O que você acha da política de planejamento familiar?

30/10/2014

Enquanto fechamos os olhos por 10 segundos, 27 pessoas nascem no mundo! Vemos nos dias de hoje o mundo enfrentar crises e mais crises, e alguns países crescem assustadoramente a cada ano que se passa! Alguns governos já aplicam a política de planejamento familiar, mas o problema ainda parece estar longe de ser resolvido!

O problema da superpopulação é um tema que ultrapassa as inter-relações humanas, as diferenças sociais e econômicas, as posturas religiosas, ideológicas e políticas; vai para além da educação, da arte e toda manifestação cultural do ser humano.

O que você acha da política de planejamento familiar?

Este tema está vinculado estritamente no nosso lugar no planeta, na nossa capacidade para sobreviver como espécie ou de extinguir por causa da falta de consciência, do pobre uso da razão e de não sabermos como estabelecer nossas prioridades. O problema é simples: a superpopulação destrói o mundo, e nós perecemos com ele.

Atualmente, podemos perceber que são poucos os que tem coragem para criticar a superpopulação  como o problema que realmente representa, talvez por temor a atentar contra o direito natural do ser humano a existir. Mas se as pessoas não pararem de se reproduzirem como coelhos em breve não haverá mais seres humanos que lutem a favor de seus direitos.

John Feeney, especialista em temas ambientais, manifestou que as soluções não emanam do silêncio. Já passou da hora de centrarmos a discussão pública na superpopulação.

Um problema do presente

No começo, a Terra precisou de 2,5 milhões de anos, desde o aparecimento do ser humano até 1820, para criar 1 bilhão de pessoas. No entanto, nos dois últimos séculos, o ser humano ultrapassou este curso natural ao redor de cinco vezes, superando os 7 bilhões.

Outra referência são os dados que mostram que entre o ano 8.000 a.C. e 1750 de nossa era, a população teve um incremento médio de 67 mil pessoas por ano; atualmente este mesmo aumento acontece a cada sete horas. Isto é, em uma semana aumentamos o que antes levávamos 24 anos.

Desta maneira, calcula-se que se não adotarmos medidas rigorosas, radicais e fortes, mediante leis e decretos apropriados para frear o problema da superpopulação, esta quase se duplicará no curso dos próximos 50 anos. Em 2060, a população mundial deve chegar aos 11 bilhões de pessoas.

Não obstante, este aumento populacional não se registra do mesmo modo em todos os países. Sabe-se, que nas nações subdesenvolvidas a população duplica a cada 20 anos. Sem ter o que fazer a população faz filhos.

Por outro lado, muitos países desenvolvidos mostram números da natalidade negativa. Igualmente os países desenvolvidos apresentam uma população geralmente adulta, diferente dos países subdesenvolvidos onde a população predominante é jovem.

Causas da superpopulação

Esta explosão demográfica deve-se a vários fatores, entre eles está o aumento da expectativa de vida. Do mesmo modo, a diminuição da mortalidade infantil, graças aos avanços médicos, tecnológicos e a melhores condições de vida.

O avanço da ciência conseguiu aumentar a média de vida das pessoas, se levarmos em conta que muitos estudos prognosticam que o ser humano poderá viver uma média entre 200 e 300 anos, que futuro nos espera se não solucionarmos a superpopulação?
Outro causador do aumento constante de seres humanos é a desinformação por parte das autoridades de diversas nações. Uma população não instruída e desinformada sobre os inconvenientes que implica a superpopulação, não poderá assumir responsabilidades e atuar frente a este problema.

Do mesmo modo, podemos incluir nesta categoria as posturas radicais e dogmáticas como a assumida pela Igreja Católica, que tem mostrado sua negativa em frente à utilização de qualquer método anticoncepcional.

São célebres as declarações recentes do Papa Francisco convidando as pessoas a fazer filhos em vez de criar animais de estimação. Um homem merecedor de tantos elogios como Bergoglio, igualmente merece a crítica de irresponsável e inconsciente por pregar a natalidade nestes dias de desencadeado crescimento populacional, fomes e recursos cada vez mais escassos.

Problemas

O aumento acelerado da população origina maior demanda de cidades e a expansão dos assentamentos humanos. Devido a isso, a cada ano desaparecem 16 milhões de hectares de matas, propiciando a destruição dos habitats naturais de muitas espécies, as quais são obrigadas a se deslocar a lugares inóspitos, onde os animais nativos se extinguirão em massa.

