Quem são eles? Anonymous , os espartanos da Internet

20/01/2012

Quem são “os caras” por detrás do ataques contra o SOPA? Se você não os conhece, deve conhecer!

Anonymous (palavra de origem inglesa que em português significa anônimos) é um meme da Internet que se originou em 2003 no imageboard 4chan. Representa o conceito de muitos usuários de comunidades online existindo simultaneamente como um anárquico e digitalizado cérebro global. O termo Anonymous também é comum entre os membros de certas subculturas da Internet como sendo uma forma de se referir às ações de pessoas em um ambiente onde suas verdadeiras identidades são desconhecidas.

Na sua forma inicial, o conceito tem sido adotado por uma comunidade online descentralizada atuando de forma anônima, de maneira coordenada, geralmente em torno de um objetivo livremente combinado entre si e focado principalmente no entretenimento. A partir de 2008, o coletivo Anonymous ficou cada vez mais associado ao colaborativo e internacional hacktivismo, realizando protestos e outras ações, muitas vezes com o objetivo de promover a liberdade na Internet e a liberdade de expressão. Ações creditadas ao Anonymous são realizadas por indivíduos não identificados que atribuem o rótulo de “anônimos” a si mesmos.

Embora não necessariamente vinculado a uma única entidade online, muitos websites estão fortemente associados ao Anonymous. Isso inclui famosos imageboards, como 4chan e Futaba, sua wiki associada, Encyclopedia Dramatica, e vários fóruns de discussão. Após uma série de protestos controversos e amplamente divulgados e de ataques de negação de serviço (DDoS) feitos pelo Anonymous em 2008, incidentes ligados ao seu quadro de membros só têm aumentado. Pelas suas capacidades, o grupo Anonymous tem sido considerado pela CNN como sendo o sucessor do WikiLeaks.

Os Anonymous não são um grupo estruturado. Há um núcleo central de pessoas que normalmente incentiva os ataques, aos quais qualquer cibernauta se pode juntar, passando então a ser designado como Anonymous. Os vários ataques na história do movimento não são levados a cabo sempre pelas mesmas pessoas e o número de participantes varia.

Para tomar parte numa destas ações, basta usar um programa de computador que permite bombardear um site com múltiplos pedidos de acesso. Na sequência disso, o site torna-se lento a responder e pode ficar inacessível. Chamam-se ataques distribuídos de negação de serviço, são tão mais eficazes quanto mais pessoas participarem e não implicam perda ou roubo de dados. ( bom, na verdade essa é a forma mais comum usadas nos ataque, embora existam outras).

Nos últimos dias, os Anonymous se uniram novamente. Frente à nova ameaça que ronda a liberdade na Internet, o projeto de lei norte-americano SOPA, cujo o objetivo de censura fica evidente, os Anonymous decretaram: ou acabem com essa porra de projeto ou a Internet vai ver a fúria da “Legião”.

Com o encerramento do site de partilha de ficheiros MegaUpload e a prisão de seu fundador, o governo americano depositou a gota d’agua que já estava transbordando. Não demorou e o grupo Anonymous desencadeou “a maior resposta de sempre”.

Os primeiros alvos foram o próprio Departamento de Justiça norte-americano, bem como a RIAA e a MPAA, associações representativas das indústrias da música e do cinema, respectivamente. Justice.govriaa.com e mpaa.org são três dos sites que estavam, intermitentemente, fora do ar, por volta da meia-noite, tendo o grupo Anonymous reclamado a autoria dessas falhas através da conta no Twitter @YourAnonNews.

Uma hora mais tarde foi a vez do site da FBI. Os Anonymous cansaram de apenas ameaçar e entraram em ação. A resposta foi a altura e agora fica a escolha do Governo dos EUA: aprova o SOPA e vê a Internet desabar frente aos ataques Hackers ou foge com o rabinho entre as pernas e aprende que quem manda na Internet somos nós!

Nós somos anônimos
Nós somos uma legião
Nós não perdoamos
Nós não esquecemos
Nos aguarde.