5 pensamentos sobre o que realmente sabemos dos extraterrestres

28/10/2012

Em tempos de Internet, o que mais observamos são os “cientistas de google” dando palpite em tudo que é assunto. Todo mundo sabe tudo …. depois daquela busca rápida! Ou melhor, acha que sabe.

Entre esses temas que geralmente são debatidos na Internet, um dos que mais me chama atenção pelo grau de conhecimento apresentado pelos debatedores, embora na verdade, nenhum deles tenha qualquer fonte de informação senão a sua própria imaginação e convicções são as discussões sobre extraterrestres.

Esse post vai contra-corrente do que é publicado na Internet. Já digo, tudo que é dito aqui será baseado em probabilidades, nada é certeza mesmo porque é impossível para esse que vós fala, descrever com certa precisão espécies de outros planetas e você já vai entender o porquê no primeiro item.

Confira os 5 pensamentos sobre o que realmente sabemos dos extraterrestres:

6. Como é um extraterrestre?

Descreve-me um slogougan’s. Você não sabe descrever, não é? E por que não sabe? Sua mente busca informações e não vem nada, talvez porque nunca tenha visto um slogougan’s! Pergunto: Quantas vezes você viu um extraterrestre? Eu nunca vi um! Se me perguntasse como é um extraterrestre simplesmente diria que ele é “parecido com uma coisa” pois resposta mais vaga que essa não existe e é o mais próximo do meu conhecimento sobre qualquer outra espécie que habite outro planeta.

Há um erro comum da maioria da população em descrever extraterrestre em cima do famoso estereótipo “Gray”, devido aquele controverso vídeo da autopsia. Os extraterrestres podem ser de fato os Gray’s? Podem, como também não podem. Como eu nunca vi um extraterrestre, não posso afirmar nada. E fora isso, temos que lidar com a possibilidade de existir mais de uma espécie de extraterrestre inteligente pelo universo, logo, os Grays seriam apenas um exemplar e não os únicos representantes da classe.

Desde anos 60 existiu uma linha de raciocínio que foi adotada pela  maioria dos interessados no tema de que os extraterrestres seriam semelhantes à nós. Mas até aonde isso é verdade? Os extraterrestre podem parecer com um bloco de concreto … ou sei lá, um polvo. Podem ser feito de silício ou de algum elemento químico que forma cadeia e que não conhecemos e que só existe no planeta deles.

Leve-me ao seu líder!

Nós, humanos, sabemos pouco sobre como a vida se comporta, uma das poucas certeza que temos é que ela sempre acha um jeito de surgir. Antes de 2010 afirmávamos que a única base estrutural possível era uma combinação de seis elementos químicos: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P) e enxofre (S) ( existia ainda a possibilidade do uso do silício em certas combinações, por também ser um formador de cadeias). Então uma equipe da Universidade do Arizona descobriu bactérias que tem arsênio em sua formação, composto considerado altamente tóxico à formação de vida.

Desse modo, um extraterrestre pode ser parecido com “qualquer coisa”. Lembro-me do filme MIB, quando o personagem do Will Smith tem que entrar em contato com um extraterrestre que ele não sabe quem é e por isso, termina por optar em conversar com um sujeito bastante estranho … é nesse momento que ele descobre que o extraterrestre é o cachorro dele.

“Em um universo perfeito, todos os alienígenas são fêmeas parecidas com Pornstars … e em um universo ultra-perfeito os extraterrestres são fêmeas parecidas com Pornstars e se vestem de colegiais.”   Stephen Hawking

5. Eles podem existir…ou não?

Diga-me, até que ponto vai o seu egocentrismo? A probabilidade de existir outra espécie inteligente no universo é de uns 99% – digo isso mesmo que nunca tenha visto qualquer extraterrestre. Por quê? Bem, vejamos: o universo visível tem 14 bilhões de parsecs (46 bilhões de anos-luz) em qualquer direção. Grande, não? Mas calma, esse ainda não é o tamanho do universo. A realidade é que não sabemos o tamanho real do universo, sabemos apenas o tamanho do universo visível por nós, o que não significa que não exista nada além desse limite. Há grupos de cientistas que defendem que pelo tempo estimado de vida do universo ele tenha atualmente 24 Gigaparsecs! Sério, siga meu conselho, mesmo a nossa imaginação não consegue ter uma visão aproximada dessa imensidão.

E você achando que era o centro do universo, não é?

