10 divagações sobre “O que seria o Universo?” – Parte 1

31/08/2013

DIVAGACOESUNIVERSAIS

Como já dizia o velho Douglas Adams (com uma toalha na mão): “Há uma teoria que indica que sempre que qualquer um descobrir exatamente o que, para que e porque o universo está aqui, o mesmo desaparecerá e será substituído imediatamente por algo ainda mais bizarro e inexplicável…  Há uma outra teoria que indica que isto já aconteceu.”

“O que seria o Universo?”, está aí uma pergunta à qual o homem deseja a respostas desde quando começou a engatinhar pela Terra. Conhecemos muito pouco sobre a natureza do Universo (42) e não somos capazes de responder essa questão … ou será que somos?! O Ah Duvido queria saber a opinião dos internautas sobre o assunto e nada que uma vasculhada por fóruns de discussões gerais e por algumas redes sociais não resolva. De tudo que foi encontrado, separamos as 10 que na nossa opinião são aquelas que chamam mais a atenção e permitem uma possibilidade – embora em algumas, bem remota –  de ser a resposta para nossa eterna dúvida.

Lembrando que são divagações e não estamos, em momento algum, afirmando que qualquer uma dessas observações são certas. Logicamente, é esperado que para algumas dessas explicações não façam o menor sentido para você, entretanto, a intenção aqui é realizar uma espécie de Brainstorm e saber a opinião do leitor, logo, se você tiver uma “visão de universo” , por mais ridícula que você a considere, não deixe de colocar nos comentários.

Para o pessoal que pipocou em tudo que rede social pedindo mais dos posts “malucos” do Ah Duvido depois do post “6 teorias insanas encontradas na Internet”, eis outro aqui saindo do forno!

Então, sem mais delongas….

Confira!

10. O Universo é o resultado da tentativa não intencional de padronizar a desordem natural

Começaremos abordando a nossa visão mais aceita pela maioria: a visão científica. Segundo a Ciência, o Universo nada mais é do que uma mudança  em meio ao Caos: antes de tudo existir, havia um lugar, o qual ninguém sabe explicar do que era feito – ou se podemos considerar mesmo um “lugar” , pois ele é o nada absoluto (admitindo que isso é possível e que nosso amigo Parmênides esteja errado) – , onde se encontrava “mergulhado” um ponto no qual tudo que existe hoje estava espremido, tão espremido que tinha dimensão zero, ou seja, nenhum tamanho e com completa ausência de “tempo”.

No interior desse estranho “ponto”, havia nada além de vibrações de alguma coisa que certamente formava a “sopa primordial”, leigamente falando, um tipo de “força fundamental original” que seria responsável por gerar as atuais forças fundamentais que conhecemos e também a massa após o inicio da existência do Universo. Sem o “tempo”, fica difícil explicar “quando” e “porquê” ocorreu as flutuações que geraram a mudança no Caos que havia no interior da singularidade onde tudo estava espremido…. mas independente de “como”, elas apareceram e foi nesse instante – o instante zero, já que a partir daí que o tempo começou a existir –  que o Universo começou a tomar forma, através da expansão descomunal nomeada por nós como “Big Bang”.

Olhando por esse ponto de vista o Universo nada mais é do que uma tentativa não intencional de ordenar a desordem natural inerente de um sistema que até o “momento zero” era unicamente caótico. Em outras palavras, o Universo é um erro!

Por essa perspectiva, a existência do universo não tem um sentido, ele é apenas um mero acidente, assim como tudo que está concentrado nele, incluindo nós.

9. Um entre tantos

Mas há quem diga que o Universo não seja tão simples assim…  Na realidade, ele não seria “Uni” e sim, “Multi”.

