Os maiores cientistas Brasileiros

14/05/2012

Os maiores cientistas Brasileiros

Esse é o pessoal que merece o nosso reconhecimento e deveria merecer também o seu. São pessoas que fazem e trabalham em prol da sociedade e da evolução da Humanidade. Não, eles não são jogadores de futebol, não são músicos ou qualquer um outro que não fazem nada por ninguém. Eles são cientistas, uns dos melhores que tivemos.  Na verdade, são “Os maiores cientistas brasileiros” segundo a excelente lista elaborada pelo Blog Cientista Maluko.

Adolpho Lutz (1855-1940) – Médico clínico, sanitarista, microbiologista, e pesquisador, foi o criador da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Foi o responsável pela identificação dos principais agentes transmissores da malária. Identificou também o mosquito transmissor do vírus causador da febre amarela, o Aedes aegypti.  Além de trabalhos pioneiros sobre doenças epidêmicas e endêmicas que assolavam o Brasil, como a cólera, febre amarela, febre tifoide e malária, destacou-se em pesquisas sobre a lepra e a ancilostomíase.
Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (1878-1934) – Foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista, que trabalhou como clínico e pesquisador. Destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanossoma cruzi e a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. Ele foi o primeiro e o único cientista na história da medicina a descrever completamente uma doença infecciosa: o patógeno, o vetor, os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia.  Teve quatro indicações ao Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1921. Ele foi o primeiro brasileiro a obter o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 1921. Teve quatro indicações ao Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1921. Ele foi o primeiro brasileiro a obter o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 1921.
 
Cesare Mansueto Giulio Lattes (1924-2005) – Um dos mais famosos cientistas brasileiros de todos os tempos, Cesar Lattes revolucionou o estudo da física no país. Pesquisador que confirmou a existência da partícula conhecida como méson pi. Também foi um líder científico dos físicos brasileiros e foi uma das principais personalidades por trás da criação de várias instituições importantes, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). É um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia of Science and Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do histórico artigo da Nature, descrevendo o méson pi, Cecil Powell foi o único agraciado com o Prêmio Nobel de Física em 1950, pelo “seu desenvolvimento de um método fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao descobrimento dos mésons”. A razão para esta aparente negligência é que a política do Comitê do Nobel até 1960 era dar o prêmio somente para o líder do grupo de pesquisa. Lattes, no entanto, nunca foi contemplado. No museu de Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, há uma carta em que está escrito “Por que César Lattes não ganhou o Prêmio Nobel – abrir 50 anos depois da minha morte”. Como Bohr morreu em 1962, somente em 2012 saberemos a resposta do enigma.
 
Crodowaldo Pavan (1929-2009) – Crodowaldo Pavan foi um biólogo e geneticista brasileiro. Foi presidente do CNPq de 1986 a 1990. Foi professor-emérito da Universidade de São Paulo. A principal contribuição científica de Pavan foi baseada no estudo das larvas de uma mosca chamada Rhynchosciara angelae. Suas pesquisas revelaram um processo chamado amplificação gênica de cromossomos politênicos (gigantes), pelo qual partes dos cromossosmos “inflam” por causa da duplicação de trechos de DNA. Sua especialidade era genética de populações e celular.
 Henrique Morize (1860-1930) – foi engenheiro industrial, geógrafo e engenheiro civil francês, naturalizado brasileiro. Trabalhou também como astrônomo. Defendeu tese sobre os raios catódicos e de Roentgen, fazendo a primeira descrição de corpos opacos no interior de um organismo vivo, com o uso do raio X, o que talvez tenha sido a primeira pesquisa experimental, dentro do contexto da Física Moderna, realizada no Brasil.

Johanna Döbereiner (1924- 2000) – Naturalizada brasileira, formou-se em Engenharia Agronômica em 1950 pela Universidade de Munique e poucos meses depois foi para o Brasil, onde foi contratada pelo então Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícola, atual Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia da Embrapa (RJ). É uma das cientistas brasileiras mais citadas pela comunidade científica mundial. Suas pesquisas, fundamentais para que o Brasil desenvolvesse o Proálcool e se tornasse o segundo produtor mundial de soja, poupam ao país um gasto anual próximo a 1,5 bilhões de dólares e tiveram impacto direto na economia nacional. Seu trabalho com fixação biológica do nitrogênio permitiu que milhares de pessoas consumissem alimentos mais baratos e saudáveis, o que lhe valeu a indicação ao Nobel da paz em 1997. No entanto, a cientista é praticamente desconhecida no Brasil. Tal tecnologia faz com que o Brasil tenha o menor custo de produção de soja do mundo, se estabelecendo como um dos maiores produtores.
Josué de Castro (1908-1973) – Foi um influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor, ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome. Destacou-se no cenário brasileiro e internacional, não só pelos seus trabalhos ecológicos sobre o problema da fome no mundo, mas também no plano político em vários organismos internacionais. Ao escrever, em 1946, o festejado livro “Geografia da Fome” afirmava que a fome não era um problema natural, isto é, não dependia nem era resultado dos fatos da natureza, ao contrário, era fruto de ações dos homens, de suas opções, da condução econômica que davam a seus paises.
Leopoldo Nachbin (1922-1993) – Matemático brasileiro, conhecido pelo teorema de Nachbin. Foi um dos fundadores do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), ao lado de Maurício Peixoto e Lélio Gama. Foi membro da Academia Brasileira de Ciências, membro da Academia de Ciências de Lisboa, membro correspondente da Real Academia de Ciências de Madrid, membro da Academia Nacional de Ciencias Exactas, Físicas y  Naturales da Argentina, Doutor Honoris Causa da UFPE. Foi um dos fundadores do IMPA e do CBPF, instituições onde foi pesquisador. Foi o primeiro matemático a vencer o Prêmio Moinho Santista de Matemática, bem como o primeiro matemático a vencer o prêmio Bernardo Alberto Houssay para as Ciências Exatas da OEA. Foi professor visitante na Princeton University, na California University, na Brandeis University, na Faculté des Sciences de Paris, na University of Newcastle, na University of Rochester, na Chicago University e na Rutgers University. Participou da organização de vários Colóquios Brasileiros de Matemática.
 

