10 bizarros e estranhos distúrbios do sono

20/04/2012

Uma boa noite de sono para muitas pessoas é algo utópico e no dia seguinte as consequências são visíveis. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% da população mundial apresenta algum tipo de distúrbio ou síndrome do sono.

Porém, poucos realmente procuram uma ajuda profissional a fim de tentar descobrir se sofrem ou não de algum distúrbio ou, até mesmo, nem cogitam a hipótese de que algo esteja errado.

Na lista abaixo estão 10 bizarros e estranhos distúrbios do sono. Se algumas das situações parecer familiar, procure ajuda. Confira:

10. Síndrome de Kleine-Levin, ou SKL

1 - Síndrome de Kleine-Levin, ou SKL

O Caso mais famoso dessa doença é a de Louisa, conhecida como “A Bela Adormecida”. Ela tem 17 anos, parece uma princesa e dorme. Se nós contamos as horas de sono, a inglesa Louisa Ball conta o sono em dias. Dias e mais dias de uma adolescência que ela quase não viu passar.

A Bela Adormecida de verdade não vive em um castelo, e, sim, em uma casa comum, perto do mar, no sul da Inglaterra. O sono não foi provocado por nenhuma bruxa, e, sim, por uma doença rara. E a diferença mais importante é que, na vida real, o conto de fadas às vezes parece um pesadelo.

Tudo começou três anos atrás. Depois do que pareceu uma gripe normal, a menina tranquila se transformou: virou agressiva, xingava os pais. A mãe conta que não a reconhecia: “Parecia uma outra menina”, ela diz.

Louisa só se acalmava dormindo. Até hoje, as crises de sono duram de uma a duas semanas e não adianta ninguém chamar.
Ela passa 22 horas por dia na cama. Depois: comida, xixi e cama de novo. Acorda sem se lembrar de nada, cinco quilos mais magra e com uma fome! O pai conta que o apetite da filha também parece fora do normal: “Ela come um pacote inteiro de biscoitos, cinco ou seis pacotes de batata frita. Tudo o que está ao alcance das mãos”.

No início, os pais não sabiam o que fazer. Richard Ball conta que levou a filha ao hospital da cidade, mas os médicos não tinham ideia do que se tratava. Ele diz: “Passa tudo pela cabeça de um pai, e eu me perguntava, será que minha filha usou alguma droga?”.

Até que, depois de muita busca, um hospital de Londres chegou ao diagnóstico: síndrome de Kleine-Levin, ou SKL, uma doença que não tem cura. Essa doença é mais frequente em adolescentes do sexo masculino.

A doença é tão rara que um dos maiores problemas dos médicos é a falta de pacientes para estudo, mas a ciência já tem algumas hipóteses. Uma das teorias mais consistentes seria de que existiria uma disfunção em uma estrutura do cérebro conhecida como hipotálamo, que é uma estrutura envolvida com as funções neuro-vegetativas, incluindo aí, o sono, as funções sexuais ou mesmo o apetite.

Entre uma crise de sono e outra, Louise tem uma vida normal, que inclui dormir de noite e ficar acordada de dia, como a maioria das pessoas.

Os estudos mostram que a doença desaparece sozinha depois de 10 ou 12 anos. Mas um período crítico da vida está passando, sem que ela possa notar. Louise diz: “Já perdi feriados em família, aniversários e outras festas”.

Além disso, já perdeu provas de fim de ano na escola e competições do que ela mais ama: o balé. Mas depois de uma semana de sono, pelo menos, ela acorda renovada.

9. Sexsomnia

2. Sexsomnia

Haley Batty de 23 anos, sofre de uma doença do sono chamada “sexsomnia”, ou seja, ela sente vontade de fazer sexo enquanto dorme.
Ela suspira: “Eu posso fazer sexo três ou quatro vezes por noite, se os caras aguentarem, mas de manhã eu não me lembro de nada.”
Pode parecer a mulher ideal, mas segundo ela, todos os namorados que já teve a deixaram por causa da “sexomnia”. Quando acordavam, depois de uma longa noite de amor, faziam a famosa pergunta a ela: “Foi bom para você também?” ela apenas respondia: “O que??”, pois ela tinha ficado inconsciente durante toda a noite.