Quando a Teoria dos Muitos Mundos de Everett surgiu em 1954 e posteriormente a Teoria-M de Edward Witten em 1995, os astrofísicos, físicos teóricos  e cosmólogos encontraram respostas para algumas questões que até então enraiveciam muita gente, tais como “Por que diabos as constantes fundamentais do Universo tem seus valores fixados em uma imensa perfeição que causa a ordem?”. Não entendeu? Deixe-me explicar de outro modo: as constantes fundamentais do nosso Universo que expressam, por exemplo, os valores das forças fundamentais são absurdamente precisas, pois qualquer alteração, por menor que ela seja, causaria um colapso tão gigantesco que faria o Universo sucumbisse em si, evento que provavelmente irá ocorrer um dia, chamado de Big Crunch! O equilíbrio entre as forças é perfeito! Esse fato deixou muitos cientistas encucados, já que as estatísticas e seus números absurdamente pequenos sugeriria que uma “Inteligência” estaria por detrás da criação Universal. E para um homem da Ciência – em especial aqueles que são ateus – era difícil engolir uma explicação tão voltada à metafísica! Ora, isso levaria diretamente à ideia de existência de Divindades e faria com que muitos cientistas vivos rolassem em seus túmulos mentais. No entanto, analisando as duas teorias as possíveis respostas para essa questão apareceram.

De acordo com essas teorias o nosso Universo seria como uma membrana tridimensional flutuando em um “espaço” ( que não sabemos ao certo o que é, por isso adotamos a palavra “espaço” mas você pode também chamá-lo de “nada cósmico” que daria no mesmo já que ninguém sabe muito sobre ele) junto com uma infinidades de outros Universos. Acredita-se que os “Universos” branas sejam estáticos e que o “nada cósmico” não seja dotado das mesmas leis físicas que conhecemos, entretanto, é certo que as Branas Universais “agitem” violentamente, uma vibração que tem origem na instabilidade natural de toda brana. Essas vibrações geram oscilações gigantescas que terminam por aproximar uma brana da outra e quando elas se aproximam demais e se chocam, um novo Universo Brana aparece! Assim nasceriam os Universos.

Agora voltamos para o inicio da nossa “conversa” nada convencional. Lembra da questão das constante fundamentais e sua inquietante perfeição? A resposta para essa pergunta seria que os Universos como o nosso, ordenados até certo grau, seriam os únicos sobreviventes de uma série de choques de branas. Apenas os choques que geram Universos com forças fundamentais com as intensidades que conhecemos seriam capazes de continuar estáveis o suficiente para não sucumbir em si. (Ainda há a hipótese de que esses universos branas com forças fundamentais com intensidade diferente não sucumbam em si e o resultado seriam universos deformados, totalmente desordenados, ou talvez, equilibrados por uma ordem diferente daquela que conhecemos…. bom, nesse momento é melhor abandonar essa idéia pois ela abre muitas portas e não queremos um post equivalente a 900 páginas de Word, queremos?)

Conceitos difíceis de entender, não? Mas calma, vai piorar! A teoria das cordas é como um tio excêntrico que os físicos torcem para que não apareça na festa porque nem eles sabem explicar ao certo porque ele se comporta assim! E para não deixar esse quadro ainda mais confuso, vamos voltar um pouco, novamente ao nascimento do Universo, para depois passarmos para próxima etapa.

Nasce, Cresce, se Reproduz e Morre

Se nosso Universo se chocou uma vez contra outro, como poderíamos ser capazes de ver as evidências disso nos confins do cosmos? Perguntam-se os astrofísicos.

Até onde podemos dizer, o Universo tem aproximadamente 93 bilhões de anos luz de tamanho e menos de 13,73±0,12 bilhões de anos de idade.

Isto é algo que tem feito os cosmologistas coçar a cabeça. Em 14 bilhões de anos a luz pode viajar não mais que 14 bilhões de anos-luz (!). Então, como se produziu um Universo tão grande de uma forma tão rápida?

A melhor explicação que temos hoje é o misterioso processo chamado ‘inflação cósmica’. A idéia geral por trás disto é que pouco depois de seu nascimento, o Universo incrementou rapidamente seu tamanho por muitas ordens de magnitude em uma pequena fração de tempo, um instante cósmico.

Os cosmologistas adoram pensar sobre qual foi o gatilho que disparou a inflação universal. Resposta curta: nada se sabe na realidade, embora a especulação sobre isso continue firme e forte.

