5 coisas interessantes que podem manipular seu humor diariamente

10/04/2014
5 coisas interessantes que podem manipular seu humor diariamente (1)

 

A maioria das pessoas gostaria de acreditar que têm uma compreensão básica sobre o porquê eles sentem o que sentem. Como sempre, estamos aqui para informar que o que você acredita está errado. Mas apesar da maioria acreditar que está no controle, você vai descobrir que as emoções são ditadas pelo mundo exterior de maneiras que você pode encontrar bizarro e chocante. Confira 5 coisas interessantes que podem manipular seu humor diariamente:

5. Fazer uma pessoa se sentir mais confiante a transforma em um babaca imprudente

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Não é preciso possuir um talento especial para conseguir identificar uma pessoa confiante. Pessoas assim andam com o peito estufado, fazem grandes gestos com as mãos e preenchem o máximo de espaço possível em um ambiente. Tudo sobre a sua postura, a linguagem corporal e o jeito como se comportam deixam claro o recado que querem passar: “eu sou o centro do universo! Pare imediatamente o que está fazendo e perceba a minha presença!”.

Da mesma forma, você não precisa ser um gênio para reconhecer pessoas tímidas, que tentam fazer o máximo possível para serem notadas o mínimo possível. Elas estão ali em um canto, olhando para baixo e tentando encontrar um lugar para se esconder. Mas, apesar dessas diferenças gritantes – acredite ou não –, você pode realmente mudar a atitude de uma pessoa em relação ao mundo, forçando a sua linguagem corporal em uma direção ou na outra.

Pesquisadores realizaram um experimento, publicado na revista científica “Psychological Science”, em que um grupo de indivíduos fez alguns exercícios de alongamento, sob o pretexto de que eles realmente estavam estudando os efeitos do alongamento no corpo humano. Em seguida, os cientistas selecionaram as pessoas pesquisadas aleatoriamente para que adotassem posturas largas ou contraídas.

Antes do início do exercício, os participantes foram informados de que receberiam 4 dólares pela participação, mas após os exercícios de alongamento, os pesquisadores deliberadamente os pagaram 8 dólares a mais, de forma que parecesse um erro (por conter uma nota de 5 dólares a mais do que o combinado). 78% das pessoas que receberam instruções de adotar uma postura mais expandida, com uma posição do corpo mais confiante, ficaram com o dinheiro extra. Apenas 38% das pessoas do outro grupo decidiram não devolver a nota de 5 dólares a mais.

Este efeito também pode explicar outro fenômeno que conhecemos muito bem: por que as pessoas que dirigem caminhonetes enormes são tão imprudentes e insuportáveis na estrada. Em outro experimento, pesquisadores recrutaram 71 indivíduos e os colocaram em simuladores de condução realistas, alguns com bancos largos e espaçosos, como em uma grande caminhonete, e outros em assentos apertados como em um carro popular.

Como era de se esperar, os motoristas sentados nos bancos maiores apresentaram uma tendência a conduzir de forma mais imprudente e se mostraram mais propensos a atropelar alguém e fugir sem socorrer a vítima, em vez de parar para socorrê-la, como mandavam as regras.

Depois, para confrontar esses dados e descobrir se o sentimento de impunidade relacionado ao tamanho do automóvel realmente acontecia na vida real, os pesquisadores monitoraram casos reais de infrações de estacionamento em fila dupla na cidade de Nova York durante os dias úteis, do meio dia às sete da noite.

Eles constataram que o simples fato de uma pessoa conduzir um carro grande aumentava a probabilidade de ela estacionar em fila dupla de 51 a gritantes 71%. Mesmo quando os pesquisadores levaram em conta o fato de os motoristas de carros maiores poderem ter mais dificuldade em encontrar vagas de estacionamento grandes o suficiente para seus carros, eles ainda encontraram uma forte relação entre o tamanho do automóvel e a possibilidade de ser babaca no trânsito.
Baixa auto-estima aumenta sentimentos negativos em relação aos outros

4. O clima lhe afeta mais do que você imagina

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Todo mundo adora um dia ensolarado – a não ser que você seja um vampiro, um cogumelo ou algo assim – e perde um pouco a vontade de viver quando se depara com uma manhã fria e cinzenta. Ok, isso é meio que conhecimento geral, mas a realidade é que a luz do sol possui um papel muito maior no dia a dia da sociedade do que você provavelmente imagina.

Você já fez uma compra incrivelmente estúpida, como um par de cuecas com entrada USB, e depois de um tempo ficou se perguntando como foi possível ter sido convencido a adquirir tal produto? Isso provavelmente aconteceu em um dia ensolarado. Estudos descobriram que um clima agradável pode prejudicar a sua capacidade de julgamento, torná-lo temporariamente mais burro e mais suscetível a ser enganado.