Isto levou a que na atualidade a média de extinção de uma espécie seja 10 mil vezes mais rápida do que acontece naturalmente.

Também calcula-se que as necessidades de água aumentarão em 20% no ano 2025, podendo gerar conflitos para a obtenção deste recurso, que já é bem escasso em alguns lugares do mundo.

Ademais aumentas o número de doenças associadas aos dejetos orgânicos, causados pela superpopulação de pessoas.

Podemos dizer que da superpopulação provem todos os males que tornam indigna a vida humana, destroem lentamente toda a existência. O ser humano segue produzindo extinções, destruições, exterminações, explorações e aniquilações que jamais poderão ser retificadas.

Desgraçadamente, a superpopulação está no centro das causas da superexploração dos recursos naturais, deficiência de serviços, aumento do desemprego, pobreza e contaminação ambiental, com o nefasto resultado do aquecimento global.

A vigência de Malthus

O panorama é desolador. Se atuássemos agora mesmo, tomando medidas como informação, conscientização e a prática de um estrito controle mundial de natalidade, precisaríamos ao redor de 100 anos para que a população mundial diminuísse.

O problema foi prognosticado em 1798 por um pastor anglicano chamado Thomas Robert Malthus, e junto ao problema propôs a solução. Em um revolucionário e vigente livro, intitulado “Ensaio sobre o princípio da população”, Malthus sustentava que a capacidade de crescimento da população é infinitamente maior que a capacidade da terra para produzir alimentos. Desta maneira esgrimiu a famosa frase:

– “A população cresce de forma geométrica enquanto os alimentos crescem de maneira aritmética”. Isto é, se somos 10 pessoas, a próxima geração seremos 20, depois 40, 80, 160, e assim sucessivamente. Pelo contrário, a produção de alimentos aumenta aritmeticamente, isto é se temos 10, a próxima geração terá 20, depois 30, 40, 50, e assim sucessivamente. Isto prognosticava, um tempo em que a população séria transbordante, e os alimentos se converteriam em um bem insuficiente.

Sua teoria não perdeu vigência, e poderíamos dizer que Malthus foi um profeta ignorado. No entanto, os atuais movimentos ecológicos e muitos cientistas que reclamam solução à explosão demográfica, sabem que esta sempre esteve aí. Devemos deter o mais cedo possível a natalidade, caso contrário precipitamos-nos em um mundo incerto, mas com nefastas possibilidades.

Há mesmo quem diga que já não há mais nada a fazer, a não ser relaxar e curtir o que nos resta. Essa é a opinião do cientista James Lovelock, que acha que a Terra é um organismo vivo, que sabe se defender do ataque de parasitas. E, neste momento, os parasitas somos nós e lgo seremos eliminados:

– “É muito tarde. Talvez se tivéssemos tomado diferentes decisões lá no passado, teria ajudado. Mas agora já não temos tempo.”

Não obstante Malthus sustentava três medidas a fim de reduzir o iminente perigo em que se converteria a superpopulação. O pastor sustentava, que devemos frear impulso natural de procriar, de três formas: preventiva, própria da consciência moral dos indivíduos, e finalmente de maneira repressiva. Resta ao ser humano escolher. Naturalmente o pastor optava pela contenção moral.

O Fundo de População das Nações Unidas (Unfra), têm uma meta longe de ser alcançada para o ano que vem: conseguir que todos os governos do mundo garantam aos casais acessos aos métodos de planejamento familiar, pois existem estimativas que a cada ano 250 milhões de mulheres ficam grávidas por não ter acesso e orientação de métodos de planejamento.

O problema está sobre a mesa, e junto a ele a solução; corresponde aos governos informar e à população agir. Esta é uma reflexão às portas do Dia Mundial da População, instituído em 1989, em 11 de julho, com o fim de criar consciência na humanidade de que um mundo com excesso de habitantes vai nos encaminhar à extinção.

Vocês devem se lembrar do pesquisador japonês Mitsyuki Ikeda, que desenvolveu um método de transformar produtos derivados de dejetos humanos em carne artificial. Com muito otimismo Ikeda acredita que o alimento produzido em laboratório, menos calórico em sua composição de 63% de proteína, 25% de carboidratos, 3% de lipídios e 9% de minerais, poderia ser a solução da fome no mundo. Será que teremos tanta merda assim?

Via Metamorfose Digital