Um problema menos conhecido e explorado é ‘o que poderia haver detido a inflação’. Por que então o Cosmos não seguiu expandindo-se neste ritmo exponencial?

Uma das respostas mais curiosas é esta: que o Universo ainda está se expandindo e que vivemos em uma diminuta região de estabilidade, uma bolha cósmica em meio a uma gigantesca tormenta universal.

Obviamente, nossa bolha cósmica seria apenas uma entre outras incontáveis bolhas (E aí que entra a histórias da branas, já que pelos cálculos matemáticos da Teoria-M, o Universo não poderia ser esférico como pensávamos, embora visualizá-lo desse modo torna as coisas muito mais fáceis)

Os curiosos de plantão se questionaram como poderíamos ver alguma coisa além dessas uma destas “bolhas” se elas devem estar além da fronteira intransponível (para os nossos instrumentos de medição) do Universo visível? Nesse ponto que Anthony “Doido de Pedra” Aguirre entra!

Anthony Aguirre da Universidade de Califórnia em Santa Cruz e seu colega Matthew Johnson da Caltech revisaram este cenário proposto e dão uma resposta ousada no artigo publicado em 21 de setembro de 2009: “Um relatório de status a respeito da observabilidade das colisões de bolhas cósmicas”. Eles escreveram no abstract:

“Neste quadro de eterna inflação guiada por uma potência escalar de mínimos múltiplos, nosso Universo observável reside dentro de uma das diversas bolhas formadas pelas transições de um falso vácuo. Essas bolhas necessariamente colidem entre si, perturbando a homogeneidade e isotropia de nossa bolha interior e possivelmente levando a assinaturas detectáveis na porção observável de nossa bolha cósmica, potencialmente na radiação cósmica de fundo de microondas (CMB – Cosmic Microwave Background) ou outras sondagens de alta precisão. Isto constitui um teste direto experimental da teoria da eterna inflação e o cenário do vácuo da teoria das cordas. A forma simplificada de abordar esta possibilidade pode se resumir a responder 3 questões: O que acontece em uma colisão genérica em bolhas cósmicas? Quais são os efeitos observacionais que poderiam ser esperados? Como poderíamos observar tal colisão? Nesta revisão nós relatamos o progresso corrente em cada uma destas questões, melhoramos alguns dos resultados existentes e tentamos estabelecer direções para futuras pesquisas.”

Assim, os cientistas Aguirre e Johnson propõem que a única forma em que poderíamos ver provas da existência de outra bolha cósmica é se no passado remoto a outra bolha tivesse e colidido com o nosso Universo (bolha) no passado distante.

 Trata-se de uma idéia interessante, mas com alguns desafios. O principal problema é que na maior parte dos casos, as colisões entre os ‘universos-bolha’ destruiriam os tecidos de espaço-tempo de ambas as bolhas, assegurando assim que nós, como observadores cosmológicos, não poderíamos estar aqui para verificar tais conseqüências.

Entretanto, Aguirre e Johnson identificaram uma família possível de colisões cósmicas que poderiam preservar as três dimensões do espaço e uma temporal que necessitamos para nossa existência. Contudo, o que foi proposto não se parece tanto como uma colisão cósmica no sentido literal, o evento seria mais como um ‘golpe de raspão’ entre os ‘universos-bolha’.

Então, qual seria a conseqüência de tal ‘raspão cósmico’? Aguirre e Johnson dizem que a evidência de uma curvatura negativa do Universo seria compatível com a idéia de que vivemos em uma bolha cósmica enquanto que uma curvatura positiva descartaria esta hipótese.

Além disso, este choque cósmico haveria deixado sua marca na forma de várias facetas simétricas na radiação cósmica de fundo de microondas (CMB – Cosmic Microwave Background). Isto é algo que poderíamos ver nos dados de sondas espaciais como o novo e poderoso observatório Planck.

Tudo isto é deveras tentador. Contudo, o problema é que nada disso provaria de forma definitiva e inambígua a efetiva evidência de uma colisão. Dessa maneira, isto significa que nunca iríamos saber toda a verdade com absoluta certeza.

