Sociedade dos Valores Invertidos – 10 exemplos de valores invertidos que passamos a nova geração

29/11/2015

Buenas povo, tudo certo com vocês? Como já devem perceber, nunca fui uma pessoa muita satisfeita com a situação desse país. No entanto, pior que ver a atualidade e suas condições é ver o futuro, que se observarmos deverá ser ainda mais revoltante dado exemplos que estamos fixando nas mente dos pequerruchos. Vivemos em uma sociedade que, cada vez mais incentiva a fazer o que é moralmente errado! E se o exemplo é a melhor maneira de transmitir uma mensagem, podemos dizer que estamos muito mal das pernas.

Listei alguns itens que afetam diretamente o nosso pensamento coletivo e o direcionamento que passamos as nossas futuras gerações. Confira:

10. Estude! Mas quem ganha dinheiro é quem não faz isso!

Já dizia o economista Albert Schweitzer “Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.” Hoje temos uma política pública no Brasil, que tenta a todo pano, implantar a educação básica de qualidade. Contudo, o passo fundamental para o inicio dessa caminhada seria influenciar a nova geração a querer estudar. Essa deveria ser a premissa básica, visto que, não importa o quanto iremos investir, se não existir a vontade por parte daqueles que são alvo dessas ações não obteremos o sucesso. A motivação é sempre a chave de tudo: é por isso que treinamentos de lideranças vendem tanto atualmente!

A maioria de nós, quando lidamos com a frase “ser alguém na vida” associa com profissão e consequentemente com o salário dessa profissão. Ganhar dinheiro é, sem dúvida, o principal motivador para a maioria dos jovens adultos que adentram em uma Universidade ou em algum ofício. E é nesse ponto que chegamos ao “x” da questão: Como haver motivação para que a Educação cresça se todos os exemplos que visualizamos é de pessoas que ganham cada vez mais dinheiro sem nunca ter pisado em uma Universidade ou mesmo, completado o básico da Educação?

Jogadores de futebol, funkeiros, políticos,  enfim, os exemplos são muitos, de gente que não estuda, trabalha pouco e ganha muito. E a nossas crianças são submetidas a esta visão, de uma sociedade que recompensa o desleixo. É esse o exemplo pregado, seja na mídia, seja nas conversas em família, seja na escola. Lidamos todos os dias com essas informações, que brotam de todos os lados, dizendo que todo aquela corja está cada vez mais rica. Enquanto isso, o jovem recém formado que sai da Universidade ganha cada vez menos, tem menos oportunidades e não tem qualquer tipo de reconhecimento das empresas em que adentram.

Afinal, quando é que teremos uma sociedade que preza pela meritocracia?

9. Punição é para quem não tem poder!

A Justiça Brasileira nem sempre, melhor dizendo, na maioria das vezes, poderia ser chamada de “Justiça”. É casos e mais casos que servem para fazer um rodízio de pizzas de todos os sabores! A população, no geral, já percebeu isso, porém, como sempre permanece apática, sem reação, senão pelo fato de postar tudo que é lamúria nas rede sociais. Entretanto, algo que fica claro é que as leis brasileiras valem apenas para os desfavorecidos financeiramente. São absurdos em cima de absurdos que recebem absolvição independente do grau de comprovação dos fatos. Petrolão, Mensalão, Empreiteiras sacanas, super faturamento, todos os dias temos exemplos de podridão, de uma corrupção desenfreada que faz qualquer pessoa honesta desanimar.

