pedido foi realmente realizado pelo presidente dos Estados Unidos. Essa autenticação é realizada através de uma série de códigos combinados, o que só pode ser realizado entre o líder máximo do país e uma pessoa responsável por validar os códigos. Para cada palavra dita por esse verificador, o presidente precisa responder uma resposta exata para proceder com o teste.

Após verificado, a ordem finalmente chega à base que vai disparar o míssil. A partir daqui, não há mais volta. Uma série de autenticações ainda é realizada, mas envolve apenas os militares que estão envolvidos com o preparo do armamento nuclear. Se tudo estiver correto, os tripulantes que vão transportar a bomba assumem suas posições e se preparam para partir com a arma de destruição em massa.

Há casos em que a bumba nuclear é enviada a partir de um submarino. Nesse caso, as ordens são enviadas ao capitão do veículo, que valida a solicitação com uma pessoa unicamente responsável para isso. Em ambos os casos, tanto em terra como no mar, o armamento está pronto para ser disparado em apenas 15 minutos.

E se os Estados Unidos lançarem uma bomba nuclear?

Teremos uma terceira guerra mundial?

Se isso realmente acontecer, não há muito que fazer. O máximo que podemos fazer é orar para que o nosso país não seja o alvo. Com a capacidade nuclear dos Estados Unidos, seria perfeitamente possível dizimar um país inteiro de proporções continentais, como o Brasil. Para nossa sorte, nutrimos uma boa relação com os norte-americanos, o que praticamente inviabiliza um ataque por aqui.

Mas e os outros países? No fim das contas, os Estados Unidos sabem que se lançarem uma bomba nuclear em um país inimigo, haverá revide. Se essa nação alvo tiver armamento nuclear, a situação pode ficar ainda mais complicada. Nesse cenário, o máximo que podemos fazer (novamente) é torcer para que os impactos não sejam sentidos por aqui.

Como não há como prever isso, é bom ir preparando o seu bunker em casa para se preparar para a ocorrência de uma guerra nuclear. Afinal, você vai querer estar preparado para quando isso acontecer, não é mesmo?