Mas os cosmologistas não desistem com facilidade, este é o tipo de especulação que eles amam.

Aguirre e Johnson finalizam com esta frase: “Com algo de sorte, o descobrimento de ‘outros universos’, um conceito que aparentemente surgiu da ficção científica, pode estar [próximo de nós] logo depois da nossa esquina!”


Bom… É melhor pararmos por aqui antes que alguém se machuque gravemente!

8. O Universo Perfeito

Saindo do contemporâneo e indo para os primórdios de nosso conhecimento, a Filosofia, Mãe da nossa atual Ciência, começou com questões assim, tal como “Do que é feito o Universo?” , através de Tales de Mileto e sua Metafísica de abordagem do Monismo. Apesar dos raciocínios muito impressionante, nenhum dos filósofos foi capaz de responder a questão “O que realmente é o Universo?”, que permanece inexplicada até os dias atuais.

Porém, entre as três principais cabeças da filosofia ocidental, surgiu uma explicação assas perturbadora do que poderia ser o Universo. Platão, em suas Teorias das Formas, sugere que a realidade em que vivemos é falsa e que a verdadeira “realidade” é o mundo das ideias – que seria perfeito – o que, trocando em miúdos, se aplicaria à todo o Universo também.

A idéia de que a realidade em que vivemos é na verdade uma “sombra” da verdadeira realidade é uma idéia que acompanha o homem há um bom tempo. Uma vertente da Kabballah  também aborda esse tema. Segundo ela, o Universo seria uma “espécie” de entretenimento e que todos nós, humanos, não humanos, Ets e companhia ltda vem para esse Universo para ter, digamos, um pouco de ação. A verdadeira realidade, segundo essa vertente da Kabbalah, seria perfeita, entretanto, nem mesmo a perfeição pode ser constante eternamente. Ela causa um grave sentimento de monotonia nos seres que habitavam esse plano e o resultado foi a criação desse Universo. E esses seres seriam nós! E nós criamos e criamos mecanismos para, ao entrar nesse plano, não sabermos mais nada, absolutamente nada, sobre a outra realidade – que seria a verdadeira – para que assim o sentimento de imersão seja completo. Mas como para todo sistema existe uma falha, mesmo quando esse é “perfeito”, alguém trouxe essa informação para esse plano, pois caso isso seja verdade, não haveria como eu estar escrevendo isso agora sem que o fundador dessa vertente não houve divulgado a idéia, logo, até mesmo o sistema criado por nós “perfeitos”, no Universo “perfeito”, terminou falhando de algum modo.

7. Universo Simulação

A idéia anterior vai de acordo com a idéia de Universo Simulação. Nós aqui do Ah Duvido já falamos bastante desse tema, por isso, não vou reescrever e sim, deixar alguns posts que falam sobre o tema para os interessados lerem, ok?

Seria o Universo um jogo de video Game? https://maringapost.com.br/ahduvido/seria-o-universo-um-jogo-de-video-game

Vault 112 e o Universo Simulação https://maringapost.com.br/ahduvido/vault-112-e-o-universo-simulacao

As 4 teorias sobre o que havia antes do Big Bang https://maringapost.com.br/ahduvido/as-4-teorias-sobre-o-que-havia-no-universo-antes-do-big-bang

6. Uma Prisão ENORME!

“A Vida é apenas um movimento dos membros”… Ah, como não lembrar da celebre frase de Thomas Hobbes nessas horas?! Esse polêmico filósofo escreveu no seu famoso livro intitulado Leviatã: ” O universo – isto é, massa total das coisas que existem – é corpóreo, isto quer dizer, tem corpo […] Cada um desses corpos tem comprimento, largura e profundidade e aquilo que não é corpo não é parte do Universo”. Hobbes era um fisicalista radical e provavelmente discordaria da idéia que iremos passar a seguir, todavia essa sua contribuição a filosofia determinou em conjunto com a contribuição de Descartes a Teoria desse item. Sente-se que a viagem agora é LONGA!