O universo é tão grande, tão grande que depois de certos limites é muito provável que todas as configurações já tenham sido feitas e refeitas pelo caos e, dessa forma, existe até a possibilidade de que, em algum momento, ele comece a repetir-se, o que significa que não existe apenas um planeta Terra e sim, vários planetas Terras. Contudo, o que é mais convincente é que mesmo que as condições para que a vida apareça em um planeta tal como apareceu no nosso sejam reduzidas pelo grau de parâmetros que devem ser estabelecidos, ainda assim, se considerarmos o tamanho do universo,  ela é extremamente grande! Ou seja, existem por aí, alguns trilhões de planetas nas mesmas condições da Terra.

O problema é achar um exemplar desse no meio de tantas estrelas e galáxias…. pior ainda é achar um desses exemplares com vida inteligente e detectar a vida por lá. E esse problema se estende a nós. Do mesmo modo que é difícil para nossa tecnologia atual encontrar um planeta nas mesmas condições que a Terra ou vida inteligente fora da Terra, seria difícil para outra espécie encontrar nós aqui nesse mar de galáxias, dependendo da tecnologia deles – vai que eles desenvolveram um rastreador de vida inteligente, não é?

Se bem que Inteligência foi um conceito criado por nós … por exemplo, uma espécie que já tenha dominado o tempo, a imortalidade, a viagem espacial, a exploração de energia de toda uma galáxia e seja constituída por pura energia, certamente terá um conceito de Inteligência muito diferente do nosso… talvez o ponto de vista deles sobre nós seja o mesmo que nós temos dos demais animais que habitam esse planeta.

Conclusão, considerando as probabilidades matemáticas, é muito provável que existam outras espécies “inteligentes” no Universo e pouco provável que alguma delas tenha encontrado esse planeta ou tentado entrar em contato conosco.

Obs:. E essa hipotese nem considera o universo como um multiverso porque nesse caso as probabilidades seriam multiplicadas umas heptazilharesec * 10 ^56 de vezes!

 4. ETs éticos e o escambau

Algo interessante do ser humano é que ele sempre usa o próprio humano para descrever entidades que ele desconhece. Se ele descreve, por exemplo, um Deus, ele usa facetas humanas. Facetas humanas sempre estão presentes nesses entes que desconhecemos a existência. Em relação aos extraterrestres não seria diferente. “Nossos extraterrestres” fictícios tem muito mais de humanos do que deveriam ter. É por isso que os contos de Lovecraft são os mais sensatos entre a ficção que envolve alienígenas.

Lovecraft descrevia seus extraterrestres de uma forma perversa e maligna, entretanto, deixava claro que perverso e maligno é unicamente o nosso ponto de vista interpretando a situação. Não podemos aplicar os padrões humanos construídos pelas civilizações humanas no decorrer da História como fator julgador de uma espécie alienígena. Ética, valores morais, solidariedade, amor, tristeza, enfim, sentimentos e regras que compõe a sociedade foram feitos por nós, humanos, não são uma lei universal. Ilustrando a afirmação anterior, pode ser que existam seres por aí que exterminam outras espécies apenas porque podem fazer isso e acham divertido, já que durante a História deles não foi desenvolvido qualquer senso de piedade, ética ou amor.

3. Invasão alienígena

Uma das ideias mais ridículas abordadas pelo os cineastas é a ideia de que nossa tecnologia militar poderia surtir efeito ou causar algum dano contra invasores de outros mundos. Isso é ridículo.

Veja, há 500 anos atrás os espanhóis chegaram as Amerícas e conseguiram derrotar apenas com 300 míseros homens o Império Asteca e tribos indígenas, os quais possuíam soldados na casa das dezenas de milhares. Em termos de tempo, a tecnologia dos espanhóis era apenas alguns séculos mais avançadas.

Vejamos então por este exemplo. O sistema solar mais próximo da Terra é Alpha Centauri que fica há cerca de 4,2 anos luz da terra. Ou seja, para chegar lá na velocidade da luz (300.000 km/s) levaria 132.541.920 segundos. Respectivamente, cerca de 4 anos e alguns meses no vácuo. Isso é uma velocidade extremamente rápida, pelo menos em nosso sistema solar. Podendo dar mais de 20 voltas na terra em menos 1 segundo e chegar a Plutão em 9 horas.

