Qual a veracidade da Creepypasta?

08/02/2013

CREEPYPASTA

E aí garotada, tudo bem? Fazia um tempinho que eu não postava aqui no Blog, o Anderson que ficou atualizando essas ultimas semanas e provavelmente será assim até depois do carnaval. Mas hoje sobrou um tempinho e então decidi escrever sobre um assunto que anda sendo bastante debatido mas que ninguém parece conhecer: qual a veracidade das histórias da creepypasta?

Bom, para explicar isso temos que retornar ao ponto zero. E quando digo zero, estou me referindo não à origem da creepypasta e sim, ao inicio do impacto da Internet e o uso dela pelas massas, deixando de ser um artigo de luxo utilizado somente pelas classes A e B, lá para meados de 1993.

 Nos primórdios da nossa querida Web não existia mecanismos de buscas. Demorou um certo tempo até o primeiro aparecer, senão me falha a memória foi o Archie que não se tornou popular.  O primeiro motor de busca que realmente atingiu grande fatia dos internautas foi o Altavista, em 1996. Depois disso as pessoas se habituaram a usar os motores de busca e houve a separação entre Surface e Deep Web.

As páginas que não eram indexadas aos mecanismos de busca e que não podíamos acessar através dos navegadores normais se tornaram a profundeza da Internet. Entre 1998 à 2003 existiam muitos tópicos em fóruns, específicos para encontrar tudo que é bizarrice do lado escuro da Internet e trazer para Surface, contudo, nenhum ganhou tanta força quanto o subgênero lançado em um dos canais do 4chan.

O 4chan, um imageboard de 2003, virou febre entre os internautas mais nerds provavelmente por ter um estilo próprio: o completo caos, em meio ao anonimato. Tudo era publicado nos canais do 4chan, tudo que você pode imaginar. E foi em meio à desordem que a creepypasta surgiu.

Derivada da copypasta, a Creepy tinha como próposito inicial trazer as bizarrices escondidas na net para o canal do 4chan, entre elas, as principais seriam aquelas da DeepWeb. Assim, no inicio, a creepypasta era repleta de histórias reais, tanto que 3 guys and 1 Hammer era uma creepypasta, e outras tais como “Torturenet”, “Cannibal Cafe” e claro, Lolita Slave Toy (não, aquela versão que vocês viram nesse post, uma outra, mais extensa e com algumas imagens sinistra que atualmente você só encontra na DeepWeb) também fizeram muito sucesso. Como essas histórias foram repetidas à exaustão e as bizarrices chocantes e reais pararam de chegar com a frequência de antes, alguns usuários começaram a direcionar a Creepypasta para o lado mais “horror inventado”. Foi então que começaram a aparecer as histórias com caraterísticas de terror, sempre apoiadas no “baseadas em fatos reais” e isso justamente ocorreu porque os frequentadores do canal do 4chan estavam lá em busca de algo real e se percebessem que era fake, recusavam na hora. No fim, a creepypasta terminou por virar um meme de histórias de terror falsas que dizem ser verdades…. todavia, nem sempre foi assim. Na sua origem, boa parte das histórias eram reais, algumas tão pesadas que deixavam os internautas atormentados. Entretanto, como dito anteriormente, encontrar essas histórias reais e chocantes era um trabalho difícil e os usuários depois de muito repetir elas, começaram uma onda de inventar “lendas urbanas”. E nesse ponto a creepypasta perdeu a veracidade. Hora ou outra aparece algo real nos meios aonde as “creepys” atuam hoje, mas a maioria, diria uns 80% do que é publicado qualquer grau de veracidade.

Compreenderam? Quem é mais Old School da Interwebs e teve contato com a primeira etapa da Creepy deixa seu comentário aí.