A nossa triste realidade: 33% dos cientistas mentem em suas pesquisas, aponta estudo

27/02/2012

Nesse mundo em que vivemos você não pode confiar mais em nada. Como sempre falo: antes de você construir uma opinião, estude o assunto. Muitas pessoas que conheço tem uma fé inabalável em algumas doutrinas tais como a Ciência e a Religião. Geralmente essas pessoas são divididas em quatro grupos: ateus/agnósticos que acreditam unicamente na Ciência, teístas que acreditam unicamente na Religião ou em qualquer fenômeno metafísico/paranormal, indecisos que acreditam em ambas porque não estudaram para formar uma opinião sobre o tema abordado e pessoas em constante mudança que vivem na gangorra entre os limites ateus e teístas. Quando você se encontra em qualquer um desses grupos automaticamente está formando uma opinião potencialmente limitada e errônea sobre determinada situação. Excetuando nos casos aonde você é um profissional de uma área regida por um desses sistemas – por exemplo, um cientista tem que depositar uma fé parcial na Ciência sempre, assim como um padre deposita sua fé completa na Religião – você tem a liberdade para estudar e formular sua própria opinião sobre algum tema discutido.

Por muito tempo pensei que a Ciência era fonte incontestável de conhecimento. Cresci em uma família católica, mas minha crença por qualquer Religião caiu por terra a partir do momento que comecei a estudar e perceber que BOA PARTE DAS RELIGÕES SÃO UMA EMPRESA, e como tal, visam lucros. Quando ingressei no meu curso superior e conheci a Pesquisa Cientifica percebi que a Ciência hoje em dia também é uma EMPRESA, e como tal, visa lucros. Não que isso se aplique a todos os casos, devem existir sim Religiões por aí preocupadas com os fiéis – ainda que desconheça – , da mesma maneira que há muita Pesquisa Cientifica séria e inquestionável feita por gente engajada em melhorar o mundo. Entretanto, a cada dia mais, esses casos se tornam minorias perto daqueles que apenas estão nesses ramos por dinheiro.

Recentemente, li sobre uma pesquisa que me deixou ainda mais decepcionado com a Ciência. Um estudo divulgado pela Clinical Psychology aponta que pelo menos 33% dos cientistas utilizam práticas questionáveis para obter e publicar dados em pesquisas. Entre os atos mais comuns, o estudo mostra que eles costumam forjar números de acordo com a intuição e mudar o enfoque da pesquisa de forma a obter os dados desejados. Além disso, um em cada 50 cientistas admite falsificar estatísticas. A prática pode ter ainda mais adeptos, já que o número de pesquisadores que admitiu ter visto outros colegas lançando mão de métodos questionáveis é de 71%. O estudo analisou ainda 281 trabalhos escritos realizados pelos professores e 50% deles continham erros de estatística. Em 15% dos trabalhos, os erros de pesquisa modificavam diretamente o resultado final.

Devo dizer que embora tenha me decepcionado ao ler isso e mesmo presumindo que essa percentagem seja maior – boa parte dos entrevistados que respondem que não mentem poderiam estar mentido por receio, o que seria do ponto de vista psicológico normal – não é nenhuma novidade a apresentação desse quadro. A Ciência hoje é guiada pelos lucros. Do mesmo modo que não existe mais Imprensa que tem como meta difundir a informação, aquele nobre espírito primordial da Ciência, a busca pela verdade e o saber, está esvanecendo com o tempo.

A pesquisa científica depende de patrocinadores, de apoio, de valores pecuniários para desenvolver suas teses e teorias. Esses valores geralmente provêm de empresas privadas que bancam a pesquisa em troca de resultados e melhorias para seus produtos. O prazo enorme – período de anos – que antigamente era dado para o pesquisador completar seus estudos, hoje tornou-se meses, em alguns casos, semanas. Logo você tem a exigência da rapidez e a pressão por parte empresarial na publicação dos resultados, que certamente comprometem o trabalho cientifico.

Fora isso, devido a total falta de reconhecimento e apoio, alguns pesquisadores vendem pesquisas para empresas que patrocinam. Por exemplo, o Brasil é um dos únicos países que permite a utilização do ciclamato (n-ciclo-hexil-sulfamato de sódio) de sódio em bebidas e produtos alimentícios ( Coca-Cola Zero por exemplo), ainda que a Food and Drug Administration (FDA), órgão de controle de drogas e alimentos nos EUA, proíbe o produto há mais de 40 anos, baseado em pesquisas que apontavam que a substância é cancerígena. A OMS (Organização Mundial da Saúde) mesmo sabendo dos riscos permitiu a incorporação dessa substancia química nos alimentos, estipulando limites para uso, através de pesquisas de “especialistas” que relatam que a ingestão reduzida não é tão prejudicial ( provavelmente comprada por um desses grupos que utilizam o ciclamato de sódio nas bebidas). A ANVISA, muito preocupada com o brasileiro – ironias a parte – , decidiu permitir o uso da substancia aqui no Brasil, adotando os limites estabelecidos pela OMS, assim como suas pesquisas, mesmo conhecendo o parecer da Pro Teste ( órgão ligado a Associação Brasileira dos Consumidores), aonde a Bióloga Fernanda Ribeiro mostra que as crianças, devido ao seu peso, com a ingestão de mais de 200 mL, já extrapolariam o limite estabelecido pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.

Casos como esse citado no parágrafo anterior não são difíceis de encontrar atualmente. Existem diversos produtos utilizam compostos químicos cancerígenos – muitos deles em alimentos -, que tem o seu mal à saúde cientificamente comprovado e que continuam a ser comercializados porque as empresas compraram pesquisas científicas para contradizer as primeiras. Essa prática já vem sendo adotada à algum tempo, pois na década de 90, quando o cigarro começou a ser perseguido pelas Organizações de Saúde, apareceram dezenas de pesquisas relatando que cigarro fazia bem para saúde, é mole?!

Como você pode observar, a má fé está por todos os cantos. Não acredite em tudo que a Ciência, jornais, revistas publicam por aí. Investigue e suspeite de tudo. Estude e forme sua própria opinião. Não é porque alguém de renome disse que a afirmação é verdadeira. Antes de concluir, procure entender como se estabeleceu tal conhecimento. Você tem que ter consciência que o mundo gira em torno do dinheiro e que a ética e valores morais nessas horas não tem a menor importância. Como tudo hoje “visa lucros” nada é confiável o bastante para você depositar sua fé cega.