Os segredos obscuros de Gandhi

19/01/2015

Seria Gandhi um homem “santo” e reconhecido apenas por suas excelentes ações que o fizeram um ícone internacional do século 20? Um dos fatos que se destacam dentre muitos, menciona Gandhi como um pacifista capaz de derrubar o império britânico na Índia, sem um único ato de violência. Por outro lado, algumas histórias têm revelado o lado obscuro deste bom homem, como por exemplo, o fato dele ser racista e um pervertido que amava dormir rodeado de mulheres nuas, sem contar o caso que tivera com um fisiculturista alemão.

Os segredos obscuros de Gandhi

“Eu sou um amante da minha própria liberdade e por isso eu não faria nada para restringir a sua. Eu simplesmente quero agradar a minha própria consciência, que é Deus.”

Estas e outras revelações foram mencionadas no livro – “Great Soul” [Grande Alma] -, escrito em 2011 pelo antigo editor-executivo do jornal “The New York Times”. O livro descreve as “carícias noturnas” com diversas adolescentes que habitavam consigo, incluindo uma das suas sobrinhas e sugere ainda que Mahatma Gandhi manteve um caso amoroso com um arquiteto e desportista alemão (judeu) chamado Hermann Kallenbach, que deixou a sua mulher em 1908 por causa do amante indiano.

Gandhi escreveu a Kallenbach explicando-lhe o quanto ele tinha ‘tomado conta’ do seu ‘corpo’. “Isto é escravatura com uma vingança”, indica o livro, citando Gandhi. A obra adianta ainda que os dois tinham nomes de código: “Upper House” para Gandhi e “Lower House” para Kallenbach. Gandhi teria obrigado Kallenbach a prometer que nunca tornaria a olhar com luxúria para outra mulher e ambos trocaram juras de amor eterno.

Outra revelação surpreendente é a de que Ghandi seria racista. Estando na África do Sul – onde trabalhou como advogado – o líder indiano terá dito: “Fomos mandados para uma prisão destinada a ‘kaffirs’ [pessoas de raça negra]. “Entendemos que não nos classifiquem como brancos, mas porem-nos ao mesmo nível dos nativos parece-me demasiado. Os ‘kaffirs’ não são civilizados”.

A crítica do “The Wall Street Journal” ao livro descreve este “novo” Gandhi como “um tarado sexual, politicamente incompetente, louco fanático, racista implacável e um incessante auto-propagandista, professando o seu amor pela Humanidade enquanto conceito mas desprezando as pessoas como indivíduos”.

Minha opinião

Há quem diga que algumas biografias tendem difamar ou aumentar detalhes daquele que está sendo biografado, mas será que sendo verdade, este lado obscuro de Gandhi poderia ofuscar o grande feito revolucionário que livrou os indianos dos ingleses sem uso da violência? Eu diria que não. É bem verdade que suas idéias não eram originais e já existiam muito antes dele, mas o que o diferencia das demais é que ele conseguiu usá-las com muita eficiência para livrar o seu povo do domínio inglês.

Se observamos alguns dos grandes homens da história encontraremos erros desprezíveis, mas isso não anulará de modo algum seus feitos históricos. É claro que não apoio e nem digo que os fins justificam os meios, mas creio que assim como todos nós temos nosso “telhado de vidro”, homens como Gandhi deixaram uma contribuição impar para a humanidade.