A Teoria de Prisão Universal, é uma teoria sem autor jogada na Internet. Ela liga vários pontos mas o eixo principal começa por uma briga entre duas civilizações T4 (se você não sabe o que é uma T4, clique aqui e leia). Civilizações T4 são por lógica imortais, onipotentes e fonte de um poder imensurável – do nosso ponto de vista seriam “deuses”. Acredita-se que, se existir uma civilização T4, em algum lugar, seja no Universo ou fora dele, essa seria única. Todas as demais evoluídas seriam, no máximo, T3. Aquelas que alcançassem o nível T4 teriam que automaticamente se assimilar à essa civilização T4, como se fossem absorvidas pela mesma. Para ficar mais claro, imaginem a História de Hércules. Hércules era um semi-deus mas depois que realizou os 12 trabalhos, virou um Deus. Sua raça, de semi-Deus, teve que se extinguir diante a evolução à divindade. De forma semelhança ocorreria entre os T3 e T4. Poderiam existir vários tipos de T3, mas apenas um de T4. Ok, mas afinal de contas, por que diabos eu estou batendo nessa tecla?!

Pois bem, o autor dessa teoria sugeriu o seguinte: e se existisse duas T4 e elas entrassem em conflito, de que forma (se é que isso pudesse ocorrer  já que tecnicamente teríamos um empate eterno ) uma prevaleceria pela outra e anularia a outra? Daí vem a idéia do Universo Corpóreo. Toda forma de vida teria que ser corpórea. Nós, por exemplo, somos preso aos nossos “filtros”. A realidade que vemos é a realidade que os nossos filtros ( nossos sentidos) permitem observar, porém, nada garante que eles não estejam nos enganando. Os instrumentos que criamos, criamos em cima do que observamos. Todo conhecimento que temos, foi construído em cima do que foi observado. Enfim, vira um ciclo vicioso que diz claramente que não podemos sair dessa esfera. E logo, uma prisão perfeita!

O autor prossegue falando sobre o ciclo da reencarnação citado em muitas religiões. Você nasce, morre, renasce, morre, renasce, morre… e assim continuaria pela eternidade! A Consciência passando de um corpo para outro e para outro e para outro…. a consciência em si, seria imortal. Agora perceba a viagem intergalática: você já viu uma civilização T4? Logicamente não! Um ser T4 pode ser parecido com um tijolo ou uma bicicleta, como você vai saber se nunca viu e nem se tem idéia de como é um T4? Logo, a nossa Consciência poderia ser um membro de uma civilização T4, preso nessa prisão imensa chamada por nós de Universo, completamente ignorante a respeito da sua natureza e da realidade falsa em que habita. Esse seria o único meio de uma civilização T4 prevalecer sobre outra: aprisionando em uma simulação prisão e excluindo/anulando/neutralizando por completo o conhecimento da civilização T4 subjugada da sua natureza, em um ciclo eterno, sem saída… quer dizer, quase sem saída. Entre nós, parece que alguém fugiu…. Siddhartha Gautama.

Veja que interessante: Buda através da meditação, descobriu a “Verdade”, quebrou a roda do Karma e alcançou o “Nirvana” (que significa “apagar-se”), fazendo com que os contínuos renascimentos terminassem. Depois de extinguir-se dessa realidade, a transcendência concedeu a Buda o poder de transformar a realidade de acordo com a sua vontade, tal como um T4 teoricamente pode fazer. Nada mais era impossível para Buda! Adotando a teoria desse item e supondo que Buda realmente tenha existido da forma que é descrita na História, podemos criar a hipótese que a Verdade seja descobrir qual é a nossa natureza (ou talvez como alcançar essa natureza) e as diretrizes que prendem a Consciência na realidade-prisão é tudo aquilo que gera Sofrimento. Amor é a principal forma de combate ao Sofrimento e é tudo o que a maioria das Religiões pregam. Seria esse o proposito de todos os Avatares que passaram por aqui queriam nos passar e nós não entendemos? Caraca mermão, esse raciocínio está ficando sinistro demais, vamos parar por aqui antes que eu me “apague”!