Para piorar podemos ver o quanto a Justiça pode ser eficiente quando os delitos vem de pessoas menos favorecidas financeiramente. Nesses casos a Justiça é rápida e não falha. Cito dois casos que me chamaram bastante atenção nos últimos tempos: o do eletricista desempregado, Mário Ferreira, que para evitar que o filho morresse de fome decidiu roubar 7 kg de carne e terminou preso e da prostituta de Pouso Alegre que matou a golpe de facão o cliente que pediu para que ela e o próprio fizessem sexo com um bebê de 1 ano e 9 meses. No primeiro caso ainda tivemos o bom senso dos policiais que compadeceram do eletricista e pagaram a fiança e ainda fizeram uma campanha para ajudar o homem. Já no segundo caso, porém, não houve tanta sorte. Porém, esses dois casos são apenas uma pequena amostra dos inúmeros casos de como nossa “Justiça” é rápida quando, mesmo perante à casos como esse, em efetuar a prisão dos infratores quando esses não possuem contas secretas na Suíça.

8. Televisão comanda! 

Theodor Adorno, filósofo da área de Ética da Escola de Frankfurt, já dizia em seus escritos quando a Televisão era apenas um “bebê” que ela condenaria a sociedade à uma “erosão moral”, isso porque ao fazer a promoção da “cultura de massa” retira das pessoas a capacidade de escolher ou julgar de acordo com suas convicções, que por sua vez passam a julgar e escolher pelas convicções que lhe são repassadas.

Em um país onde a maior emissora do país chega em 96% do lares, podemos ver como a influência dessa mídia pode mudar a decisão popular. Em meios a protestos, vimos os protestantes serem chamados de “vândalos”, vimos jogos de futebol de uma tal “Copa America” vir a ser o único assunto em um país que estava fervendo na revolta, e por fim, claro, vimos a idéia vendida nos jornais de protestos “não adiantam”. A engenharia social funciona bem! Mas menos de dois anos após junho de 2013, lá estamos nós em 2015, com a TV dizendo “Ei, você tem que ir para rua protestar, nosso país está afundando!”. E o que é feito? Pessoas voltam as ruas!

Essa posição no jogo político que as emissoras de TV tomaram terminou fazendo com as mesmas jogassem o seu público a favor de seus interesses. Se a deixar o público rancoroso serve aos interesses, ok, vamos fazer isso, se não serve, desviamos a atenção e vendemos a ideologia que toda essa revolta é “bobagem”.

A persuasão midiática resulta no domínio completo do comportamento da população que possivelmente irá permanecer sob esse comando até que algum evento histórico totalmente anormal acontecer. E para nosso desgosto, nossas crianças estão cada vez mais sendo criadas pela TV. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, em 2011 mais de 56% das mulheres brasileiras que estavam no mercado do trabalho tinham filhos na segunda infância (2 à 7 anos de idade). Essas crianças geralmente são direcionadas a creches e ao acordar pela manhã não desfrutam mais do aconchego dos desenhos animados e sim, da mais variada seleção de programas que aborda os mais variados temas, muitas vezes impróprios para o horário, tal como o assunto abordado esses dias no programa das 11 da manhã de “como estimular o orgasmo feminino” ou “Ostentação dos traficantes do Rio”. É comum que creches, em maior parte as públicas, não tenham um acompanhamento diferenciado aos pequenos e tragam a TV como objeto principal para entretenimento infantil. Esse erro talvez custe caro para nosso futuro com adultos que pensam cada vez menos e que compram com muito mais facilidade qualquer idéia vendida pela TV.

7. Política para que?

Político tem uma função: representação. Ele é eleito com esse único propósito: representar aquele (ou a ideologia daquele) que o elegeu e buscar o bem comum para sociedade. Não é o que observamos hoje! Os políticos são eleitos para tratar interesses políticos e discutir e se digladiar  sobre atos que eles deveriam ter feito mas fizeram como desviar, roubar, fazer lobbys para empresas mesmo que isso prejudique o povo, entre outras atitudes que corruptas que geralmente o fazem! Trabalho, isso é quase imperceptível nessa profissão. Hora, um ou outro se destacam, mas esta cada vez mais difícil de encontrar exemplos de “bons políticos”.

