A gente já falou sobre Alzheimer diversas vezes aqui no blog. Recentemente, publicamos uma notícia que alertava sobre a possível descoberta da cura para essa doença cruel. Porém, o que vamos trazer agora é algo que se aplica na prática. Prepare-se para conhecer os 10 sinais que podem indicar que você está com Alzheimer.
A Alzheimer é uma doença extremamente cruel. Trata-se de uma condição degenerativa que destrói a memória e outras funções mentais muito importantes. Não é raro encontrarmos pessoas que conhecem vítimas desse mal. Atualmente, o diagnóstico precoce é melhor arma que uma pessoa pode ter contra a condição. Ele é fundamental para ajudar os pacientes a viverem melhor no dia a dia. Os sintomas podem ser menos severos caso o diagnóstico seja detectado nos primeiros estágios da doença.
Diagnóstico precoce é a solução
“Nossa esperança é que, se pudéssemos identificar os pacientes que estão desenvolvendo a doença no início, teríamos uma oportunidade muito melhor de intervir com tratamentos adequados, e também seria muito mais provável que esses tratamentos fossem eficazes da forma como gostaríamos”, disse o Dr. Keith Black, presidente de neurocirurgia do hospital Cedars-Sinai Medical Center.
Mas, enquanto o diagnóstico precoce permite a intervenção precoce, a maioria dos exames que existem por aí para identificar a doença é ineficaz e sem validade científica geral.
Então, se você suspeitar que um membro da família ou amigo possa estar desenvolvendo a doença de Alzheimer, dê uma olhada nesses 10 sinais de alerta feitos pela Associação de Alzheimer. Esses sinais são confiáveis e elaborados por especialistas. Mas, atenção: eles não são um diagnóstico completo. São um parâmetro para chamar sua atenção de que talvez seja hora de procurar ajuda médica especializada.
Sinais do Alzheimer
- Alterações de memória que perturbam a vida diária;
- Dificuldade em lidar ou resolver problemas de planejamento;
- Dificuldade em completar tarefas em casa, no trabalho ou em momentos de lazer;
- Confusão com o tempo ou lugar;
- Dificuldade para entender as imagens visuais e relações espaciais;
- Problemas com palavras na fala ou escrita;
- Perder objetos constantemente, e dificuldade de “refazer os passos” para encontrá-los;
- Diminuição ou falta de bom senso;
- Afastamento de atividades laborais ou sociais;
- Alterações de humor e personalidade.
Mais sobre a doença
A Doença de Alzheimer é uma condição incurável e que tende a se agravar com o tempo. Apesar de não possuir cura, a enfermidade pode ser tratada. Ela está frequentemente associada à idade avançada, já que atinge em sua maioria a população idosa. É por conta disso que a doença ficou erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.
O nome da doença faz referência ao médio Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença em 1906. Ele estudou e publicou o caso da paciente Auguste Deter, uma mulher saudável de 51 anos que inesperadamente começou a apresentar uma série de sintomas. Além de um quadro progressivo de perda de memória, ela também demonstrava desorientação e distúrbio de linguagem (dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si própria.
Após o falecimento de Auguste aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou o seu cérebro para tentar descobrir as causas desses sintomas. A análise levou o médico a descrever as alterações que até hoje são conhecidas como características dessa doença. Hoje, a doença afeta cerca de 2 milhões de brasileiros. No mundo, são mais de 50 milhões de casos registrados.
Como a doença ocorre?
Infelizmente ainda não sabemos qual é a causa da Doença de Alzheimer. Porém, conhecemos o seu ciclo de desenvolvimento. Tudo ocorre por conta de algumas lesões cerebrais bem características. São duas principais alterações que acabam acarretando a doença:
- Placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, que é anormalmente produzida;
- E os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau.
É importante ressaltar que as alterações cerebrais não acontecem de forma homogênea. Elas geralmente afetam as células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e funções executivas complexas, dificultando a realização de ações simples e que exigem um mínimo de planejamento. Com o tempo, outras áreas acabam sendo afetadas, aumentando bastante a perda para o paciente.