5. Um Ovo!

Sendo sincero com vocês, caros leitores, essa é, na minha opinião, a  idéia mais fascinante da lista e a única capaz de fazer com que o nosso senso de Justiça criado pelo Homem seja aplicado tal como uma lei Universal.

O idéia que o Universo é um Ovo vem de um mito Grego de uma antiga Religião Gnóstica. Atualmente ganhou a Internet através da Creepypasta “O Ovo” criada por Allan W. A idéia diz que o Universo, tudo que existe nele, tudo que acontece, é na realidade, um Ser, se preparando para nascer! Em resumo, o Universo seria o Ovo de um Deus!  Quando todos os eventos ocorrerem, tudo se realizar, do Big Bang ao Big Crunch, a onisciência, a onipotência e a onipresença serão alcançadas e assimiladas e então um Deus nasce! Desse modo, eu, você, e todo mundo que existe e ainda vai existir, desse planeta e do resto do Universo, somos um só! E não apenas isso: tudo que acontece, desde os fenômenos naturais até a mais complexa flutuação no horizonte de eventos de um buraco negro também é parte de nós e nós deles…. Pessoal creio que seja uma idéia de entender sem um exemplo, por isso vou deixar novamente a creepypasta do Ovo abaixo:

O OVO 

Você estava a caminho de casa quando morreu.

Foi um acidente de carro. Não foi nada particularmente memorável, mas ainda assim fatal. Você deixou uma mulher e duas crianças para trás. Foi uma morte indolor. Os paramédicos tentaram o melhor para salvá-lo, mas não havia jeito. Seu corpo estava tão estraçalhado que você estava melhor morto, confie em mim.

Foi então que me conheceu.

“O q…o quê aconteceu,” você perguntou “e onde estou?”

“Você morreu” respondi, dando os fatos. Não havia sentido em amenizar as coisas.

“Tinha um…caminhão e ele estava rabeando…”

“Sim”, eu disse.

“E-eu…morri?”

“Sim. Mas não se sinta mal com isso, afinal todo mundo morre.”

Você olhou em volta, e não havia nada além de nós dois. “O que é esse lugar,” você perguntou. “isso é a vida após a morte?”

“Mais ou menos”.

“Você é Deus?”

“Sim”, respondi, “Eu sou Deus”.

“Meus filhos…minha mulher…”

“O que tem eles?”

“Eles ficarão bem?”

“É isso que eu gosto de ver, você acabou de morrer e sua maior preocupação é a sua família. Isso é importante!”

Você me olhava fascinado. Para você, eu não parecia Deus, e sim algum homem… ou talvez uma mulher. Eu parecia uma figura vagamente autoritária, talvez um professor de gramática, nada como O Todo Poderoso.

“Não se preocupe, eles ficarão bem. Seus filhos se lembrarão de você como alguém perfeito em todos os sentidos. Eles não tiveram tempo de se decepcionar com você. Sua mulher chorará por fora, mas estará secretamente aliviada. Sendo justo, seu casamento estava desmoronando. E se serve de consolo, ela se sentirá culpada de tanto alívio.”

“Bom, e o quê acontece agora? Eu vou para o Céu ou para o Inferno?

“Nenhum dos dois, você vai reincarnar.”

“Ah, então os hindus tinham razão?”

“Todas as religiões estão certas da própria maneira” respondi.”Vamos caminhar”

Você me acompanhou enquanto seguíamos pelo vazio. “Onde estamos indo?”

“Nenhum lugar em particular, é que eu acho bom caminhar enquanto conversamos.”

“Então, qual é o sentido nisso, se quando eu renascer serei apenas um bebê, com tudo em branco. Todas as minhas experiências e conhecimento não valerão de nada.”

“Não é bem assim. Você tem dentro de si todo o conhecimento e experiências de todas as suas vidas anteriores. Só não lembra delas agora.”