Sexsomnia, é um distúrbio do sono que faz a pessoa sentir desejo de fazer sexo enquanto está dormindo. Ainda são poucos os casos descritos na literatura, mas já há tratamento que regulariza o sono e elimina as consequências indesejadas, já que muitas pessoas acabam atacando sexualmente o parceiro à noite.

“A pessoa não sabe o que faz, ela está dormindo. É uma atividade automática do sistema nervoso e não significa que ela não tenha sexo durante o dia. Geralmente ela é expressada com masturbação e orgasmo durante o sono”, conta o psiquiatra Carlos Schenck, pesquisador em medicina do sono do Centro Regional de Distúrbios do Sono de Minnesota, EUA.
O transtorno é mais relatado em homens (80,6%), mas Schenck acredita que isto deve-se a maior queixa por parte das esposas. “É preciso que alguém se queixe para que haja tratamento, para que a pessoa saiba o que faz durante o sono. Muitos casamentos acabam porque o marido força as mulheres a terem relações sexuais dormindo”. Como o lobo frontal está fechado durante o ato, não há memória, nem juízo de valor.

E como saber se a pessoa está dormindo? O jeito mais fácil é se ela estiver de olhos fechados, mas também ocorrem casos que a pessoa ronca, mas continua com o ato. Às vezes, também, o parceiro apresenta comportamentos dormindo que não tem acordado como falar coisas mais picantes ou fazer posições incomuns. Na dúvida, certifique-se que o outro está acordado.
A sexsomnia vem quase sempre acompanhada por outra disfunção do sono, e a apneia é uma das mais comuns. 32% da população de São Paulo tem apneia. Assim, mais de um terço das pessoas do Estado teriam predisposição para desenvolver a doença.

Em 8 de agosto de 2007, um mecânico britânico foi inocentado de uma acusação de estupro depois que o júri foi convencido de que ele estava inconsciente quando teve relações sexuais com uma menina de 15 anos de idade.

Muitos padres devem ter essa doença também, será que teria alguma conotação religiosa também? rs

8. Distúrbio do sono-vigília (não-24-horas)

3. Distúrbio do sono-vigília (não-24-horas)

Quando se trata de distúrbios do sono, nenhum deles é tão estranho e difícil de tratar como o distúrbio do sono-vigília de não-24-horas. Em pessoas com este transtorno, o corpo essencialmente insiste que o dia é mais longo do que 24 horas e se recusa a ajustar-se ao ciclo de luz / escuridão externa. Isto torna impossível dormir em horários normais e também provoca mudanças diárias em outros aspectos dos ritmos circadianos.

A maioria das pessoas com este transtorno acham que isso compromete severamente a sua capacidade social e ocupacional. Normalmente, eles são “parcialmente ou totalmente incapazes de ter atividades programadas diariamente, e mais são incapazes de trabalhar em empregos convencionais”. As tentativas de ter as horas convencionais de sono por pessoas com o distúrbio geralmente resultam em insônia (o que é não é uma característica normal da doença em si) e sonolência excessiva, a ponto de cair em cochilos ocasionais.

Mais da metade dos casos são relatados em pacientes cegos, já que não conseguem distinguir o dia e noite devido a falta de sensibilidade à luz.

7. Narcolepsia

4. Narcolepsia

Narcolepsia é uma condição neurológica caracterizada por episódios irresistíveis de sono e em geral distúrbio do sono. É um tipo de dissonia.

O sintoma mais expressivo é a “preguiça” e sonolência diurna excessiva, que deixa o paciente em perigo durante a realização de tarefas comuns, como conduzir, operar certos tipos de máquinas e outras acções que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.

Na maioria dos casos, o problema é seguido de incompreensão familiar, de amigos e patrões. A sonolência, geralmente, é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. É comum portadores da narcolepsia passarem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados por todo esse tempo de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crónico, cujo tratamento é feito por meio de estimulantes e que se pode prolongar por toda a vida.

As manifestações da narcolepsia, principiando pela sonolência diurna excessiva, começam geralmente na adolescência, quando piora, leva à procura médica à medida que os sintomas se agravam. A narcolepsia é um dos distúrbios do sono que pode trazer consequências individuais, sociais e econômicas graves.