Esse incrível patamar de velocidade para nós é , do ponto de vista do universo, uma velocidade de lesma pré-histórica. Então para chegar na Terra seria necessário uma fonte de energia absurda, uma tecnologia absurda, capaz de chegar a velocidades que ultrapassem a velocidade limite conhecida por nós ou que criem o efeito de tunelamento. Resumindo: isso faria da tecnologia alienígena milhares de anos se não centenas de milhares de anos superiores a nossa.

Excetuando a possibilidade de que essa espécie tenha se desenvolvido longe de qualquer  forma de conflito e tenha desenvolvido apenas tecnologias pacificas, seria lógico afirmar que sua tecnologia militar seria superior. Armas de plasma, anti-matéria, anti-gravitacionais, armas de calor, de frequências destruidoras de matéria, entre outras, destruiriam cidades em segundos.

Também é bom ressaltar que os interesses alienígenas em nossa espécie tendem, na maioria dos casos, a nossa completa destruição. Por que eles haveriam de ter interesses em nós? Se tratarmos em probabilidades, a maior delas com toda certeza é os recursos… que podem ser do nosso planeta ou alimentício, no nosso caso – um humano bem passado ao raio laser com cogumelos da segunda lua de Timerius V deve ficar excepcional.

Precisamos ainda considerar a possibilidade dos extraterrestres serem mestre militares, nesse caso, é bastante provável que eles sequer apareçam por aqui. Eles mandariam máquinas que destruiriam tudo e já era para todos nós.

2. O sentido da vida é …. 42!

Existe a possibilidade de espécies extraterrestres ter descoberto qual é o sentido da vida e isso pode ser absolutamente bizarro … ou não. Nós, seres humanos e nosso estágio atual de evolução, não fazemos a mínima ideia de qual o sentido da vida e é isso que gera tanta confusão…. ficamos meio perdidos e , no final das contas, cada um de nós dá um sentido para própria vida. Cá entre nós, é o fato de não sabermos o proposito disso tudo que faz com que as civilizações humanas comportem-se da maneira que se comportam.

Uma espécie extraterrestre que sabe qual é o sentido da vida provavelmente trabalhará para atingir esse proposito, independente do que ele seja. Por isso, as chances de tais seres serem um conjunto e não indivíduos é grande.

1. E o nosso conceito atual de civilizações extraterrestres é…

Existem modelos sérios de “exo-sociologia” que tentam explicar como seria, afinal de contas, uma civilização anos-luz à frente de nós – em ambos os sentidos. A teoria exo-sociológica que ficou mais famosa, e serve para guiar astrônomos até hoje, foi criada pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev – A Escala de Kardashev. Para ele, as civilizações extraterrestres poderiam ser divididas em 3 tipos. O primeiro, que ele chama de K1, seria o nosso: relativamente primitivo, e confinado em termos cósmicos – ou seja, só consegue usar os recursos de seu planeta natal para obter energia.

O segundo estágio seria uma civilização que dominasse a energia de sua estrela – o físico americano Freeman Dyson sugeriu que algum povo avançado poderia usar uma espécie de cobertor sobre as estrelas para absorver energia e, de quebra, controlar melhor a luminosidade de seu sol.

Uma civilização K3 seria mais ou menos como o Império de Darth Vader, de Star Wars: uma potência que reina sobre os recursos de várias estrelas e planetas.

Zoltan Galantai, em uma revisão do trabalho de Kardashev, propôs uma extrapolação da Escala para um Tipo IV, uma civilização que aproveitasse até 1046W, ou seja, a energia potencial do universo visível. Tal civilização ultrapassa todos os limites possíveis de especulação científica, e é provavelmente inviável. Galantai argumentou que uma civilização de tal magnitude tecnológica jamais poderia ser detectada por sociedades menos avançadas, pois suas obras seriam indistinguíveis de eventos naturais. Em outras palavras, eles seriam “deuses”.

Contudo, Milan M. Ćirković ponderou que a classificação de “Tipo IV” talvez deva ser utilizada para se referir a uma civilização que tenha conseguido aproveitar toda a energia potencial de um superaglomerado estelar, o que, no caso da Terra e suas cercanias galáticas, significaria aproximadamente 1042 W.

A verdade é que ninguém sabe muito bem o que um ser que faz parte de uma civilização do Tipo IV poderia fazer. O avanço tecnológico seria tamanho que é muito provável que as suas vontades sejam o que nós visualizamos hoje no universo …. ou que eles tenham construído o próprio universo, vai saber.

Exemplar de um ser de uma civilização Tipo IV