Eu parei de andar e o tomei entre os ombros. “Sua alma é mais magnífica, bela e gigantesca do que você poderia sequer imaginar. Uma mente humana só pode conter uma fração ínfima de quem você é. É como colocar seu dedo num copo de água para saber se está quente ou fria. Você coloca uma pequena parte de você no mundo, e adquire a experiência que ela passa.”

“Você esteve nessa vida humana pelos últimos 48 anos, então você ainda não se situou a ponto de sentir o resto de sua imensa consciência. Se nós ficássemos por aqui tempo o bastante, você lembraria de tudo. Mas não teria sentido fazer isso entre cada reencarnação.”

“Quantas vezes eu já reincarnei?”

“Ah, muitas, muitas vezes! E muitos tipos diferentes de vidas. Na próxima, você será uma garota camponesa da China, no ano de 540 DC.”

“Ei, espera aí, você vai me mandar de volta no tempo?”

“Bom, tecnicamente sim, eu acho. Tempo, como você o conhece, existe apenas no seu Universo. As coisas são diferentes de onde eu venho.”

“De onde você vem…”

“Ah, sim, eu venho de um lugar. Um outro lugar. E há outros como eu. Eu sei que gostaria que eu lhe contasse como é lá, mas honestamente, você não entenderia.”

“Oh…Mas espera, se eu reincarnar em outros períodos de tempo, quer dizer que posso ter interagido comigo mesmo em algum momento!”

“Claro, isso acontece o tempo todo. Com ambas as vidas conscientes apenas de seu próprio período, você sequer imagina que isso está acontecendo.”

“Então, qual é a razão de tudo isso?!”

“Sério, você está realmente me perguntando qual é o sentido da vida? Isso não é meio típico demais?”

“Bem, é uma pergunta razoável.” Você tentou insistir.

Eu o olhei nos olhos. “O sentido da vida, a razão pela qual eu criei esse Universo, é para seu amadurecimento.”

“Você quer dizer a humanidade? Você nos quer mais maduros?”

“Não, apenas você. Eu fiz todo o Universo para você. Com cada vida, você cresce, amadurece e se torna um maior e mais completo intelecto.”

“Só eu? E quanto a todos os outros?”

“Não há mais ninguém, nesse universo estamos só você e eu.”

Você me olhava totalmente estupefato. “Mas e todas as pessoas da Terra…”

“Você. Todos eles são diferentes encarnações suas.”

“Espera, eu sou todo mundo?”

“Agora estamos chegando lá.” Eu disse com um tapinha congratulatório nas suas costas.

“Eu sou todos os humanos que já viveram?”

“E todos os que viverão, sim.”

“Eu fui Abraham Lincoln?”

“E John Wilkes Booth também.”

“Hitler?”

“E os milhões que ele matou.”

“Eu sou…Jesus?”

“E todos os que o seguiram.”

Nesse momento, você ficou em silêncio.

“Toda vez que você matou alguém, estava matando a si mesmo. Cada ato de bondade que cometeu, era também no seu próprio benefício. Cada momento de alegria ou tristeza que qualquer ser humano já teve ou terá, era seu.”

Você pensou por um longo tempo.

“Por quê fazer tudo isso?”

“Pois um dia, você será como eu. Porquê é o que você é. Você é da minha espécie. Você é meu filho.”

“Opa, opa! Quer dizer que eu sou um deus?”

“Não, ainda não. Você é um feto. Ainda está crescendo. Assim que viver todas as vidas humanas através do tempo, terá crescido o bastante para nascer.”

“Então, todo o Universo, e tudo que há nele…”

“Um ovo. E agora, é hora de você seguir em frente para sua próxima vida.”

E o coloquei a caminho.”

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Galerinha, vocês nem imagina o que vai aparecer na Parte 2, mas já antecipo que ela será publicada se eu conseguir encontrar um meio de expor as idéias sem ferir a crença de nenhuma pessoa. Talvez demore um pouco pois caso não consiga, vou ter que substituir esses itens e isso significa que terei que vasculhar a Internet. Mas, provavelmente, em breve A PARTE 2 DESSE POST.