O ruim desse cenário é que estamos acostumados a toda essa deterioração moral do nosso Estado de forma que vendemos a idéia a próxima geração de que nada pode ser feito, que é normal termos um sistema político “podre” e que nosso papel é “aceitar e reclamar” toda essa putrefação que exala da máquina pública. Trabalhamos 5 meses dos 12 meses do ano para alimentar o Poder Público que nos retorna com um lamaçal de enojar até mesmo o mais apoliticado dos brasileiros. E que atitude tomamos? Votamos nos mesmos pilantras! É uma lógica que não dá para entender senão pelo fato que o marketing desses políticos escolhe por nós. E se escolhe por nós, vai escolher por nossos filhos e neto, pode ter certeza.

6. Ser hetero é ruim!

Sua da opinião que a orientação sexual de um individuo cabe ao individuo. É um direito do cidadão escolher, sendo que nem o Estado, nem o povo, nem qualquer um que seja deveria interferir ou mesmo influenciar nessa escolha. Há muito tempo os homossexuais sofrem com o preconceito que partem da ignorância cultural que foi repassada pelas gerações anteriores e ainda é bastante presente na nossa atualidade. É um erro coletivo que algumas entidades e organizações vem buscando eliminar através de alguns programas de conscientização, tornando as pessoas mais tolerantes.

Todavia,  em contrapartida, existe uma tendência forte que fluem, em especial, do mundo da Moda de implantar a uma idéia que ao invés de acabar com o preconceito, vai aumentá-lo, porém, dessa vez para o lado que antes acusava. Esse fenômeno que vem ocorrendo e toma um espaço maior com o tempo entre os adolescentes está embasado na ideia de que “ser hétero é errado”. Começamos a perceber linhas de pensamentos que anteriormente diziam que é errado “ter preconceito com homossexuais” passando para “é errado ser hétero”.  Alguns subgrupos já surgiram dessa percepção, tal como os hetero g0ys , que são homens teriam comportamentos afeminados, beijam outros homens, até vão pouco mais além mas não concretizam atos sexuais com homens. Os hetero goys não aceitam serem chamados homossexuais, alegando “preconceito”, visto que alegam que só praticam o ato sexual com mulheres, o que torna tudo mais confuso.

Mas, sem dúvida, o mais preocupante de todas as vertentes que essa nova percepção sexual explora são os projetos leis que hora ou outra rodam o Congresso querem conceder privilégios a classes homossexuais potencializando o desequilíbrio do senso popular. Algumas PEC’s proposta pedem a mudança da Constituição dando ao poder à classe privilegiada de serem juiz da situação frente aquilo que ela julga discriminação. Exemplo, um homossexual que julga ser discriminado simplesmente poderia exigir a reclusão de 2 à 5 anos de cadeia daquele que acredita ser o discriminador, apenas com o poder da palavra, ou seja, não precisa apresentar provas complementares. Isso é preocupante mesmo porque, trazendo experiências pessoais ao blog, já tive funcionários homossexuais e, nesses casos, eles apresentavam um emocional bem abalado pelo preconceito que sofreram antes de adentrar no emprego e hora ou outra tinha que apartar conflitos internos por cismas dos mesmos que julgavam que o colega de trabalho estava sendo preconceituoso toda vez que colocavam eles em posições desconfortáveis, como por exemplo, mandá-los refazer um trabalho que tinha sido executado errado. Penso em que isso poderia resultar se essas pessoas que já estão com certa fragilidade perante esse assunto ganhar o poder de dar ordem de prisão à quem julguem estar sendo preconceituoso.

Vejo que a liberdade deve haver para os dois lados e cada um que escolha o que é melhor para si. Não podemos ser permissivos e aceitar que exista desequilíbrio em relação à escolha: volto a repetir, quem deve escolher é o individuo, sendo que não deve haver influencia ou interferência na mesma. Cada um tem liberdade de fazer o que acha melhor com a sua vida, desde que isso não afete a vida de outrem.

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