A causa da narcolepsia é o déficit do neurotransmissor denominado orexina no hipotálamo. O déficit deste neurotransmissor estimulante leva à sonolência excessiva. A orexina é também denominada de hipocretina. Com a narcolepsia a vitima pode desmaiar durante as cócegas.

6. Cataplexia

5. Cataplexia

Claire Scott tem uma doença rara, toda vez que ela tem um ataque de riso ela apaga.

Esta mãe de dois filhos sofre a cataplexia, um raro distúrbio do sono que a faz desmaiar quando ela ri. Ela disse: “Na outra semana, a minha filha me contou uma piada que ela tinha feito na escola, mesmo não fazendo muito sentido comecei a rir. Depois disso a única coisa que lembro foi meu marido vindo me pegar caída no chão da cozinha.”

Sra. Scott, de Jersey, sempre teve a condição, mas só foi diagnosticada recentemente. “Às vezes, eu sei antes de acontecer, outras vezes é de repente e quando percebo estou paralisada. Uma vez, eu desmoronei enquanto caminhava no meio da rua, as pessoas olham para você.. estranhamente, quando isso acontece. É realmente embaraçoso.”

A doença rara que Scott tem afeta 5 pessoas em 10.000. Doentes de cataplexia podem experimentar um episódio súbito e temporário de perda do tônus muscular, muitas vezes desencadeada por emoções.

5. Distúrbio Alimentar Relacionado ao Sono

6. Distúrbio Alimentar Relacionado ao Sono

Esse distúrbio é uma combinação de parassonia e transtorno alimentar. De acordo com médicos e psiquiatras está intimamente relacionado a síndrome do comer noturno (SCN), exceto pelo fato de que aqueles que sofrem de SCN estão acordados e conscientes de sua alimentação e mesmo assim comem compulsivamente à noite, enquanto aqueles que sofrem do “Distúrbio Alimentar Relacionado ao Sono” estão dormindo e sem saber o que eles estão fazendo. Alguns comem a sua comida com as mãos, enquanto outros tentam comer com utensílios. Isso ocasionalmente resulta em lesões à pessoa, bem como outras lesões.

A paciente Anna Ryan não sabia que sofria desse distúrbio e em um ano e meio engordou mais de 27 quilos. Anna começou a notar que havia algo errado quando ela se sentia exausta durante o dia, mesmo depois de ter tido o que ela achava ser uma boa noite de sono.
Anna decidiu ir falar com seu médico, Scott Eveloff, sobre sua falta de energia, e ele sugeriu que ela participar de um estudo do sono. Quando Anna participou do tal estudo, ela descobriu que estava comendo na maioria das noites enquanto dormia.
Veja o vídeo feito durante uma noite de sono:

Como explicar que o sonâmbulo ande pela casa e mexa em objetos perigosos na cozinha, sem se machucar? A resposta está no cérebro. Nos portadores do distúrbio, a área responsável pelos movimentos desperta e coordena os passos pelo caminho rotineiro até a geladeira. Mas a região que controla a razão e a capacidade de julgamento continua “apagada”. Assim, sem qualquer tipo de autocontrole, o cardápio pode ficar intragável.

“Já tivemos pacientes que consumiram comida de gato, ou bateram pó de café, casca de ovo e refrigerante no liquidificador. Alguns já comeram cola, pizza congelada e até barra de sabão”, conta o médico do sono Carlos Schenck.

“Eu tenho uma paciente, inclusive, que cozinha durante o sono. Ela levanta, prepara o macarrão, cobre de queijo e consome esse prato inteiro. Por que ela vai atrás do macarrão? Quando ela era pequenininha, o que mais remete à afeição era o macarrão alho e óleo que a mãe dela fazia quando ela ficava doente”, destaca a nutricionista Vanderli Marchiore.

O tratamento varia caso a caso. Geralmente combina drogas psiquiátricas com reeducação alimentar. Para uma noite tranquila, os nutricionistas recomendam banana com aveia antes de dormir. O prato é rico em triptofano, um aminoácido importante para estabilizar o sono.

Outra pedida é o chá de valeriana, que tem efeito relaxante.

4. Síndrome da morte súbita noturna

7. Síndrome da morte súbita noturna

Quase todo mundo quer que quando for a hora de passar dessa para uma melhor, tudo aconteça de forma indolor e sem sofrimento enquanto dormem, mas com certeza não estão se referindo a “Síndrome da morte súbita noturna”.