Maurício Oscar da Rocha e Silva (1910-1983) – Médico, farmacêutico e químico brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, que ficou conhecido como um dos mais brilhantes cientistas do país pela descoberta de uma potente substância vasodilatadora denominada bradicinina. A descoberta foi um marco na área da biologia básica e desencadeou uma vasta lista de pesquisas correlatas e representou uma melhora radical na expectativa e na qualidade de vida dos hipertensos. Paralelamente envolveu-se intensamente na campanha pela criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC. No exterior, Rocha e Silva pesquisou a histamina, utilizada em medicamentos cardiovasculares.

Mário Schenberg (1914 – 1990) – Físico, político e crítico de arte brasileiro. Publicou trabalhos nas áreas de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica estatística, relatividade, astrofísica e matemática. Trabalhou com José Leite Lopes e César Lattes e foi assistente do físico ucraniano naturalizado italiano Gleb Wataghin. Colaborou com o físico russo naturalizado americano George Gamow e com o astrofísico indiano Subrahmanyan Chandrasekhar. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Físicade 1979 a 1981. Junto com o físico indiano Subrahmanyan Chandrasekhar, Schenberg descobriu e publicou em 1942 o limite Schenberg-Chandrasekhar, o qual consiste na massa máxima que o interior de uma estrela pode suportar sobre as camadas de sobreposição contra um colapso gravitacional, uma vez que o centro de hidrogênio é exaurido.
Oswaldo Cruz (18721917) – Cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente. Fundador da medicina experimental brasileira e que obteve reconhecimento mundial como sanitarista pelo fato de ter conseguido erradicar as febres amarela e bubônica e a varíola na então capital federal, Rio de Janeiro, durante o governo de Rodrigues Alves.
 
Alberto Santos Dumont (18731932) – Aeronauta, esportista e inventor brasileiro, é considerado por muitos brasileiros, como o inventor do dirigível, do avião e do ultraleve. Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch em 1901, quando em um voo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX. Com a vitória no Prêmio Deutsch, ele também foi, portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares. Santos Dumont também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina. Apesar de os brasileiros considerarem Santos Dumont como o responsável pelo primeiro voo num avião, na maior parte do mundo o crédito à invenção do avião é dado aos irmãos Wright. Uma excepção é a França, onde o crédito é dado a Clément Ader.
Vital Brazil (1864-1950) – Médico, herpetólogo e higienista brasileiro, foi um dos maiores nomes da história da pesquisa médica no Brasil e o descobridor do soro antiofídico. Preparou os primeiros soros comprovadamente eficazes contra os venenos dos Crotalus e das cobras do gênero Bothrops, no Instituto Bacteriológico de São Paulo. Foi diretor do Instituto Soroterápico, que mais tarde originaria o Instituto Butantã. Criou um centro de pesquisas biológicas em Niterói – o Instituto Vital Brazil. Ficou conhecido como Dr. Brazil pela sua dedicação à saúde pública e pelo seu entusiasmo pelos estudos experimentais.

Além destes Cientistas, não podemos deixar de fora desta lista:

Anísio Spínola Teixeira (1900-1971)
Manoel Amoroso Costa (1885-1928)

Aristides Azevedo Pacheco Leão (1914-1993)
Carlos Chagas Filho (1910-2000)
Celso Monteiro Furtado (1920-2004)
Luís da Câmara Cascudo (1898-1986)
Darcy Ribeiro (1922-1997)
Djalma Guimarães (1894-1973)
Fernando Lobo (1913-2001)
Florestan Fernandes (1920-1995)
Fritz Feigl (1891-1971)
Fritz Muller (1822-1897)
Graziela Maciel Barroso (1912-2003)
Gilberto Freyre (1900-1987)
José Bonifácio de Andrade e Silva (1763-1838)
José Leite Lopes (1918-2006)
João Barbosa Rodrigues (1842-1909)
Milton Santos (1926-2001)
Nise da Silveira (1905-1999)
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997)
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982)