Em um estudo, 122 estudantes foram abordados em dias ensolarados ou nublados e tiveram a tarefa de preencher uma pesquisa sobre um assunto urgente. Em dias de sol, os alunos foram mais facilmente persuadidos por argumentos fracos, como se o clima agradável de fato fosse capaz de nos fazer sentir mais positivos e otimistas em relação a tudo.

Você obtém os mesmos resultados quando tenta convidar alguém para sair com você. Em outro experimento, os pesquisadores pediram para homens atraentes aleatórios abordarem 500 mulheres em dias nublados e em dias ensolarados para convidá-las a sair à noite para beber. Como esperado, as mulheres se mostraram mais receptivas e aceitaram mais convites nos dias de sol do que nos nublados.

E essa história fica cada vez mais estranha. Se você é garçom, tente desenhar um pequeno sol na parte inferior da conta do seu cliente. É isso mesmo: basta ver o desenho de um sol que as pessoas ficam instantaneamente mais generosas e dão gorjetas maiores – independentemente se o sol está realmente brilhando lá fora ou não.

Mas espere, ainda há mais: os pesquisadores também notaram que as bolsas de valores são especialmente ativas em dias ensolarados. E não é apenas a Wall Street – eles rastrearam as 26 principais bolsas de valores ao redor do mundo ao longo de 15 (!) anos e encontraram o mesmo padrão. A razão vem do mesmo fator psicológico do tempo bom: os comerciantes, por mais conservadores que sejam, se sentem mais dispostos a assumir riscos, porque, afinal, está um dia tão bonito lá fora! Nada pode dar errado em um dia tão bonito.

3. Só de pensar em dinheiro você fica deprimido e antiético

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Você já se perguntou por que as pessoas que são obcecadas com dinheiro são muitas vezes miseráveis, apesar de terem muita grana? Claro, há exceções, mas muitas vezes parece que quem se importa muito com isso tende a se transformar em “lobos de Wall Street”.

Experimentos mostram que, por algum motivo qualquer, o simples fato de pensar em dinheiro já faz as pessoas se tornarem infelizes (e, ocasionalmente, um pouco malignas). E nem entraremos no mérito de que passar o dia inteiro contemplando as suas economias acaba arruinando o seu humor – isso seria óbvio. As experiências mostram que até um lembrete momentâneo e subconsciente de que o dinheiro existe já é suficiente para escurecer os espíritos da maioria das pessoas.

Em um estudo, pesquisadores pediram a um grupo de participantes que preenchesse um pequeno questionário. Depois, eles receberam uma barra de chocolate de recompensa. Para metade dos participantes, o questionário veio com a imagem de uma moeda ou uma cédula, que rapidamente remetia à ideia de dinheiro.

Embora aquilo não fosse dinheiro de verdade e ninguém tivesse dito que os participantes receberiam algum dinheiro real, as pessoas que vislumbraram a imagem relataram ter tido menos prazer ao comer o chocolate do que aquelas que não haviam visto o dinheiro. A sensação gostosa de comer chocolate não deu tanto prazer após os participantes observarem uma mera lembrança de que o dinheiro existe.

Em outro experimento, cientistas dividiram 50 cobaias em dois grupos. O primeiro foi exposto a uma variedade de frases e estímulos relacionados ao dinheiro, bem como diversas outras frases neutras, enquanto a segunda equipe foi exposta exclusivamente a estímulos neutros. Em seguida, todos os participantes tiveram de avaliar qual seria a probabilidade de eles próprios cometerem uma variedade de atos moralmente questionáveis, como, por exemplo, furtos de material de escritório. Os indivíduos que tinham sido expostos aos estímulos monetários, que incluíam coisas muito simples, como palavras e imagens relacionadas ao dinheiro, se mostraram mais dispostos a se envolverem em comportamentos desonestos.

Os especialistas teorizam que o pensamento sobre dinheiro provoca em nós uma condição fisiológica chamada de “quadro de decisão de negócios”. Sempre que o tema de dinheiro surge, nosso cérebro entra em modo egoísta, resultando em uma elevação do instinto que todos nós temos (apesar de muitas vezes tentarmos escondê-lo) de que a única coisa que importa no mundo sou eu, e o resto do mundo que se exploda.