Com este distúrbio do sono, homens jovens e saudáveis vão dormir a noite … e nunca mais acordam. A situação é de um claro paralelo com a morte súbita infantil, que é visto em bebês, em todos os lugares, a única diferença é que as vítimas desta variedade são mais velhos, homens e mais freqüentemente encontrados em países do Sudeste Asiático. Acredita-se que o coração das vítimas simplesmente param de bater. Na falta de uma explicação científica mais detalhada, alguns fazem a sua própria: em Laos, alguns acreditam que um espírito maligno é a culpa. Este espírito, assumindo a forma de uma mulher rejeitada, se atira contra o sexo oposto. Essa crença fez com que alguns homens se vestissem como mulheres na hora de dormir para passar despercebido pelo olhar da baranga desencarnada. Em outros lugares, alguns acreditam que o consumo de carboidratos demais é o culpado.

3. Paralisia do sono

8. Paralisia do sono

Durante o sono nossos músculos do corpo ficam imóveis. Essa paralisia temporária nos impede de agir em nossos sonhos e prejudicando a nós mesmos de alguma forma. Às vezes, porém, a paralisia persiste mesmo depois que a pessoa acorda. Você sabe que está acordado e que pretende se mover, mas você simplesmente não consegue”. Pior ainda, a paralisia do sono muitas vezes coincide com alucinações. Em um estudo de 1999 publicado no “Journal of Sleep Research”, 75 por cento dos estudantes universitários que tiveram a paralisia do sono relataram alucinações simultâneas. E as alucinações, quando ocorrem com a paralisia do sono, são péssimas, pessoas relatam sentir uma presença maligna, juntamente com um sentimento de ser esmagado ou sufocado. Essa sensação causada pela paralisia do sono tem também tem seus significados no folclore mundial.

Na China, dizem que é um “fantasma te pressionando”, no México, é conhecida como a expressão “subirse el muerto”, ou “subida mortos em cima de você.”

Ainda hoje, alguns pesquisadores suspeitam que os contos de abdução alienígena pode ser explicada por episódios de paralisia do sono.

2. Síndrome da cabeça explodindo

9. Síndrome da cabeça explodindo

A Síndrome da cabeça é uma condição que faz com que a pessoa sofra ocasionalmente com um ruído extremamente alto como proveniente de dentro de sua própria cabeça, geralmente descrito como o som de uma explosão, barulho, tiro, vozes ou gritos, um zumbido, etc.

Este ruído ocorre geralmente dentro de uma ou duas horas após adormecer, mas não é necessariamente o resultado de um sonho e pode acontecer quando está acordado também. Enquanto o som é percebido como extremamente elevado, ele não é geralmente acompanhado por dor. Os ataques parecem aumentar ao longo do tempo, com vários ataques que podem ocorrem num espaço de dias ou semanas, seguido por mês de sossego. Sofrem frequentemente uma sensação de medo e ansiedade depois de um ataque, acompanhado por elevação da freqüência cardíaca. Os ataques são também muitas vezes acompanhada por flashes de luz.
A síndrome não oferece perigo, embora seja geralmente angustiante para quem sofre.

1. Terror noturno

10. Terror noturno

O terror noturno ou pânico noturno (pavor nocturnus) é um distúrbio do sono, caracterizado por gritos durante o sono acompanhado do semblante de terror como se a pessoa estivesse vendo algo terrorífico durante o sono. Geralmente começa com manifestações comportamentais de intenso medo (ainda durante o sono) culminando em um despertar abrupto com um grito de pânico e respiração rápida. O terror noturno habitualmente inicia durante a primeira parte do sono e dura cerca de 1 a 10 minutos.

É mais comum na infância, entre 10% a 15% das crianças tem pelo menos um episódio de terror noturno por ano. Diminuindo para 5% a 10% em adolescentes e 1% a 5% dos adultos não havendo diferença significativa entre homens e mulheres. Eventos estressantes e a sensação de insegurança aumentam a frequência dos episódios.

FONTE: Oddee.com

ADAPTAÇÃO/TRADUÇÃO: Filhodepombo.com