Quem é o maior inovador de todos os tempos segundo os jovens americanos?

08/09/2012

Estamos acostumados à reclamar dos brasileiros e das suas escolhas no quesito “reconhecimento”. Há quem diga que essa nossa estupidez em escolher “jogadores de futebol” como heróis, entre outros absurdos que realizamos, é culpa da Educação precária. Eu discordo. Acredito que essa “idéia” vendida pela imprensa nada mais é do que um meio de “tentar tapar o buraco” de forma simples. A Educação é apenas um pilar da cultura popular e para nós atingirmos um nível de consciência maior, temos que transformar toda a cultura brasileira e isso não se resume somente em investir em Educação.

 Ano passado, uma das mais famosas e prestigiadas instituições educativas, O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, publicou uma pesquisa realizada com jovens americanos entre 16 aos 25 anos. O resultado impressionou até mesmo os pesquisadores que concluíram que os jovens atuais não sabem diferenciar um feito histórico de um feito passageiro, vivendo em imediatismo sem proporções, que atinge tudo do seu universo. A pesquisa que perguntou aos jovens “Qual o maior inovador de todos os tempos?” apresentou Thomas Edison e Steve Jobs encabeçando a lista.

Quem é o maior inovador de todos os tempos?

Escolher o “Grande Inovador de Todos os Tempos“, não é uma eleição qualquer, sobretudo entendendo que nos últimos 60 anos vivenciamos os maiores avanços de toda a história da humanidade  a nível tecnológico. Talvez, sobre esta premissa, a palavra de especialistas ou cidadãos comuns, mas de idades com maior nível de vivência sobre os avanços tecnológicos dos últimos tempos poderia ter contribuído em muito para um melhor panorama.

Por exemplo, Steve Jobs  – que era somente “um marketeiro” – pode ser um grande inovador perante a visão das geração da última década, mas convenhamos, um iPhone traz comodidade mas não muda a vida de ninguém.

Igualmente, surpreende que o número um dos inovadores tenha sido Thomas Edison, um sujeito com uma história de vida cheia de interrogações relacionadas a falta de caráter no tratamento com seus pares, o qual já sabemos – comprovadamente – que roubou boa parte das “suas” invenções.

A pesquisa chamada Índice de Invenção Lemelson-MIT 2012 (Lemelson é uma instituição que apoia aos jovens e financia projetos inovadores nos EUA), foi realizada entre 1.010 estadunidenses entre 16 e 25 anos, com o objetivo de identificar o maior inovador de todos os tempos pelo ponto de vista da juventude. Como podemos ver na imagem, o pódio foi ocupado por Thomas Edison com um acachapante 52%, seguido por Steve Jobs com um 24% e Alexander Graham Bell – outro inventor de caráter duvidoso – com 10%.

Mas o que surpreende mais ainda que o segundo posto de Jobs é o quarto de Mark Zuckerberg. Segundo o relatório da pesquisa, os jovens sentem que as redes sociais, em especial o Facebook, influenciou sua vida diária de tal forma que muitos asseguraram que não podiam imaginar sua vida sem um smartphone ou um tablet, mesmo que uma coisa não tenha obrigatoriamente nenhum relacionamento com a outra.

Estas pesquisas servem para mostrar um panorama da situação de quem deseja se converter em inovador nos âmbitos da tecnologia e ademais indica que 30% dos pesquisados asseguraram que sua qualidade educativa está aquém do desejado pois não tiveram ferramentas e preparação necessárias para entrar nos campos da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática, âmbitos que conduzem à inovação. E observe: estamos falando de estudantes americanos! Essa visão que eles apresentaram é mais um argumento que vai a favor da idéia que, nada muda se investirmos na Educação e não alterarmos nossa maneira de pensar coletiva. Nos EUA, o % do PIB investido na Educação é alto, um dos maiores do mundo e do que adianta se a cultura americana é toda centrada em Esportes e Celebridades? No final temos milhões de estudantes que tem a disposição o melhor sistema de Ensino do Mundo que não se interessam pelos estudos, pois quem é valorizado é quem prática Esportes. O interesse é muito mais necessário que o próprio investimento. O Brasil, um dos maiores importadores da cultura estadunidense, sofre do mesmo mal, entretanto, ainda temos o fardo da ausencia de investimento na Educação, que agrava ainda mais a Educação.

Para finalizar, gostaria que fizesse em essa pesquisa no Japão. No Japão, país que tem como base cultural a valorização da inteligência, o % do PIB investido não é tão alto quanto aquele dos EUA, em contrapartida, produz muito mais tecnologia e obtém mais inovação que a garotada do Tio Sam. O motivo é simples: os melhores alunos japoneses são exaltados, os piores, admoestado. A inteligência é sempre mais valorizada do que qualquer outro parâmetro de comparação social.

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