2. Olhar para a cor verde te deixa mais criativo

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Então você finalmente decidiu começar a escrever aquele livro cuja história você tem desenvolvido na sua cabeça nos últimos anos. Qual lugar você imagina que seja perfeito para que finalmente você dê à luz sua obra-prima? Uma idílica casa no campo, com uma gramado verdinho que se estende até o horizonte, onde até a água do lago é meio verde parece ser o local ideal, não?
Sim, e a ciência explica por quê. Aparentemente, se refugiar na natureza pode ter mais benefícios para a sua criatividade do que apenas a paz do interior e o canto dos pássaros. Você já deve ter lido sobre as diversas e esquisitas formas pelas quais as cores controlam a sua mente (senão, confira nosso link abaixo), especificamente as cores vermelha e azul, que afetam tudo, desde a forma como você faz em um teste até quão rápido você se cura de um ferimento. Mas, como se vê, isso não é tudo – há outras tonalidades neste espectro de cores que fazem coisas estranhas com o seu cérebro: ficar exposto à cor verde aparentemente pode torná-lo mais criativo.

Em um estudo, os pesquisadores deram uma série de testes criativos aos participantes de um grupo depois de tê-los exposto à cor verde durante apenas dois segundos, enquanto a outra equipe foi exposta a cores diferentes, como branco, cinza, vermelho e azul.

Em um experimento, os participantes tiveram o desafio de inventar o maior número de usos criativos que conseguissem para uma lata dentro de dois minutos, enquanto em outro, os participantes tiveram de desenvolver o máximo possível de formas diferentes a partir de uma determinada forma geométrica.

Embora os participantes não tivessem sido informados sobre as intenções dos pesquisadores, em todos os casos, os que haviam sido expostos à cor verde apresentaram um desempenho superior no quesito criatividade do que os outros.

Os cientistas chamaram esse fenômeno de “o efeito verde” (talvez se eles plantassem mais algumas árvores ao redor de seus laboratórios eles teriam sido capazes de encontrar um nome mais criativo), e ele parece estar relacionado com o fato de que o verde é a cor da natureza e nossos cérebros evoluíram para trabalhar mais soltos em um ambiente com uma visão calma de árvores e grama.

1. Usar as teclas do lado direito do teclado te faz mais feliz

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E agora chegamos ao tópico tão bizarro que a ciência não tem sequer um palpite lógico do porquê ele ocorre. Em vários experimentos, os participantes relataram se sentir mais felizes quando pensavam em palavras que são digitadas no lado direito do teclado. E não, não tem nada a ver com o fato de os indivíduos serem destros ou canhotos – funciona em ambas as situações.

Em uma pesquisa em particular, os participantes do estudo observaram uma lista de palavras aleatórias e as avaliaram como sendo positivas ou negativas, levando em consideração a forma como as palavras os fizeram sentir (estranho? Sim, mas os resultados são ainda mais perturbadores). E para ter certeza de que isso não acontecia exclusivamente com o idioma inglês, os pesquisadores criaram listas semelhantes em espanhol e em holandês.

Nas três línguas, os participantes do teste analisaram todos os vocábulos e chegaram à conclusão de que as palavras que você digita no lado direito do teclado do seu computador são, de alguma forma, mais positivas do que aquelas formadas no lado da mão esquerda. O efeito foi tão evidente que cada letra extra do lado direito do teclado QWERTY que aparecia na palavra elevava o sentimento de positividade em 4%.

O que diabos está acontecendo aqui? Bem, os pesquisadores realmente não sabem. Como dissemos, a resposta óbvia seria a de que a maioria das pessoas é destra e, por isso, preferem as palavras que são mais fáceis de digitar com a mão dominante. Mas esta não é uma boa explicação, uma vez que foram obtidos os mesmos resultados com canhotos.

Outro argumento que contraria esta hipótese é que dificilmente as pessoas param para analisar onde ficam as letras de uma palavra no teclado (sem olhar para ele, você saberia que “estrada” pode ser inteiramente escrita só com a mão esquerda, enquanto você provavelmente escreve “monopólio” apenas com sua mão direita?).

Outra teoria é de que o inventor do teclado QWERTY falava inglês e inconscientemente posicionou todas as letras positivas para a direita, mas isso também não deve ter influência alguma, já que o mesmo efeito foi observado com palavras em espanhol e holandês.

E a situação ainda fica mais bizarra do que isso. O “efeito QWERTY”, como os pesquisadores estão optando por chamá-lo, foi testado ao extremo quando os cientistas criaram mais de 1.600 palavras sem sentido e, em seguida, pediram para 800 indivíduos que haviam participado do teste anterior avaliá-las. As palavras em que predominavam letras do lado direito do teclado ainda foram avaliadas mais positivamente do que os vocábulos com mais teclas do lado esquerdo, embora as pessoas nunca tivessem visto essas palavras antes na vida, muito menos as digitado para saber em que parte do teclado ficam.

Traduzido do site Cracked